Clamidiose em calopsita: saiba tudo sobre essa doença

Por Joe Oliveira   Tempo de leitura: 4 minutos

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clamidiose em calopsita

Já ouviu falar sobre a clamidiose em calopsita? Trata-se de uma doença comum em aves, que demanda muita atenção dos tutores, principalmente, por ser uma zoonose. 

A seguir, saiba tudo sobre a clamidiose: o que é, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e muito mais. Confira!

O que é clamidiose nas calopsitas? 

Também chamada de psitacose ou ornitose, a clamidiose em calopsita é ocasionada por uma bactéria chamada Chlamydia psittaci. Até por isso, a doença é popularmente conhecida como clamídia em calopsita.

A doença é considerada uma zoonose porque, além de aves e répteis, o parasita que causa a clamidiose também pode acometer mamíferos, como humanos.

Do grupo das aves, os psitacídeos (calopsitas, periquitos, papagaios e araras) são as espécies mais comuns e acometidas por essa afecção. Porém, nenhum tipo de pássaro está livre de ser acometido pela bactéria.  

Como é transmitida a doença clamidiose calopsita?

A clamidiose em calopsita é uma doença altamente infecciosa e a sua transmissão pode ocorrer em pouco tempo.

São duas formas infectantes da doença:

  • expelida nas fezes secas, urina e secreções de animais infectados;
  • se multiplica no interior das células das aves. 

Como possui grande potencial zoonótico, ou seja, a transmissão para humanos têm alto risco, o tema exige maior atenção com a questão de saúde pública. 

Outra informação relevante sobre a transmissão da clamidiose calopsita é que as aves infectadas podem se tornar portadoras crônicas da doença. Assim, podem disseminar as bactérias no meio ambiente em que vivem ampliando o risco de transmissão entre aves e para humanos.

Além disso, a Chlamydia psittaci é uma bactéria muito resistente quando está no ambiente e pode permanecer “ativa” por muito tempo. 

O que causa Clamidiose em calopsita?

A clamidiose em calopsita é causada por um microrganismo chamado Chlamydia psittaci.

A ingestão ou inalação das partículas contaminadas, encontradas nas secreções, urina e fezes secas são as principais causas da transmissão da Chlamydophila Psittaci. 

O risco aumenta porque as aves são animais muito sensíveis. Sendo assim, quaisquer alterações que podem afetar a imunidade, também facilitam a contaminação pela bactéria causadora da doença.

Um exemplo é a mudança de ambiente. Mesmo com todos os cuidados, uma alteração pode causar queda de imunidade e, como reflexo, as aves ficam suscetíveis a afecção.

Como identificar clamidiose em calopsita?

Dependendo do estado imunológico da ave, os sinais clínicos da clamidiose calopsita podem se apresentar de forma aguda, subaguda, crônica ou até inaparente (quando não apresenta nenhum sintoma).

Mas, de modo geral, os sintomas da clamidiose são

  • perda de peso;
  • anorexia (parar de comer);
  • prostração (debilidade física, fraqueza e abatimento);
  •  “encorujamento” (estão com as penas arrepiadas e tremendo);
  •  blefarite (alergia);
  • conjuntivite unilateral ou bilateral;
  • espirros e secreções;
  • alteração nas fezes, que ficam aguadas.

Vale destacar que uma ave contaminada, por dias, meses e até anos, pode não apresentar sinais clínicos, mas é um transmissor da doença. Por isso, é fundamental manter uma rotina de visitas ao veterinário para cuidar da saúde do seu pet. 

Ao notar qualquer um desses sintomas, procure um profissional. Os sinais podem evoluir rapidamente e até causar o óbito da ave. 

Como é feito o diagnóstico da clamidiose calopsita?

Além do conjunto de sintomas e histórico de saúde do animal, é preciso realizar exames para chegar ao diagnóstico da presença da bactéria Chlamydophila. Entre os procedimentos estão:

  • exame de sangue para conferir o aumento de leucócitos e alterações em enzimas hepáticas;
  • exame radiográfico podemos acusar hepatomegalia, esplenomegalia e aerossaculite; 
  • e PCR que detecta a presença da Chlamydophila nas amostras de fezes. Este último é o método mais usado.

Clamidiose em calopsita: como tratar?

O remédio para clamidiose em calopsitas é indicado pelo veterinário e varia de acordo com o quadro da ave.

Como é uma doença altamente contagiosa e que a evolução costuma ser rápida, o tratamento da clamidiose em calopsita precisa ser iniciado assim que surgem os primeiros sinais clínicos.

Geralmente, a prescrição do tratamento costuma ser feita com antibiótico para clamidiose em calopsita, de acordo com o quadro da ave. Antes de dar qualquer remédio para aves, consulte um médico-veterinário.

Outra solução é a indicação de suplementos alimentares e imunoestimulantes. Ela auxilia o organismo no combate a afecção. 

Como evitar a clamidiose calopsita?

Não existe vacina contra a doença, mas medidas preventivas e cuidados essenciais para proteger a saúde do seu pet contra clamidiose em calopsita podem ser tomadas. Veja: 

  • Mantenha o viveiro limpo;
  • Promova um um ambiente seguro, seco e ventilado;
  • Visite frequentemente o médico-veterinário.

Promova uma criação segura, garantindo tudo o que é essencial para as aves. Na Cobasi, você encontra gaiolas, medicamentos, acessórios, alimentos e muito mais. 

Ficou com alguma dúvida sobre clamidiose em calopsita? Deixe nos comentários. Até a próxima!

Por Joe Oliveira

Redator

Jornalista, é apaixonado por futebol, basquete e, claro, pets! Além de bater uma bolinha e escrever para o Blog da Cobasi, o Joe curte a vida ao lado dos seus melhores amigos: os cachorros vira-latas Zé e Tobby, a gata Marry e o papagaio Louro.

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