Eles não latem, não miam e não falam, mas têm um comportamento bem específico para demonstrar suas emoções e comunicar-se com seus tutores. A seguir, aprenda detalhes sobre o comportamento dos coelhos que vão te ajudar a conhecer mais sobre esses animaizinhos tão espertos e fofos. Confira!
De modo geral, podemos avaliar o comportamento de coelhos como amigáveis e dóceis, porém mesmo fofos e parecendo ser de pelúcias, eles podem morder caso se sintam ameaçados ou incomodados. Para explicar melhor sobre essas questões comportamentais, convidamos o biólogo Tiago Calil, especialista da Educação Corporativa da Cobasi, que respondeu algumas das dúvidas mais comuns sobre o tema.
No dia a dia, os coelhos são animais muito tranquilos, dificilmente vocalizam, apresentando picos de atividades tanto noturnos quanto diurnos, não especificamente em um dos períodos. Eles descansam boa parte do tempo, quando acordados gostam de higienizar a pelagem, tomar água e se alimentar, principalmente ingerir feno.
Além disso, Tiago Calil destaca: “Por apresentar um excelente olfato também gostam de desbravar o ambiente e demarcar o seu território, principalmente os machos. Esse comportamento pode se intensificar em machos maduros e fêmeas no período estral. Quanto ao relacionamento e interação com o tutor, se bem acostumados, se tornam excelentes animais de estimação . Reconhecem o tutor, adoram afagos e amam saltitar pela casa.”
O especialista ainda comenta: “Por outro lado, podem existir coelhos bravos. Nesses casos, são animais que não têm contato com os seus tutores e podem se tornar agressivos. Obviamente, como em outros animais, o relacionamento entre tutor e animal sempre dependerá da frequência de interação entre os dois e a forma que o manejo é feito,” completou.
“Conhecer o comportamento de seu animal é tarefa obrigatória para qualquer tutor. Perceber a rotina do coelho, picos de atividades, local de preferência que o animal dorme ou gosta de ficar, como ele descansa ou mesmo como ele se alimenta; esses são pontos que devem ser levados em consideração.”
Esse tipo de conhecimento tem uma importância grandiosa para o relacionamento entre tutores e animais. Por exemplo, quando observado que o seu coelhinho mudou o comportamento repentinamente relacionado com um dos fatores citados, pode ser indício que algo está fora do ideal.
Para saber se ele está com dor, não é uma tarefa simples, pois coelhos não apresentam expressões faciais de fácil interpretação como cães e gatos ou mesmo nós, humanos.
Se há algo de errado, geralmente eles tendem a se isolar, ficar mais quietos. Outro ponto a ser observado é que, apesar de ser difícil observar a vocalização em coelhos, quando com dor, podem gritar em casos extremos. Qualquer situação anormal que persista, é importante levá-lo a um veterinário especializado.
Esse comportamento é um pouco mais fácil de identificar. Quando bem acostumados, são animais muito simpáticos, interagindo com o seu tutor. Eles adoram carinho e acompanham o tutor pela casa.
Uma dica para torná-lo um coelho bonzinho é oferecer pequenos petiscos como pedacinhos de cenoura crua ou talos de verduras escuras todas as vezes que for manejá-lo. Neste momento é hora de aproveitar e mostrar que você não representa perigo.
“Esse comportamento pode representar vários fatores, porém, está mais associado à reprodução. Neste período pode-se observar outras características como grunhidos através dos dentes, pequenas pancadas destiladas no chão com as patas traseiras e é comum demarcar o território com mais intensidade, neste caso o odor da urina se torna mais forte,” explicou.
Outros fatores podem desencadear esse comportamento, podendo indicar uma simples interação com o seu tutor ou se for algo frequente e de forma estereotipada (movimentos repetitivos), pode ser indício de estresse. Por tal motivo, o enriquecimento ambiental é muito bem-vindo em qualquer situação.
A interação positiva com desconhecidos e com outros animais dependerá da criação e do manejo conduzido por seu tutor no início. Não só isso, a idade do animal e o sexo também são fatores determinantes que implicam no processo.
“Se o seu coelho estava acostumado desde pequeno com outras pessoas, recebendo carícias e tendo contato com cheiros incomuns, a possibilidade de aceitar pessoas estranhas é muito maior. Lembrando que coelhos são animais territoriais e quando não acostumados podem defendê-lo com mordidas,” explica.
Nesse cenário, o reconhecimento de sinais é importante, como por exemplo analisar a posição das orelhas: se elas estiverem caídas significa que baixaram a guarda e estão tranquilos em relação ao contato.
Agora, em relação à interação com outros animais pode ser um pouco mais delicada, porém possível. Os coelhos naturalmente são presas no meio natural, por isso, é importante ter cautela ao aproximar seu coelhinho de outros animais.
Esses são alguns dos padrões base dos comportamentos dos coelhos, que todo tutor deve saber para monitorar a saúde, emoções e estado do seu pet. Vale sempre ressaltar que cada animalzinho tem seu próprio perfil, alguns podem ser mais agitados e outros mais preguiçosos.
O mais importante é conhecer para identificar, ou seja, estar próximo do seu coelho para saber como são seus hábitos comportamentais. Se tiver mais dúvidas sobre coelhinho, no Blog da Cobasi você encontra diversos artigos com informações valiosas sobre esses bichinhos. Então, até a próxima!
Jornalista, é apaixonado por futebol, basquete e, claro, pets! Além de bater uma bolinha e escrever para o Blog da Cobasi, o Joe curte a vida ao lado dos seus melhores amigos: os cachorros vira-latas Zé e Tobby, a gata Marry e o papagaio Louro.
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