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Cruzamento de cachorro: saiba tudo sobre o assunto

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Por Cobasi   Tempo de leitura: 8 minutos

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O cruzamento de cachorro é um tema que ainda gera muitas dúvidas. Por exemplo, o que fazer para evitar que a cadela tenha filhotes? Quais as condições ideais para a geração de uma ninhada? Quando castrar? Entre muitas outras questões.

Para responder essas e outras dúvidas, convidamos o médico-veterinário Marcelo Tacconi, da Educação Corporativa da Cobasi, que vai contar tudo que você precisa saber sobre cruzamento de cachorros.

O que é cruzamento de cachorro?

O cruzamento de cachorro, também conhecido como acasalamento, é o processo de reprodução canina – entre macho e fêmea – que resulta na concepção e nascimento de filhotes.

Para o cruzamento de cão é importante considerar algumas questões, como a raça, idade, saúde dos animais e aspectos legais. Além disso, o processo pode ser dividido em algumas etapas:

  • Socialização dos animais;
  • Identificação do cio da fêmea;
  • Acasalamento;
  • Gestação;
  • Parto.

Devo cruzar meu cachorro?

Esta é uma dúvida comum: é obrigatório cruzar um cachorro? Isso apresenta algum tipo de benefício para o animal?

De fato, a decisão de cruzar seu cachorro é bastante complexa e exige uma análise cuidadosa de diversos fatores. Não há uma resposta única, pois existem diversas circunstâncias e objetivos que devem ser validados.

Por exemplo, alguns tutores querem acasalar seus cães para estabelecer um desenvolvimento emocional e promover um ciclo vital completo para os animais.

No entanto, vale ressaltar que se esse for o motivo, trata-se de uma percepção meramente humana, visto que os cachorros não têm qualquer noção sobre o sentido reprodutivo.

Caso decida permitir o acasalamento do seu cão, é preciso tomar uma série de cuidados.

Os cães podem ter um desenvolvimento completamente normal sem se reproduzirem, do mesmo modo, devemos saber que o fato do cruzamento de cachorro não melhora a sua saúde e muito menos é uma obrigação. 

Mas, se você quer realmente cruzar o seu cachorro é fundamental estar ciente e pesquisar as implicações, além das responsabilidades envolvidas.

Aspectos legais e éticos do cruzamento de cães

O cruzamento de cães levanta uma série de considerações legais e éticas que são fundamentais para o tratamento dos animais envolvidos, e claro, a responsabilidade dos criadores.

Resumindo, os aspectos legais e éticos do cruzamento de cães estão diretamente relacionados ao bem-estar dos animais envolvidos. Além disso, também trata-se da responsabilidade dos criadores em garantir práticas de reprodução responsáveis e éticas.

Em muitos países, existem leis e regulamentações que regem a reprodução de cachorro, abordando questões, como: idade mínima, condições de alojamento e cuidados adequados para os filhotes.

O médico-veterinário da Cobasi acrescenta: “os criadores de cães têm a obrigação de garantir que seus animais estejam saudáveis, bem cuidados e adequados para reprodução”, comentou. 

Além disso, o tutor precisa promover os cuidados veterinários apropriados, fazer a seleção cuidadosa dos parceiros de acasalamento e criar um ambiente adequado para os filhotes após o nascimento.

Marcelo Tacconi também destaca: “o bem-estar dos cães envolvidos no cruzamento de cachorro é uma consideração ética crucial, implicando em garantir que os animais não sejam explorados para reprodução excessiva. Ou seja, que recebam tratamento digno e tenham acesso aos cuidados veterinários necessários”.

Doenças genéticas em cães

Sim, o cruzamento seletivo de cães pode resultar em riscos e doenças genéticas. Ao longo do tempo, a reprodução seletiva para realçar certas características em determinadas raças para funções específicas, como realizar tarefas de cães-guia, de caça e companhia.

Só que o principal risco é quando a mistura envolve raças que são incompatíveis, o que resulta na existência de certas condições de saúde hereditárias.

Em outras palavras, diversas doenças genéticas podem surgir em cães como resultado do cruzamento não responsável. Isso inclui problemas, como:

  • displasia de quadril e cotovelo;
  • cardiomiopatia;
  • luxação da patela;
  • atrofia progressiva da retina;
  • síndrome de Wobbler;
  • mielopatia degenerativa.

Por isso, é essencial contar com a orientação de um veterinário, pois qualquer que seja o tipo de cruzamento ele pode acarretar riscos à saúde do animal e mutação. Esses fatores podem causar sofrimento, dores crônicas e até problemas respiratórios aos cães, por exemplo.

Planejamento responsável do cruzamento: saúde e genética

Planejamento responsável do cruzamento: os cães precisam ter a mesma raça, porte e saudáveis.

Sim, é possível realizar um planejamento responsável para o cruzamento de cães, considerando tanto a saúde quanto a genética dos animais envolvidos. Nesse caso, estamos falando da hereditariedade – sistema biológico de transmissão de certas características dos seres vivos entre gerações.

“Isso envolve a cuidadosa seleção dos cães reprodutores, garantindo que sejam saudáveis e livres de doença genética canina. Para isso, é essencial supervisionar o processo com a ajuda de um veterinário, desde antes do acasalamento até o cuidado dos filhotes”, ressalta Marcelo Tacconi. 

Como escolher os pais dos filhotes: compatibilidade e características

Para selecionar os pais dos filhotes de cães, é crucial considerar a compatibilidade entre eles e suas características individuais.

Essa seleção inclui aspectos genéticos, temperamento, histórico de saúde e conformação física. Além disso, é indispensável definir objetivos claros de criação e buscar orientação de profissionais especializados.

Com essas medidas, os tutores e criadores podem ajudar a garantir uma prole saudável e equilibrada, alinhada com os padrões desejados da raça.

Cuidados com a mãe durante a gestação e o parto

Uma gravidez canina dura em média 63 dias. Antes, durante e após esse período, a cadela prenha requer cuidados especiais. Afinal de contas, trata-se de uma gestação.

Entenda os principais cuidados a seguir:

  1. Leve a cadela ao veterinário para iniciar o pré-natal e acompanhamento da gestação;
  2. Cuide da alimentação da cadela prenha: ofereça ração de alta qualidade para gestantes e forneça água fresca e limpa à vontade;
  3. Vacinação e vermifugação precisam estar em dia;
  4. Atividades físicas e passeios devem ser diminuídos, à medida que a gestação avança. Consulte um veterinário;
  5. Forneça um local tranquilo e confortável para a cadela descansar.

Já na hora do parto, existem alguns cuidados que você deve aplicar:

Garanta um espaço limpo e confortável

Uma cama com cobertores e travesseiros higienizados que vão deixar o seu pet mais confortável. 

Observe o comportamento da mamãe pet 

Olhe atentamente o comportamento da fêmea. Nessa fase, pós-parto, pode acontecer da cadela apresentar corrimento, estresse, irritabilidade, alterações no corpo, secreções escuras, entre outros. Procure ajuda do veterinário para obter a orientação correta. 

Por exemplo, um possível problema de saúde em mamãe pet é a mastite, uma inflamação da glândula mamária, que afeta a produção do leite, causa deficiências nutricionais e infecções bacterianas.

Inchaço, vermelhidão ou leite com tonalidade diferente são sinais da condição. Leve imediatamente ao veterinário para o diagnóstico e tratamento adequados. 

Cuidados com os filhotes: saúde, alimentação e socialização

Os primeiros dias de um filhote é uma fase de adaptação do tutor e do cachorrinho.

Os tutores têm um papel fundamental na fase de crescimento dos filhotes

Alimentação

Os filhotes ficam na fase de amamentação por cerca de 35 a 45 dias após o nascimento. O leite materno oferta os principais nutrientes para um desenvolvimento saudável dos cãezinhos.

O processo do desmame ocorre naturalmente após esse período, mas o tutor precisa introduzir gradualmente a ração úmida e seca de alta qualidade. 

Socialização

Aos poucos, inicie a socialização do filhote, apresentando aos outros animais e diferentes pessoas, de forma gradual e controlada.

Nessa fase, é indicado iniciar o treinamento básico de obediência, como comandos de sentar, ficar, vir e até fazer as necessidades no local certo. Método de treinamento, como o reforço positivo, é uma ótima prática.

Saúde

Em relação à saúde do cachorro filhote, confira as seguintes etapas de cuidados:

  • visitas ao veterinário para exames regulares.
  • siga o calendário de vacinação recomendado.
  • vermifugue o filhote contra parasitas internos e externos.
  • trate qualquer problema de saúde que o filhote possa apresentar.

Encontrando um lar responsável para os filhotes

Como criador responsável, é importante oferecer suporte contínuo aos novos tutores e estar pronto para aceitar de volta qualquer filhote que necessite de cuidados adicionais.

Mas, de modo geral, é importante avaliar se os novos tutores têm condições emocionais e financeiras, além do interesse em adotar os cães. Converse com os interessados, questione e tire todas as suas dúvidas. Como se fosse uma espécie de entrevista com os candidatos.

3 mitos e verdades sobre cruzamento de cachorro

Fêmeas que não ficam prenhas têm mais risco de ter câncer?

É mito. O câncer está relacionado a fatores hormonais. A prenhez não atua na prevenção de câncer em cadelas. Porém, fêmeas não castradas têm maior risco de sofrer de câncer.

Existe idade mínima para colocar os animais para cruzarem?

Verdade. Geralmente, a indicação dos veterinários é que a fêmea cruze após o terceiro cio e o macho após 18 meses de vida.

Se uma fêmea pequena cruzar com um macho de porte grande pode causar problemas ao parir?

Verdade. As fêmeas podem sofrer muito na hora de parir filhotes grandes. O ideal é procurar cães machos menores que as fêmeas, com o objetivo de diminuir a probabilidade de filhotes grandes, o que dificultaria o parto.

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