No corpo dos pets habitam diversas bactérias e fungos que contribuem para o bom funcionamento do organismo. O problema, porém, é quando esses microrganismos passam a existir em grande quantidade, causando um desequilíbrio na saúde dos nossos bichinhos. Essa, por exemplo, é uma das causas da malassezia em gatos.
De acordo com Marcelo Tacconi, médico-veterinário da Educação Corporativa Cobasi, a malassezia é um fungo que habita a pele de cães e gatos. “O grande problema é quando há um crescimento anormal desse fungo, geralmente causado por uma baixa de imunidade do animal.”
Isso porque a malassezia é um tipo de fungo que, naturalmente, já está presente na pele, nas mucosas e nos canais auditivos dos gatos. Assim, ele não costuma causar nenhum tipo de problema, e pode, inclusive, se relacionar de forma benéfica com outras bactérias presentes no organismo do felino.
O problema, porém, é quando existe um crescimento anormal desse fungo no corpo do gato. Nesses casos, ao se multiplicar de forma demasiada, o fungo provoca uma séria inflamação na pele do animal.
A doença acomete cães com muito mais frequência, mas ela existe, sim, em gatos, e é preciso ficar bastante atento aos sintomas. Geralmente, a malassezia estáassociada a outras doenças graves que podem acometer os felinos, tais como a leucemia felina (FeLV), tumores, o vírus da imunodeficiência felina (FIV), dermatites, entre outras.
Além disso, a malassezia em gatos pode acometer felinos de todas as raças, idades e tamanhos. Contudo, é importante ressaltar que algumas raças, tais como o Sphynx, já possuem, naturalmente, uma maior quantidade desse fungo no corpo. Por conta do número elevado de gordura tanto na pele quanto nas patas, os fungos tendem a se reproduzir com mais facilidade. Inclusive, é para remover esse excesso de gordura do corpo que os gatos dessa raça devem ser levados ao veterinário com bastante regularidade.
“Nos gatos, a doença acomete mais os ouvidos e a pele. As lesões da malassezia são conhecidas por apresentar vermelhidão da pele, queda de pelos, coceira e mau cheiro, além de inclinação da cabeça como sinais para otite externa”, explica o veterinário.
Normalmente, a região auditiva é, sem dúvidas, a área mais afetada pelo fungo. A maioria dos gatos com otite externa tem uma infecção por malassezia, mesmo que essa infecção seja a causa primária ou tenha surgido como um sintoma secundário a outros problemas.
Além disso, o felino também pode passar a se limpar com muito mais frequência do que o normal. Outros sintomas que podem aparecer são perda de pelo; áreas de pele com vermelhidão; seborreia; e acne felina no queixo.
Antes de mais nada, é preciso que um veterinário examine minuciosamente o gato. Assim, será possível adquirir um diagnóstico bastante assertivo. O tratamento irá variar de acordo com a gravidade de cada quadro.
Em casos mais simples, o tratamento de malassezia em gatos é feito de forma tópica por meio de shampoos, pomadas e sprays. Além disso, talvez seja recomendado dar banhos semanais no pet com produtos antifúngicos, durante algumas semanas.
“Como a malassezia em gatos costuma estar associada a outras doenças, o médico-veterinário irá pedir vários exames para conseguir chegar a um diagnóstico. A forma de diagnóstico mais direta que contamos hoje é com uma citologia da pele e observação do fungo por microscópio, além de fazer cultura e histologia”, informa o veterinário.
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