A espécie da abelha sem ferrão representa, aproximadamente, 10% das espécies de abelhas presentes no Brasil, com cerca de 300 espécies diferentes.
Também conhecida como inseto social, sua principal característica é o ferrão atrofiado nas fêmeas e ausência nos machos. Isso faz com que elas precisem encontrar outro mecanismo de defesa.
Venha com a gente para saber mais sobre as abelhas sem ferrão e descobrir a sua importância para a preservação da natureza.
Nome científico | Meliponini |
Nome popular | Abelha sem ferrão, abelhas nativas, abelhas sociais e abelhas indígenas |
Ordem | Hymenoptera |
Família | Apidae |
Filo | Arthropoda |
Um dos nomes da espécie é abelha social, e isso acontece por ela ser inofensiva para seres humanos e outros animais silvestres. E o motivo é o ferrão atrofiado, que não tem utilidade para ela.
Como não podem contar com o ferrão para se defenderem, as abelhas nativas precisam adotar outras táticas.
Entre as mais comuns estão morder o seu agressor e desejar a Oxytrigona taitara, uma substância ácida que a abelha possui no organismo. Ela tem a capacidade de causar sérias queimaduras na pele do agressor.
Há dois tipos de abelhas indígenas na natureza, que são as Meliponini e Trigonini. Conheça a diferença entre elas.
O primeiro grupo é formado pela Trigonini. A semelhança entre esse tipo de abelha está na presença da célula real dentro da colmeia.
Isso significa que, dentro do ninho, há um espaço dedicado ao desenvolvimento das rainhas, desde a forma larval até a vida adulta.
As larvas depositadas ali são alimentadas com néctar transportado pelas operárias. Entre as abelhas desse grupo se destacam a jataí e a borá.
O outro grupo de abelhas sem ferrão é formado pelos insetos do gênero Melipona. Elas se caracterizam pela divisão igualitária entre as células, que possuem o mesmo tamanho.
Estima-se que, até 25% das larvas fêmeas de uma mesma célula podem se desenvolver e se tornarem rainhas, assumindo um tamanho entre 7 e 15mm. Entre as espécies desse grupo, estão:
As rainhas de abelhas sem ferrão têm um comportamento totalmente diferente das rainhas abelhas comuns. Por exemplo, a rainha com ferrão, após fecundada, gera uma nova colônia junto com as operárias.
Por sua vez, as abelhas rainhas indígenas ficam dentro da própria colmeia até a postura dos ovos. Isso acontece porque, com o aumento do abdômen, elas perdem a capacidade de voar.
As abelhas sem ferrão são insetos nativos de regiões de clima tropical. Além do Brasil, elas podem ser encontradas na América Central, Ásia, África e Ilhas do Pacífico.
O inseto costuma construir seus ninhos em partes ocas de árvores, buracos no solo e formigueiros ou cupinzeiros abandonados. Nesse espaço, elas criam uma estrutura que mistura barro e cerume, uma composição de cera e resina.
Entre os principais predadores das abelhas indígenas estão: formigas, moscas, aranhas, lagartixas e pequenos pássaros. Além disso, dependendo da região ela pode servir como alimento para sapos e outros mamíferos.
Além da produção de mel com um sabor muito apreciado, as abelhas sem ferrão têm um papel essencial para preservação do bioma brasileiro.
De acordo com dados da Embrapa, esses animais são responsáveis por polinizar cerca de 30% das espécies da Caatinga e do Pantanal. Além disso, 90% da fauna da Mata-Atlântica depende delas para sobreviver.
Entre as plantas que a abelha indígena tem papel fundamental na polinização estão: tomate, berinjela, café, morango, goiaba, açaí e coco.
Se comparado com o mel encontrado no mercado – produzido pela Apis mellifera – o néctar das abelhas sem ferrão tem um sabor mais ácido.
Além disso, cada colônia produz entre 1 e 10kg por ano. Em comparação, as colônias de abelhas com ferrão produzem, em média, de 15 a 20kg, cada uma.
Gostou de saber mais sobre as abelhas sem ferrão e sua importância para a natureza? Para conhecer mais sobre animais silvestres, continue no Blog da Cobasi.
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Jornalista apaixonado por livros, filmes e literatura. Especialista de planta, sabe tudo sobre cultivo e cuidados. Atualmente não tem pets, mas até hoje não se esqueceu da Joana, gatinha para quem deu lar temporário solidário para ajudar uma ONG.
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