A presença de doença cardíaca em gatos não é tão frequente como em cães, mas ainda assim é um assunto importante e pode sim acontecer com qualquer animal. Como os felinos são criaturas independentes e que dificilmente demonstram suas fraquezas, os donos precisam ficar de olho.
Vamos explorar o tema cardiopatia em gatos com a ajuda do veterinário Cobasi, Marcelo Tacconi, especialista em saúde felina. Saiba quais são as doenças mais comuns, sintomas e tratamentos.
De acordo com o veterinário Tacconi, existe uma lista de problemas cardíacos que podem acometer um bichano, “a cardiopatia em gatos é um grupo de doenças que levam ao mau funcionamento do coração”. O médico comenta que geralmente são três: cardiomiopatia restritiva, dilatação e hipertrofia.
A primeira alteração, cardiomiopatia restritiva, é encontrada em gatos idosos e é um enrijecimento ventricular das paredes do coração, o que leva à uma falha do esvaziamento do órgão.
Já em casos de dilatação (CMD), há uma diminuição do fluxo sanguíneo para o resto dos órgãos. Esta doença cardíaca em gatos pode acontecer com qualquer raça, mas os siameses costumam ter predisposição.
Por fim, a cardiomiopatia hipertrófica, definição para o problema de endurecimento do ventrículo esquerdo. Esta é uma alteração que aparece em raças como Persas, American Shorthair e British Shorthair, porém pode acometer qualquer felino.
Aliás, a alteração de hipertrofia é uma das mais graves, pois só aparece depois de um estágio avançado, visto que gatos por si só são animais calmos, fazem menos exercício que cães e praticamente não tossem. Esta é uma complicação que causa a maioria das mortes súbitas em gatos.
Mas então, como saber qual doença cardíaca em gatos o seu pet tem? Para isso, é necessária a presença de um veterinário, sendo que o exame prioritário é o ecocardiograma, responsável por mostrar a estrutura do coração e seu funcionamento.
Entretanto, é possível identificar alguns sinais bem comuns quando há uma doença cardíaca em gatos. O médico veterinário Marcelo Tacconi elenca as principais: “perda de apetite, aumento da frequência respiratória (como se estivesse faltando ar), tosse, podem desenvolver paralisia nos membros traseiros, devido a formação de tromboembolismo”.
Como não existe cura para os problemas de coração nos bichanos, a maior preocupação deve ser com o alívio dos sintomas e restrições para oferecer qualidade de vida ao pet. As intervenções visam relaxar os músculos ou aumentar a força de contração do órgão.
O veterinário da Cobasi, Marcelo Tacconi, explica que “são doenças que variam o tratamento, normalmente sendo controladas com dietas específicas, medicamentos, atividades específicas”. Há soluções como diuréticos, vasodilatadores e remédios que diminuem as chances de doenças como a trombose.
Agora que você já sabe um pouco mais sobre doença cardíaca em gatos, também entende que realizar exames periódicos e cuidar da alimentação, assim como a rotina do seu pet, é indispensável. São pequenos detalhes como esses que evitam problemas futuros e tratamentos precoces, aumentando o tempo de vida do seu amigo.
Quer ler mais sobre saúde felina? Olha só os temas que selecionamos para você:
| Atualizada em
Formado em Medicina Veterinária pela UNESP/FMVA e com MBA em Neurociência, Consumo e Marketing pela PUC-RS, Marcelo divide a vida com seus pets, Meg e Valentina, que trazem alegria ao seu dia a dia.
Ver publicações A Cobasi e os cookies: a gente usa cookies para personalizar anúncios e melhorar a sua experiência no nosso site.
Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade e Política de Cookies.