
Sim, mãe de pet também é mãe. E a ciência já consegue comprovar por que esse vínculo é tão forte, legítimo e transformador — tanto para o ser humano quanto para o animal.
A relação entre tutores (especialmente mulheres) e seus pets envolve cuidado, instinto protetor, afeto intenso e até alterações hormonais muito semelhantes às da maternidade humana.
Neste conteúdo, você vai entender o que pesquisas científicas já revelaram sobre a parentalidade pet e como o cérebro humano responde ao vínculo com cães e gatos.
Além disso, abordamos quais hormônios estão envolvidos nesse amor e por que ser mãe de pet não é uma invenção cultural, mas uma forma legítima de maternidade interespécie. Boa leitura!
A ciência social e a antropologia já reconhecem: o que define a maternidade não é o parto biológico, mas o vínculo afetivo, a responsabilidade e o cuidado assumido.
Como explica a pesquisadora Ialê Pires de Moraes (UFRRJ), em seu estudo sobre parentalidade com cães e gatos:
“A defesa da maternidade das ‘mães de pet’ é feita a partir da consideração do afeto como um laço de parentesco. Independente da entrevistada ser mãe de humanos ou não, o carinho e o afeto são reiterados nessa relação […]”.
Ou seja, para muitas mulheres, o cuidado com o pet assumefunções reais de maternagem — com rotina, proteção, acompanhamento médico, nutrição, afeto e amor incondicional.
Pesquisadores da Universidade de Azabu (Japão) descobriram que a troca de olhares entre cães e seus tutores estimula a liberação de ocitocina — o mesmo hormônio envolvido no vínculo entre mães e bebês.
“Quando um cão troca olhares com seu tutor, há um aumento na concentração de ocitocina na urina do humano.
Como resposta, o humano se torna mais terno com o animal, com comportamentos de cuidado — aumentando, assim, a ocitocina no cão também.” — CERVENKA, 2019
Esse ciclo reforça o instinto de proteção e apego — mostrando que o amor pelos pets não é apenas emocional, mas também quimicamente programado no cérebro humano.
Ou seja, o amor entre humanos e animais não é apenas simbólico — ele é biologicamente real, programado no cérebro.
A diferença entre tutor e mãe de pet está na intensidade da relação emocional. Enquanto todo tutor deve garantir o bem-estar do animal, a mãe vive o vínculo como uma relação parental completa, com afeto, zelo e presença ativa no dia a dia.
Portanto, nem todo tutor se percebe como mãe ou pai de pet — mas quem se reconhece assim não está romantizando ou exagerando, apenas expressando um laço afetivo legítimo.
Diversos hormônios e neurotransmissores participam da relação entre humanos e animais de estimação. Os principais são:
Esses hormônios explicam por que o vínculo com um pet pode ser tão profundo quanto o que sentimos por um filho humano.
Além da conexão emocional, ser mãe de pet proporciona inúmeros benefícios reais para o corpo e a mente. Veja o que a ciência já comprovou:
A parentalidade pet é uma via de mão dupla, com benefícios concretos para todos os envolvidos.
A maternidade pet, assim como qualquer relação de cuidado, precisa ser equilibrada. Alguns sinais de alerta para humanização excessiva incluem:
Amar um pet como filho não é o problema. O que precisa ser evitado é a projeção de expectativas humanas irreais, que podem afetar negativamente o bem-estar do animal. O amor verdadeiro é aquele que respeita a natureza do outro — mesmo que de outra espécie.
No Blog da Cobasi, você encontra mais artigos sobre vínculo emocional com os animais, parentalidade, saúde comportamental e tudo que você precisa para cuidar, amar e entender melhor o seu pet.
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Sou jornalista desde 2016 e vivo cercado pelos meus pets! Sou pai do Zé e do Tobby, um Shih Tzu e um Vira-lata, da Mary, uma gatinha branca, e do Louro, um papagaio (claro!). Escrevo para Cobasi ajudando outros tutores a cuidar dos seus pets.
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