O fantástico mundo marinho reúne uma rica porcentagem da biodiversidade que engloba espécies de todas formas, tamanhos e características. Dentre esses animais está o peixe-mandarim, que tem sido bastante cobiçado por fãs de aquarismo por conta das suas cores ornamentais.
Sua aparência única o tornou um dos peixes de água salgada mais reconhecidos no hobby, resultando em alta demanda de busca sobre a espécie, como a curiosidade sobre como cuidar do peixe-mandarim em aquários. Para ajudar os aquaristas, separamos um guia explorando as características, reprodução, alimentação e muito mais. Confira!
O peixe-mandarim é notoriamente um dos animais marinhos mais coloridos que você vai ver hoje. Mas, não é só isso que destaca a beleza e características raras, existem outros atributos que vem despertando a atenção de muitos aquaristas pelo mundo inteiro. Conheça cada um deles.
O peixe-mandarim (Synchiropus splendidus) é uma verdadeira obra da natureza. Uma espécie de água salgada, pequena e com cores fascinantes, pertence à família Callionymidae, que representa um grupo com mais de 180 espécies conhecidas de peixes semelhantes a cabozes.
Nativo do Oceano Pacífico e amplamente distribuído pelo sudeste da Ásia, o peixe-mandarim é distribuído naturalmente em países da Filipinas, Malásia, Indonésia e Austrália. Falando um pouco do seu comportamento, mesmo sendo um peixe com características pouco territorialistas, se divide em ser bastante calmo no convívio com outras espécies, porém agressivo com os da mesma espécie.
Em relação a sua estrutura corporal, um peixe-madarim adulto pode medir de 5 a 8 centímetros. Apesar de ser bem pequeno, as suas cores chamam muita atenção. Parecendo que é desenhado por um artista, a tonalidade estrutural do peixe é azul-turquesa, com detalhes nas cores laranja, amarelo ou verde.
Não existe um padrão definido na divisão das cores e formatos, portanto você pode ver alguns animais com lista e manchas, outros com desenhos fora do comum.
Nome: Peixe Mandarim (Synchiropus splendidus ou Pterosynchiropus splendidus)
Origem: Zonas do oceano Índico e zona ocidental do oceano Pacífico
Tamanho: entre 5 a 8 centímetros
Expectativa de vida: 7 anos em aquário
Convivência: aos pares, mas nunca dois machos
Alimentação: Pequenos invertebrados. Estes peixes devem comer pequenas porções de comida várias vezes ao dia.
Grau de dificuldade para criação: avançado
Além da espécie Synchiropus splendidus, a família dos mandarins tem mais membros:
É o caso do peixe-mandarim-vermelho, que tem como principal característica a parte superior do corpo maioritariamente vermelha com alguns pontos brancos e a região da barriga na tonalidade amarela.
O peixe-mandarim malhado apresenta uma mistura de cores verde preto e amarelo. Bastante brilhante, essa espécie tem uma característica peculiar de ficar no fundo do mar ou aquário, procurando alimento.
Também chamada como “Peixe-mandarim Psicadélico”, por conta do seu estilo de cores que é no formato de listras multicoloridas, bastante brilhantes e vibrantes.
É importante lembrar que, ao escolher a sua variedade de peixe mandarim, alguns hábitos comportamentais podem variar entre eles. Portanto, faça uma boa pesquisa sobre os hábitos do seu preferido antes de tentar criá-lo em um aquário.
Se perguntar para os aquaristas se eles conseguem saber qual espécie é essa, eles têm uma tática muito simples e eficaz: usar a cor principal dos peixes como referência.
Como essa espécie apresenta dimorfismo sexual, dá para saber como diferenciar o peixe-mandarim macho e a fêmea e a diferença está no brilho. Geralmente, as cores dos machos tendem a ser mais brilhantes, comparado ao sexo oposto.
Além disso, outra ponto que pode ser analisado é o tamanho do corpo e da barbatana dorsal também indicam qual o sexo do peixe. A barbatana dorsal do macho é maior e são mais pontiagudas comparando com as fêmeas.
O peixe-madnarim são animais de hábitos poligâmicos. Com o costume de acasalar ao entardecer, o macho tenta chamar atenção da parceira levantando a nadadeira dorsal e nadando a sua volta. Após conseguir se aproximar, o macho agarra a nadadeira peitoral da fêmea usando a boca.
Posteriormente, ambos vão até a superfície para realizar a desova. Nessa fase, os casal de peixes ficam monitorando os ovos que ficam boiando na superfície da água. Geralmente, esse processo ocorre em áreas do recife, onde os peixes-mandarim machos e fêmeas se reúnem durante a noite. Como existem poucas fêmeas ativas, há muita concorrência. Sendo assim, os machos maiores e mais fortes são mais propensos a acasalar com mais frequência.
Como mencionamos acima, o peixe-madarim fica supervisionando os ovos fertilizados. Dentro de 24 a 48 horas eles eclodem, dependendo da temperatura da água.
Com menos de 1 mm de diâmetro, esse monitoramento não é fácil e pode acabar acontecendo de ser perdido entre algas ou rochas no aquário. Criados em aquários, os tutores podem ajudar nesse processo, limpando o aquário. Como também, garantindo que os parâmetros de água estejam estáveis para uma reprodução bem-sucedida.
Quando eclodem, os alevinos – termo usado para designar o peixe nos primeiros minutos de vida – permanecem presos aos sacos vitelínicos por alguns dias até que possam nadar livremente.
Está pensando em adquirir um peixe-mandarim? Essa espécie pode ser criada em aquários, mas vale ressaltar que os seus cuidados são complexos e avançados. Abaixo, vamos compartilhar alguns cuidados base que esse peixinho precisa ter.
Entre as principais etapas de cuidados com o peixe-mandarim estão:
Para montar um aquário para o peixe-mandarim, o primeiro passo é conhecer as características da espécie, por exemplo, o habitat deve ser de água salgada e ter pelo menos 300 litros. Como são animais que gostam do fundo do mar, o espaço deve ter muitos esconderijos, como rocha viva ou estruturas artificiais.
Crie um ambiente com substrato, de preferência areia fina para permitir que os peixes o peneire enquanto procuram comida. Não esqueça de adicionar uma tampa ao aquários, esse peixinho sabe pular alto. Assim, como para todos os aquários, um ambiente limpo e estável é crucial para o desenvolvimento da espécie.
Atenção com os parâmetros da água, o aquário deve atender a temperatura (entre 72-78 °F (22-26 °C) e níveis de salinidade (entre 1,020-1,025 sg.). Ter um sistema de filtragem conservado também é essencial para manter as condições da água estáveis e saudáveis.
Essa é uma etapa dos cuidados que muitos tutores acabam se confundido, até por ser bastante complexa. O peixe-andarim são animais que podem comer o dia todo. Seja no seu habitat natural ou em aquários eles ficam à procura de alimentos nas rochas vivas e no solo. Porém, isso tem uma explicação: a sua alimentação base são os copépodes.
Nunca ouviu falar sobre os copépodes? São microcrustáceos que vivem no em rochas e costumam surgir em aquários que já foram montados há alguns meses. Porém, não pense que eles surgem do nada, na verdade, eles vem de “carona” nos elementos, como rochas vivas e corais que você compra para compor seu aquário.
É preciso destacar que a alimentação do peixe-mandarim é bastante exigente, pois dificilmente aceitam rações ou outros alimentos que não sejam comida viva.
Como são animais que gostam de ficar entre rochas e corais, o peixe-mandarim são criaturas solitárias em seu habitat natural. No entanto, em aquários a dica é colocar um macho e uma fêmea juntos, o que é importante durante a época de acasalamento. Macho e macho não são recomendados.Essas são algumas dicas para quem deseja criar o mandarim peixe em aquário.
Aproveitando o assunto das cores, você sabia que o nome do peixe está relacionado às suas tonalidades? Sim, o significado da escolha da nomenclatura peixe-mandarim foi escolhido por conta da semelhança das suas cores com vestes dos mandarins chineses.
Em condições adequadas e com o manuseio realizado de forma correta, o peixe-mandarim pode viver até 7 anos. Porém, problemas no cuidado com a espécie acabam sendo comuns e estes peixes acabam vivendo, em média, cerca de um ano. Entre as variáveis estão as doenças ou erros na manutenção do aquário.
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