Colostro é o primeiro leite liberado pela mãe após o nascimento do bebê. O processo, que está presente nas fêmeas de todos os mamíferos, é o mesmo tanto para fêmeas humanas quanto para as gatas, cadelas, éguas, vacas etc. O que muda são as características do colostro, mas a sua função é a mesma.
O colostro é secretado pelas mães após o parto enquanto o organismo da fêmea está preparando o chamado leite maduro, que é aquele que estará disponível durante todo o período de amamentação dos bebês. A disponibilidade do colostro para consumo é relativamente pequena: dura apenas de 12 h a 16 h após o nascimento. Por isso, deve ser aproveitado ao máximo, sempre.
Apesar de ter uma aparência mais líquida do que o leite materno maduro, o colostro é uma fonte riquíssima em proteínas. No entanto, seu maior valor está na proteção que oferece aos recém-nascidos: os anticorpos que passam de mãe para filho manterão o bebê seguro de ameaças externas, como vírus e bactérias, enquanto ele ainda não tem idade suficiente para ser vacinado.
Em alguns casos, infelizmente, os bebês podem não conseguir mamar de maneira ideal. Pode ser que a fêmea faleça durante o parto, ou que fique debilitada demais para amamentar, por exemplo. Existem, também, as situações em que a fêmea tem agalactia ou hipogalactia que são, respectivamente, a ausência de produção de leite materno ou a sua produção em quantidade insuficiente para manter os recém-nascidos bem alimentados.
Quando isso acontece, é possível nutrir os bebês com fórmulas sintéticas que buscam se aproximar o máximo possível dos benefícios oferecidos pelo leite materno. Já o colostro não possui equivalente sintético, então sempre que for possível ele deve ser oferecido ao bebê. Por menor que seja a quantidade de colostro, ela é relevante.Toda gota conta.
Como dissemos, o colostro é único. Além de não ser possível reproduzi-lo em laboratório, existem diferentes constituições no colostro de cada espécie de mamífero. Os níveis de proteína, gordura e açúcar mudam muito de uma fêmea para outra, assim como os tipos de anticorpos. Por isso, o colostro de uma fêmea humana será sempre diferente do colostro de uma gata, de uma cadela, de uma égua e por aí vai.
Essas diferenças permanecem quando o leite maduro está formado. Nós, seres humanos, temos por hábito oferecer leite de vaca para as crianças depois que elas atingem uma certa idade e não são mais nutridas pelo leite materno.
No caso dos animais, caso não seja possível que os filhotinhos mamem na mãe, o melhor a fazer é procurar orientação do médico veterinário para saber que tipo de leite oferecer. Se você tem uma gata ou uma cadela em casa, que teve filhotes mas não pode amamentar, não pegue uma caixinha de leite de vaca na geladeira e ofereça aos bebês, pois isso pode colocá-los em risco.
O organismo dos filhotes não é maduro o suficiente para digerir as proteínas presentes no leite de vaca. Isso pode provocar distúrbios gastrointestinais ou até problemas mais graves. Existem produtos próprios para alimentar os filhotinhos recém-nascidos de acordo com a sua espécie. O médico veterinário é o profissional indicado para recomendar esses produtos, bem como dar orientações sobre a frequência e a quantidade das mamadas.
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