Só de olhar para o Quokka, dá para saber porque é conhecido como o animal mais feliz do mundo. Com uma aparência encantadora, esse simpático marsupial parece estar sempre sorrindo, devido ao formato e a estrutura de sua boca.
Quer saber mais sobre o quokka? A seguir, trouxemos um guia completo sobre esse animal do tamanho de um ursinho de pelúcia, encontrado apenas no sudoeste da Austrália. Confira!
Com cerca de 50 centímetros de comprimento e com peso entre 2,5 a 5kg, o marsupial quokka (Setonix brachyurus) é da mesma família do canguru, encontrado apenas no sudoeste da Austrália. A maior população mora na Ilha Rottnest e na Ilha Bald.
A Ilha Rottnest é considerada o Reino dos Quokka e foi onde ocorreu os primeiros registros do animal, em 1658. A descoberta foi feita pelo explorador holandês Willem de Vlamingh, que chamou a ilha de “Rotte Nest” (em português ninhos de “ratos”). Inclusive, foi assim que a região ganhou esse nome.
Já o nome quokka é originário da língua das pessoas de nyunga, povo aborígene que habita a região sudoeste da Austrália. Durante a era colonial, os animais eram comuns no país, mas no século 20 a população da espécie sofreu um declínio acentuado.
| Nome popular | Quokka |
| Nome científico | Setonix brachyurus |
| Reino | Animalia |
| Filo | Cordados |
| Subfilo | Vertebrados |
| Classe | Mamíferos |
| Infraclasse | Marsupiais |
| Ordem | Diprotodontia |
| Família | Macropodidae |
| Subfamília | Macropodinae |
| Gênero | Setonix brachyurus |
| Espécies | Setonix brachyurus |
Sem dúvida, há muito a saber desses animais sorridentes. Aqui estão alguns fatos interessantes que você precisa conhecer.
Os quokkas são da mesma família dos cangurus e wallabies, conhecidos como Macropodidae. Inclusive, esses animais apresentam características semelhantes, como conseguir pular e saltar com seus pés pequenos e caudas curtas.
Como são marsupiais, as mães quokkas também carregam seus filhotes recém-nascidos na sua bolsa ventral por seis meses.
A espécie ficou conhecida como “a mais feliz do mundo” no começo da década de 2010. Mas, ficou famosa internacionalmente após uma postagem no Instagram do ator australiano Chris Hemsworth, de 2019. A foto rapidamente se tornou viral.
Logo, mais pessoas buscaram uma foto com o animal, e a visitação à Ilha Rottnest atingiu números recordes. Por seu comportamento amigável à presença humana, o quokka também foi apelidado como o “rei das selfies”.
É raro ver um quokka sem um grande “sorriso” no rosto! Parece que estão sempre prontos para tirar uma fotografia. Porém o sorriso não está ligado ao sentimento de felicidade. Na verdade, trata-se de uma característica evolutiva que os ajuda a ofegar e arrefecer.
Devido ao formato de suas bocas, os animais abrem a boca e colocam suas línguas para fora para se refrescar. Mas, como são animais que apresentam uma natureza amigável, é mais do que justo nos convencermos de que eles estão de fato sorrindo para nós, não é mesmo?
Como são herbívoros, o quokka também pode subir em árvores de até dois metros de altura, para pegar gramíneas e folhas de árvores para se alimentar.
Quokkas tem a capacidade de sobreviver apenas com as reservas de gordura em suas caudas. Assim, eles podem passar semanas sem comer. Esse mecanismo é essencial para sua sobrevivência em estações onde a vegetação é mais escassa e com poucos alimentos.
Como extraem a maior parte da água de que precisam das plantas que comem, como cactos e suculentas, o animal pode sobreviver meses sem beber água fresca.
O quokka está listado em estado vulnerável de extinção. Historicamente, o risco de desaparecer está relacionado à atividade de predadores e a colonização europeia no final do século XVIII, resultando em uma diluição drástica da população desses animais.
De acordo com a Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Comunidade Britânica da Austrália, o quokka perdeu 50% de seu habitat nos últimos 200 anos no continente.
Em apoio, o governo da Austrália Ocidental atua no controle dos predadores naturais da espécie, controlando o número de raposas na região. Além de outras organizações que trabalham efetivamente na prevenção da espécie.
Em 2015, incêndios florestais que acometeram a Austrália, arrasaram cerca de 98.000 hectares, o que impactou diretamente na população da espécie.
Segundo a WWF-Austrália, a espécie começou a se recuperar do terrível incêndio apenas cinco anos depois. Pesquisas sugerem que a população de quokka pode não se recuperar totalmente até 2028.
Além disso, infelizmente, a ameaça dos predadores e as chances de acontecerem novos incêndios, dificultam todo o processo. O desenvolvimento humano também afetou os quokkas, causando:
Os quokkas são capazes de se reproduzir a partir de dezoito meses de idade. Com uma expectativa de vida de 10 anos, as fêmeas têm somente um filhote por ano.
Embora os quokkas fiquem felizes em coexistir pacificamente com outros seres, não pode abraçar, dar tapinhas ou mesmo querer fazer um carinho. Vale lembrar que são animais selvagens e se sentirem ameaçados podem morder.
Os quokkas conseguem resistir a temperaturas de até 44 °C, por conta das suas habilidades termorreguladoras.
Os quookas não são pets e é ilegal criá-los. Além disso, apesar de toda simpatia dos animais – bem desenvolvidos para o turismo e sem medo dos seres humanos – não é indicado tocá-los ou dar alimentos, sendo passível de multa.
Os visitantes das ilhas são avisados para nunca alimentar os quokkas, pois a comida humana pode causar desidratação e má nutrição.
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