Quem ama felinos e quer dar um lar aos vários animais abandonados precisa entender a realidade dos gatos resgatados. Afinal, há muitos gatos sem família nem carinho pelas ruas das cidades, sujeitos a doenças e maus tratos. Adotar um animal que venha dessas condições é um grande ato de amor.
Mas nem sempre os cuidados com os gatos resgatados são fáceis. Pense bem, eles vieram de uma situação difícil, tendo que sobreviver a cada dia revirando lixo, se abrigando em lugares sujos e dependendo da ajuda de poucas pessoas.
Nós temos uma responsabilidade histórica, sanitária e moral em cuidar dos animais abandonados. Primeiro porque fomos nós, humanos, que domesticamos esses animais. Segundo porque animais abandonados acabam virando vetores de doenças. E por último, eles devem ser acolhidos porque todo ser vivo merece viver em condições dignas.
Para saber como cuidar de gatos resgatados vamos por partes. Começando pelo resgate. Se você já é um gateiro experiente sabe que deve tomar alguns cuidados antes de tentar resgatar um animal de rua. Para a sua segurança e para a segurança do animal.
Antes de mais nada, o gato é filhote ou adulto? No caso de gatos filhotes, não é aconselhável retirá-los do convívio com a mãe. Além de imoral, isso vai prejudicar o desenvolvimento fisiológico e psíquico do animal.
Em todo caso, espere e observe. Se depois de algum tempo a mãe não aparecer, talvez esse filhote esteja realmente sem ninguém no mundo. Nesse caso, resgate o animal e leve-o imediatamente a um veterinário.
Esse é o primeiro passo: um exame clínico detalhado, além de alguns testes indispensáveis para detectar doenças incuráveis como a FIV, também conhecida como aids felina, ou a Felv, a leucemia felina.
Depois, começa o difícil trabalho de adaptar o animal à vida doméstica. Gatos resgatados costumam ser mais arredios e desconfiados, mas isso é normal. O papel do tutor é preparar o ambiente e dar carinho ao animal. A dica aqui é ir aos poucos, dando espaço e tempo para o bichinho se acostumar.
Aliás, uma boa estratégia para amenizar um possível comportamento agressivo nos gatos resgatados é fazê-los gastar energia. Afinal de contas, a vida na rua demandava bastante exercício dos animais para conseguirem alimento ou protegerem o território.
Por isso, brinque sempre com o animal para torná-lo menos reativo e desconfiado. Os gatos resgatados tendem a ver quase tudo como uma ameaça, inclusive os tutores. Quanto mais gastarem energia, menos agressivos eles serão.
As brincadeiras também são uma excelente maneira de criar laços com seu pet. Além disso, elas ajudam a amenizar um outro problema comum em gatos resgatados que é a ansiedade. Por isso, os brinquedos certos podem ajudar muito na adaptação.
Por fim, com o gato mais calmo e relaxado, ajude-o a entender a rotina e as regras da casa. Caso tenha adotado um gato adulto você pode ter mais dificuldade na hora de ensiná-lo a usar a caixinha de areia.
Por isso, mantenha a caixa sempre limpa para facilitar na adaptação do animal. Se mesmo assim o gatinho ainda estiver errando o lugar de fazer as necessidades, tente trocar a caixa de areia de lugar, isso pode ajudar.
Com algumas semanas os gatos resgatados já estarão mais calmos e aclimatados ao ambiente doméstico. E lembre-se que o mais importante é dar muito carinho e mimos para ele entender que é amado e que pode confiar em você.
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