Dermatofitose em cães: o que é, causas e tratamento

A dermatofitose em cães é uma doença de pele causada por fungos, que costuma  afetar animais jovens e idosos. Como também, algumas raças que têm maior predisposição à condição, como Yorkshire e Jack Russel Terrier, por exemplo. 

Vamos entender melhor sobre a doença? A seguir, saiba tudo sobre a dermatofitose em cachorro:

1. O que é dermatofitose em cães?
2. O que causa a dermatofitose?
3. Principais sintomas da dermatofitose em cães
4. Como diagnosticar uma lesão de dermatofitose?
5. Como tratar dermatofitose em cães?
6. Como prevenir a dermatofitose em cães?

O que é dermatofitose em cães?

A dermatofitose é uma infecção fúngica superficial, que ocorre quando o fungo se prolifera na pele, pelame e garras de cachorro. 

A doença é desencadeada, na maioria das vezes, pelo fungo do gênero Microsporum canis. Os demais agentes causadores da dermatofitose em cães e gatos, são:

Microsporum gypseum: trata-se de um fungo geofílico. São espécies que colonizam o solo e afetam os animais que façam contato com o ambiente contaminado.

Trichophyton mentagrophytes: esse fungo zoofílico é mais encontrado em roedores, mas também é um dos causadores da dermatofitose.

De modo geral, esses fungos dermatófitos agem usando a queratina natural da pele dos animais. Ou seja, aproveitam os tecidos queratinizados existentes no pelo e na unha do animal.

O que causa a dermatofitose?

É importante ressaltar sobre como a dermatofitose é transmitida. Esses fungos causam doenças infecciosas transmitidas entre humanos e animais, ou seja, uma zoonose. Mas, além disso, também pode ser considerada uma antropozoonose – quando o tutor tiver com fungo, pode transmitir para o pet. 

Existem predisposições raciais e fatores ambientais em que os animais podem ser acometidos pela dermatofitose, como: 

• Em contato direto com outro animal infectado;
• Ter contato com uma pessoa infectada;
• Como também, ter contato com o fungo por meio do solo contaminado, que é o caso do Microsporum gypseum.

Além disso, a doença pode afetar cães de todas as raças, idades e portes. No entanto, existem alguns fatores que podem favorecer o desenvolvimento da dermatofitose, como: 

• raças de pelagem longa, como os cães da raça Yorkshire Terrier;
  
• animais territorialistas ou com comportamento agressivo, pois podem se envolver em brigas, que geram um contato direto com outros animais que estejam infectados;
  
• cachorros que passeiam em parques e outros locais com movimentação de outros animais;
  
• contato com o ambiente e indivíduos que podem estar contaminados;
  
• cães filhotes ou jovens com menos de 1 ano de idade e idosos têm maior predisposição, por conta da fragilidade do sistema imunológico.

Os fatores ambientais também estão na lista de causas envolvidas, tais como:

• regiões tropicais e subtropicais, apresentam maior chance de proliferação fúngica;
• ambientes úmidos;
• lugares com superpopulação de animais;
• acesso do animal a locais infectados.

A transmissão da dermatofitose tem maior chance de acontecer em animais com sistema imunológico fragilizado. Casos de desnutrição ou estresse, por exemplo, são cenários mais propícios a ação dos fungos. 

Entretanto, quando o animal está com a saúde em dia, é possível que o contato com um dos dermatófitos não resulte no desenvolvimento da doença.

Principais sintomas da dermatofitose em cães

A dermatofitose causa uma infecção nos folículos capilares do cachorro. Por isso, a pele do animal fica com manchas circulares e sem pelos. Mas, além disso, existem outros sintomas de alerta para essa doença com fungos em cachorros:

• coceira;
• perda de pelo;
• pele descamada de diferentes formas, com cascas;
• pele inflamada, avermelhada ou com áreas endurecidas;
• lesões nas unhas.

Como diagnosticar uma lesão de dermatofitose?

O diagnóstico da dermatofitose canina só pode ser realizado pelo médico-veterinário. Apesar dos sintomas serem muito determinantes para o diagnóstico, as lesões que aparecem no seu bichinho podem ter outras causas.

Por isso, se notar algum sintoma, procure ajuda profissional. Na consulta, o veterinário vai realizar um exame clínico para considerar os possíveis sintomas, com a realização de alguns procedimentos, como:

• Lâmpada de Wood: o veterinário vai retirar alguns pelos das bordas afetadas pela doença e vai colocar sob uma lâmpada específica. Os pelos infectados pelo fungo microsporum canis ficam fluorescentes quando expostos a esta luz.
  
• Cultura fúngica:  o veterinário vai retirar alguns pelos do entorno afetado pela doença para fazer análise dos fungos.

Como tratar dermatofitose em cães?

Há muitas soluções para o tratamento de dermatofitose em cães. Eles variam de acordo com o tipo de fungo, os sintomas e gravidade do caso. 

Os tratamentos mais convencionais são realizados com o uso de medicamentos, como corticóides, antibióticos ou apenas banhos com shampoo antifúngico. Além disso, podem ser indicadas alterações na rotina alimentar, para cuidar da nutrição do pet.

É importante lembrar que o uso de remédios caseiros pode comprometer a saúde do seu animal. Portanto, as etapas do tratamento devem ser validadas e prescritas pelo veterinário. 

Como prevenir a dermatofitose em cães?

Dentre as ações preventivas para evitar a dermatofitose em cães, estão:

• faça uma limpeza no ambiente para eliminar possíveis fungos e bactérias;
• lave e limpe os objetos que estiveram em contato com o cachorro; 
• não se esqueça da sua higiene também, lave as mãos com frequência; 
• caso perceba algum sintoma atípico na sua pele, procure seu médico.

A higienização ambiental é de extrema importância para minimizar a chance de infecção, a partir do local onde os seus pets ficam. 

O conteúdo te ajudou a entender sobre a dermatofitose em cães? Aqui, no Blog da Cobasi, você se mantém informado sobre tudo relacionado ao mundo animal:  saúde, bem-estar, alimentação, dicas de cuidados, curiosidades e muito mais. Se ficou com alguma dúvida, deixe nos comentários. Até a próxima!