Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária, o câncer de mama em cadela é uma doença que afeta aproximadamente 45% das fêmeas, principalmente não castradas e em idade avançada.
Como trata-se de uma neoplasia que demanda diagnóstico precoce, para aumentar as chances de recuperação do pet, é essencial os tutores conhecerem os sintomas e como cuidar da saúde da sua amiga.
A seguir, a veterinária Joyce Lima, da Educação Corporativa da Cobasi, compartilhou as principais informações sobre câncer de mama em cachorra: como identificar, prevenir, tratar e tudo o que você precisa saber. Confira!
Joyce Lima responde: “O câncer é uma doença gerada pela multiplicação desenfreada de células inadequadas, que acabam formando tumores. As quais podem ser neoplasias benignas ou malignas (denominadas cânceres)”, explicou.
Sim, o tumor de mama em cadela tem cura. Para isso, o diagnóstico precoce tem um papel essencial, pois é possível intervir antes que os nódulos se espalhem.
Em virtude disso, qualquer sinal de que há algo errado com o seu animal de estimação, procure um médico-veterinário de confiança.
Também chamado de neoplasias mamárias, o câncer de mama em cadelas é desencadeado por dois fatores: hormonais e genéticos.
Por exemplo, sob o ponto de vista de fatores genéticos, uma fêmea pode desenvolver câncer de mama em decorrência de outras doenças, como a obesidade canina.
O excesso de tecido adiposo presente em um cão com sobrepeso, altera a produção de hormônios e favorece o aparecimento de nódulos nas glândulas mamárias.
Além disso, outros fatores que podem causar câncer de mama em cachorro são:
Diversos estudos científicos apontam os SRD (animais sem raça definida) como os mais frequentes a apresentarem tumores de mama, seguidos de Poodles e Pinschers.
Como a veterinária Joyce Lima explica: “Isso se justifica pelo fato de os SRDs serem maioria ao redor do mundo. Já no caso dos Poodles e Pinschers está relacionado a idade, pois são animais que facilmente atingem idades avançadas – aumentando a predisposição ao desenvolvimento de tumores”.
Sendo assim, não existe uma relação propriamente dita de “raças mais propensas” e sim de idade em que mais pode ocorrer. Normalmente, é mais comum o câncer de mama em cadelas entre 7 e 14 anos.
É muito importante saber como identificar câncer de mama em cadelas. Devido à variedade de possíveis tipos de neoplasias, muitos são os sintomas diferentes que podem estar associados a doença, como:
Percebeu algum desses sintomas em seu animal de estimação? Não hesite em procurar um profissional. Mesmo que os tumores encontrados nas mamas sejam benignos, a oncologia veterinária tem avançado cada vez mais em relação às possibilidades de cura e prevenção.
O tratamento de câncer de mama em cadelas pode se dar por quimioterapia, radioterapia e cirurgia para remoção do tumor. A intervenção cirúrgica costuma ser a opção adotada, pois traz resultados eficazes com a remoção completa do tumor.
Já o processo pós-operatório consiste na limpeza do local da cirurgia e a administração de medicamentos como: antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos, de acordo com a orientação do veterinário.
De acordo com Joyce Lima: “O diagnóstico se inicia a partir da anamnese completa do animal, seguido de exames complementares e laboratoriais, como raio x, ultrassom ou tomografia torácica, exame histopatológico e exame citológico”.
Vale destacar, que os exames serão selecionados de acordo com o critério do médico veterinário, os sintomas e histórico do animal.
As principais medidas preventivas são a castração das fêmeas (antes do primeiro cio) e evitar – ao máximo – o uso de medicamentos anticoncepcionais ou anti-cio. A veterinária reforça:
“A castração é mais recomendada. Pois, de acordo com diversos estudos científicos, os animais que apresentam tumores mamários e não são castrados chegam a representar 70% do total dos casos. Já para animais que não foram castrados antes do primeiro cio, esse valor sobe para 99%”.
Por isso a recomendação e necessidade da castração é tão importante, pois, tem o intuito de evitarmos ao máximo o desenvolvimento de tumores mamários.
“Quanto aos medicamentos ditos como anticoncepcionais ou “anti-cio”, eles tratam-se de hormônios em altas doses que são frequentemente associados à ocorrência de piometra (infecção uterina) e neoplasias (cânceres). E por isso não são indicados para cadelas”.
Também é preciso ter cuidado com a obesidade em cadelas. Portanto, uma alimentação balanceada e sem exageros ao longo da vida é fundamental. Além, claro, de realizar o monitoramento e acompanhamento veterinário frequente do animal.
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Formada pela USP, Joyce possui especializações em Medicina Veterinária Preventiva e um MBA em Liderança de Alta Performance. Apaixonada por sua gata, Mia, ela reflete todo o carinho e dedicação que tem por ela em sua prática profissional.
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