Câncer de mama em cadela: veterinária explica tudo sobre a doença

Com colaboração: Joyce Lima   Tempo de leitura: 5 minutos

Compartilhar:
Compartilhar:
cancer de mama em cachorra

Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária, o câncer de mama em cadela é uma doença que afeta aproximadamente 45% das fêmeas, principalmente não castradas e em idade avançada. 

Como trata-se de uma neoplasia que demanda diagnóstico precoce, para aumentar as chances de recuperação do pet, é essencial os tutores conhecerem os sintomas e como cuidar da saúde da sua amiga.

A seguir, a veterinária Joyce Lima, da Educação Corporativa da Cobasi, compartilhou as principais informações sobre câncer de mama em cachorra: como identificar, prevenir,  tratar e tudo o que você precisa saber. Confira!

O que é o câncer de mama em cadelas?

Joyce Lima responde: “O câncer é uma doença gerada pela multiplicação desenfreada de células inadequadas, que acabam formando tumores. As quais podem ser neoplasias benignas ou malignas (denominadas cânceres)”, explicou.

Câncer de mama em cadela tem cura?

Sim, o tumor de mama em cadela tem cura. Para isso, o diagnóstico precoce tem um papel essencial, pois é possível intervir antes que os nódulos se espalhem.

Em virtude disso, qualquer sinal de que há algo errado com o seu animal de estimação, procure um médico-veterinário de confiança.

O que causa câncer de mama em cadela?

Também chamado de neoplasias mamárias, o câncer de mama em cadelas é desencadeado por dois fatores: hormonais e genéticos. 

Por exemplo, sob o ponto de vista de fatores genéticos, uma fêmea pode desenvolver câncer de mama em decorrência de outras doenças, como a obesidade canina. 

As causas de câncer de mama em cachorra Causas do câncer de mama podem ser genéticas, hormonais, nutricionais e ambientais.

O excesso de tecido adiposo presente em um cão com sobrepeso, altera a produção de hormônios e favorece o aparecimento de nódulos nas glândulas mamárias. 

Além disso, outros fatores que podem causar câncer de mama em cachorro são:

  • gravidez psicológica;
  • disfunção hormonal;
  • ingestão de medicamentos hormonais, como anticoncepcionais ou suplementação;
  • animais que não são castrados ou foram castrados tardiamente;
  • idade avançada.

Quais raças são mais propensas a ser acometidas por câncer de mama?

Diversos estudos científicos apontam os SRD (animais sem raça definida) como os mais frequentes a apresentarem tumores de mama, seguidos de Poodles e Pinschers. 

Como a veterinária Joyce Lima explica: “Isso se justifica pelo fato de os SRDs serem maioria ao redor do mundo. Já no caso dos Poodles e Pinschers está relacionado a idade, pois são animais que facilmente atingem idades avançadas – aumentando a predisposição ao desenvolvimento de tumores”.

Sendo assim, não existe uma relação propriamente dita de “raças mais propensas” e sim de idade em que mais pode ocorrer. Normalmente, é mais comum o câncer de mama em cadelas entre 7 e 14 anos.

Sintomas

É muito importante saber como identificar câncer de mama em cadelas. Devido à variedade de possíveis tipos de neoplasias, muitos são os sintomas diferentes que podem estar associados a doença, como:

  • presença de caroços (nódulos) na região das mamas; 
  • inchaço ou dilatação nas mamas; 
  • animal coçando região das mamas com frequência;
  • produção repentina de secreção mamária com ausência de gestação;
  • apatia;
  • perda de peso;
  • dores e sensibilidade nas mamas. 

Percebeu algum desses sintomas em seu animal de estimação? Não hesite em procurar um profissional. Mesmo que os tumores encontrados nas mamas sejam benignos, a oncologia veterinária tem avançado cada vez mais em relação às possibilidades de cura e prevenção.

Tratamento

O tratamento de câncer de mama em cadelas pode se dar por quimioterapia, radioterapia e cirurgia para remoção do tumor. A intervenção cirúrgica costuma ser a opção adotada, pois traz resultados eficazes com a remoção completa do tumor.

Já o processo pós-operatório consiste na limpeza do local da cirurgia e a administração de medicamentos como: antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos, de acordo com a orientação do veterinário.

Como é feito o diagnóstico? Quais exames são realizados?

De acordo com Joyce Lima: “O diagnóstico se inicia a partir da anamnese completa do animal, seguido de exames complementares e laboratoriais, como raio x, ultrassom ou tomografia torácica, exame histopatológico e exame citológico”.

Vale destacar, que os exames serão selecionados de acordo com o critério do médico veterinário, os sintomas e histórico do animal.

Existem medidas preventivas contra a doença?

As principais medidas preventivas são a castração das fêmeas (antes do primeiro cio) e evitar – ao máximo – o uso de medicamentos anticoncepcionais ou anti-cio. A veterinária reforça: 

“A castração é mais recomendada. Pois, de acordo com diversos estudos científicos, os animais que apresentam tumores mamários e não são castrados chegam a representar 70% do total dos casos. Já para animais que não foram castrados antes do primeiro cio, esse valor sobe para 99%”. 

Por isso a recomendação e necessidade da castração é tão importante, pois, tem o intuito de evitarmos ao máximo o desenvolvimento de tumores mamários.

“Quanto aos medicamentos ditos como anticoncepcionais ou “anti-cio”, eles tratam-se de hormônios em altas doses que são frequentemente associados à ocorrência de piometra (infecção uterina) e neoplasias (cânceres). E por isso não são indicados para cadelas”.

Também é preciso ter cuidado com a obesidade em cadelas. Portanto, uma alimentação balanceada e sem exageros ao longo da vida é fundamental. Além, claro, de realizar o monitoramento e acompanhamento veterinário frequente do animal.

Gostou do conteúdo? Sabemos como é importante estar informado sobre a saúde dos nossos pets, por isso continue a visita no Blog da Cobasi. Aqui você encontra conteúdos exclusivos com tudo o que você precisa saber sobre cães. Se ficou com alguma dúvida, deixe nos comentários. Até a próxima!

Com colaboração: Joyce Lima

Médica Veterinária | CRMV/SP - 39824

Formada pela USP, Joyce possui especializações em Medicina Veterinária Preventiva e um MBA em Liderança de Alta Performance. Apaixonada por sua gata, Mia, ela reflete todo o carinho e dedicação que tem por ela em sua prática profissional.

Ver publicações

Você pode gostar de ver também…

Deixe o seu comentário

A Cobasi e os cookies: a gente usa cookies para personalizar anúncios e melhorar a sua experiência no nosso site.
Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade e Política de Cookies.

Sair da versão mobile