Na natureza as aves buscam abrigos em lugares que consideram seguros contra predadores e intempéries. Desta maneira, elas conseguem estabelecer seu fotoperíodo e fase reprodutiva.
No ambiente doméstico, as aves de estimação mantêm o mesmo comportamento, porém, dependem dos acessórios que os tutores deixam a sua disposição. Dentro dessa realidade, a escolha da gaiola ou viveiro ideal é de extrema importância para o bem-estar das aves, afinal, encontramos diversos materiais e modelos que podem favorecer o porte e comportamento de cada uma.
As gaiolas podem ser de madeira simples, madeira com malha de fibra, metal simples ou metal com acabamento em epóxi. Cada uma com características diferentes de acordo com a necessidade de uso.
Vale lembrar que a forma de uso e manutenção podem interferir na vida útil da gaiola, assim como o local onde elas ficarão expostas poderá influenciar no bem-estar da ave.
Madeira simples
Além do acabamento fino e beleza a madeira não sofre alterações significativas com oscilações de temperaturas no ambiente. Porém, a limpeza é mais trabalhosa e o manuseio deve feito com cuidado porque sua resistência é menor, inclusive, aves como os psitacídeos não devem ter esse material como opção (devido a força do bico).
Madeira com malha de fibra
Algumas aves possuem um cardápio recheado de frutas e verduras que são oferecidas diariamente, porém a ação da umidade e dos ácidos liberados por esses alimentos comprometem a resistência das malhas de metal que costumeiramente vemos na maioria das gaiolas. Por esse motivo as gaiolas de madeira com malhas de fibra é a melhor indicação para aves frugívoras, como o Pixarro.
Metal simples
Material extremamente resistente, possuem grades no fundo da gaiola que restringem os animais do contato com as fezes. Muitas opções de tamanhos e modelos, fácil de limpar, porém a umidade acelera a oxidação do material.
Metal com acabamento em epóxi
O metal é revestido pela tinta epóxi tornando a gaiola ainda mais resistente contra a ferrugem. O material epóxi é atóxico, forma uma película protegendo o metal contra umidade, impregnação de sujeiras e outros danos causados pelas aves. É um material mais fácil de limpar e deixa um acabamento mais bonito nas gaiolas e viveiros.
Poleiro externo
Algumas aves possuem maior facilidade de socialização com seus tutores. Chamamos as de aves de contato: Calopsitas, Periquitos e Papagaios estão entre elas.
Desde que supervisionadas, podem ficar boa parte do dia soltas pela casa ou em gaiolas que permitem o animal sair e entrar em seu abrigo.
Para que este comportamento se desenvolva e evolua com naturalidade, o abrigo da ave é um fator muito importante dentro do ambiente onde ela vive, portanto, ter a liberdade para explorar o local é algo ainda mais interessante.
Alguns modelos possuem portas e outros compartimentos que podem ficar abertos para que as aves tenham livre acesso aos poleiros da parte interna e externa das gaiolas.
Viveiros
Os viveiros são geralmente feitos de metal, madeira, plástico e vidro. Os mais encontrados são compostos exclusivamente de malhas de metal, com poleiros de madeira. O grande diferencial dos viveiros, é o espaço proporcionado à ave, que terá maior conforto para descanso, saltar, escalar e até voar.
Além disso, o design costuma ser mais chamativo e convidativo em relação às gaiolas. Encontram-se formatos variados, geralmente mais verticais do que horizontais, sempre bem desenhados e práticos – e muitos deles vêm até com suporte para ficar mais alto, facilitando a visualização e manejo da ave.
Existem viveiros para passeriformes (mandarim, diamante gould, manon) e para psitacídeos (papagaio, periquito, calopsitas) – servem para o pássaro viver sozinho, em casal ou até mesmo em grupo.
Como escolher um viveiro?
Para escolher corretamente o viveiro, é preciso levar em consideração a espessura da malha e distância entre uma e outra. Os parâmetros serão considerados a partir da escolha da ave, que se for de pequeno porte as medidas serão mais curtas e estreitas, entretanto, se as aves forem de grande porte, as medidas serão mais longas e grossas.
No mercado, encontraremos boas opções de viveiros para grandes psitacídeos como papagaios e araras. Possuem malhas de ferro reforçadas chegando a ter de quatro a cinco milímetros de espessura, com distância de 1,5 a 2 centímetros entre elas.
Além de viveiros para as aves maiores, existem os viveiros para as aves menores, como canários, periquitos e calopsitas. Possuem malhas de ferro resistentes, chegando a ter 2 milímetros de espessura e com uma distância média de 1 centímetro entre elas.
Basicamente, todos esses viveiros possuem em sua parte inferior um fundo falso (facilitando enormemente na limpeza do recinto). Muitos, são pensados para aves de contato (aquelas que convivem intimamente com humanos) como papagaios e calopsitas, e por isso, possuem uma área externa com poleiro, permitindo até que o viveiro fique aberto durante parte do dia.
De maneira geral, esses viveiros acompanham poleiros já adequados para cada porte de ave. Se necessário, colocar mais poleiros para beneficiar o descanso dos pássaros. E logo em seguida, disponibilizar comedouro, bebedouro e acessórios – itens essenciais na montagem de um viveiro.
A escolha correta do viveiro influencia diretamente na qualidade de vida da ave, além de prevenir possíveis fugas ou acidentes, se houver malhas incoerentes (em relação à distância e espessura). Adquirir o viveiro correto é a garantia necessária para um convívio seguro, saudável e harmonioso com as aves.
Conteúdo desenvolvido pelo time de Educação Corporativa da Cobasi
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