Hoje iniciamos a série “Adoções Especiais”, um compilado de histórias de amizade. A série consistirá em experiências de adoções de animais, como cães deficientes, que normalmente acabam sobrando nos abrigos e ONGs.
Existem diversas razões que fazem alguns animais serem preferidos diante de outros. Cães de porte pequeno, jovens, saudáveis e sem deficiências são alguns dos preferidos e que são adotados mais rápido. Até algumas cores e tipos de pelagem são mais escolhidas do que outras.
A primeira temporada se chama “Animais Deficientes” e visitará o cotidiano muito especial desses pets e seus tutores. Nosso primeiro parceiro é o Projeto Cãodeirante, que trabalha com a conscientização e a informação sobre os cuidados com pets cadeirantes e proporciona tratamentos como fisioterapia, acupuntura e ozônioterapia para animais deficientes abandonados.
Aproveite a leitura e ajude a dar mais esperança para esses animais.
Este texto é uma colaboração do Projeto Cãodeirante
O tutor de pets cadeirantes ou deficientes, a cada passeio com seu animalzinho, escuta muitas perguntas. Para quem conhece e cuida de um cadeirante alguns questionamentos podem até parecer absurdos, mas a verdade é que não são.
Vamos aos principais mitos que giram em torno dos cuidados com um animalzinho especial?
Essa pergunta é líder de audiência e o segundo lugar é “Ela fica o dia todo na cadeira?”. A resposta é surpreendente, pois a cadeirinha de rodas é um acessório que deve ser usado poucos minutos por dia em cães deficientes.
Os fisioterapeutas indicam que o cadeirante fique na cadeira de rodas apenas para passeios com duração entre 20 e 30 minutos. Até porque o animal não consegue descansar, sentar ou deitar, quando está motorizado, o que pode sobrecarregar as articulações e a coluna. Vale lembrar que eles se adaptam às suas condições com muita facilidade. Então não é nenhum sofrimento para eles ficarem sem a cadeirinha. Ela é apenas um acessório que possibilita o passeio e dá autonomia.
No geral, cães deficientes não precisam de fralda o tempo todo e alguns não precisam usar nunca!
Muitos cadeirantes usam fraldas, pois possuem escapes durante o dia (incontinência urinária) mesmo tendo a bexiga esvaziada pelo tutor. Agora vamos dar um passo atrás e entender sobre o esvaziamento da bexiga de cães cadeirantes.
Parte desses animais não possui o controle do esfíncter, ou seja, não conseguem fazer xixi ou tem incontinência. O esvaziamento da bexiga é uma massagem que ajuda o pet a eliminar a urina. Muitas pessoas pensam que todos os cães deficientes têm incontinência, quando na verdade estão com a bexiga tão cheia que a urina escorre. Por isso, é fundamental realizar o esvaziamento três vezes ao dia.
Voltando às fraldas! Outro caso de uso de fraldas é quando o cadeirante fica sozinho e pode não conseguir desviar do seu xixi ou das fezes, se sujando e sujando o seu ambiente. E há também os que não precisam de fraldas, pois apesar de não conseguirem fazer suas necessidades sozinhos, não possuem incontinência urinária, ou seja, não tem episódios de escapes entre um esvaziamento e outro.
Próxima dúvida!
Sim, essa é uma grande verdade. Cães deficientes têm maior propensão para infecções urinárias. Além do uso da fralda abafar a região e criar um ambiente propício para a proliferação de bactérias, há também a compressão da bexiga para o seu esvaziamento que pode não ser tão eficaz quanto o esvaziamento espontâneo, permitindo a entrada de ar e, junto dele, bactérias. Sendo assim, as infecções urinárias acabam sendo mais frequentes na rotina de um cadeirante.
Para isso, existem diversos tratamentos e medicamentos que ajudam a evitá-las.
Eis outro grande mito! Cada animal deficiente é muito singular e sua evolução depende, entre outros motivos, do que causou a paraplegia e do local ou da gravidade de sua lesão.
A paraplegia é causada por diversos motivos e por isso, seria irresponsável afirmar que um animal paraplégico está fadado a essa condição. Um animal pode ficar paraplégico por um trauma ou até por uma infecção!
Por exemplo, quando a causa é infecciosa, as chances do cachorro voltar a andar são maiores do que em casos de trauma, como atropelamento ou queda. Mas mesmo sendo uma paraplegia por trauma, é possível que o animal desenvolva o “andar medular”, um andar inconsciente que se desenvolve por meio do reflexo e memória da medula.
Cães deficientes são incríveis, não são?!
Sim e essa é uma das principais lutas do Projeto Cãodeirante. Levar a informação aos tutores e pessoas que gostariam de adotar um animal deficiente.
Infelizmente em casos de paraplegia ou tetraplegia vemos, ainda hoje, a indicação de eutanásia até mesmo por alguns médicos veterinários. No entanto, o cadeirante pode ter uma vida feliz, normal e plena. Ele só precisa de oportunidade, alguns cuidados e muito amor.
Percebeu que começamos com oportunidade, não é?! Que tal dar a chance para um desses pets e adotar um cãozinho deficiente?
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Infelizmente sim. Os abrigos e protetores possuem animais com deficiência que sequer são considerados na hora da adoção. Suas imperfeições são os motivos mais comuns, seguidos pelo mito de que eles dão muito trabalho e até pelo próprio preconceito.
Alguns cães sem deficiência podem dar muito mais trabalho para o seu tutor do que animais especiais. É o caso de cães agitados, agressivos, muito espoletas e a maioria dos filhotes. O que o pet deficiente precisa, como qualquer um, é de adequação, rotina e amor. Nada mais!
Tirar dúvidas sobre esses animais, mostrar exemplos e falar sobre o assunto são maneiras de dar visibilidade aos animais deficientes e aumentar a chance para que mais deles sejam adotados e ganhem famílias.
Este texto é uma colaboração do Projeto Cãodeirante
Gostou do conteúdo? Fique ligado nos próximos posts da série “Adoções Especiais: Animais Deficientes”:
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Boa noite!! Preciso de ajuda!! Minha bebê tem 16 anos e começou a perder o movimento das patas traseiras essa semana!! Preciso muito de orientação , como colocar ela pra dormir, como ela vai fazer suas necessidades a noite… Muitas dúvidas!! Preciso muito de ajuda!! Aguardo o contato de vcs!! Muito obrigada
Oi Thalita, como vai? Sua atitude é muita linda de cuidar da sua bebê de 16 anos. Indicamos uma visita ao medico veterinário até mesmo para ver se é necessário a fisioterapia ou algum tipo de medicamento. Mas nesse momento todo cuidado é pouco, para dormir coloque-a em um lugar confortável!