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Smith: a vida de um gato com paralisia | Adoções Especiais

| Atualizada em

Por Cobasi   Tempo de leitura: 6 minutos

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Smith, gato com paralisia, e Apollo, seu irmão

Hoje nossa série “Adoções Especiais: Animais Deficientes” foi até Curitiba, no Paraná, para conhecer a história do Smith, um gato com paralisia nas patas traseiras. Hoje o Smith Jackson tem tutores que o amam, um irmão peludo e até sobrenome, mas sua história começou como a de muitos deficientes: sob o risco de eutanásia.

Smith, o gato com paralisia

A Amanda levou seu gatinho Apollo Jackson até a clínica veterinária para uma consulta de rotina. Porém, ela foi surpreendida com muitos miados vindos de uma gaiola. Eram pedidos de atenção do pequeno Smith.

Mesmo muito magro e com ferimentos pelo corpo, aquele gatinho continuava muito dócil e só queria a atenção da visitante. A Amanda se aproximou e, enquanto acariciava o pequenino, ficou sabendo da sua história. “Falaram que ele não tinha dono e se não achassem um lar temporário, a pessoa que era responsável pelo Smith faria a eutanásia. Iam matar o Smith apenas porque ele é um gato com paralisia nas patas traseiras”, Amanda se comove ao lembrar.

“Não sei por quanto tempo ele se arrastou na rua. O Smith estava magro e triste de ficar preso. Ele estava bastante machucado, mas claramente não estava desistindo de viver e está lutando até hoje. Naquele dia, eu não tinha o que fazer. Aquele gatinho me escolheu. Como amo esse gato”, conclui cheia de emoção. O Smith não corria mais risco de vida, mas ainda tinha um longo caminho pela frente na sua reabilitação.

Um percurso difícil

Smith, gato com deficiencia, e seu irmão Apollo

O passado do Smith é um pouco nebuloso. Ele se tornou um gato com paralisia após um possível atropelamento, mas nos seus exames não encontraram lesões que justificassem o trauma. No entanto, o passado dele já não importava mais, pois a Amanda estava decidida: “fiz o possível e o impossível pelo Smith. É uma grande responsabilidade e eu ouvi muito ‘eu não adotaria’, mas eu fui lá e adotei!”, relembra cheia de orgulho.

“Os primeiros dias foram tensos, mas depois de um tempo, o Apollo, meu outro gato, aceitou o Smith. Hoje são melhores amigos, a companhia para a nossa família. São a alegria da casa”, Amanda relembra como foi a adaptação do Smith. O mais interessante é que a deficiência dele não tinha nenhuma relação com a adaptação e sim o relacionamento do Apollo com o novo membro da família.

A cada história da série “Adoções Especiais: Animais Deficientes” vemos mais exemplos de que a vida desses pets é muito parecida com aqueles que não têm nenhuma deficiência. Os principais problemas estão relacionados ao preconceito de outras pessoas e às questões comuns a todos os pets, como aceitação entre animais e costume com a rotina.

Além da adaptação do Smith com o Apollo, o gatinho com paralisia precisou de alguns cuidados especiais com medicamentos e fisioterapia. Inclusive, esse é um procedimento muito comum em animais com deficiências motoras.

Fisioterapia para gato com paralisia

Gato em caixa de transporte aberta
O Smith faz sessões de fisioterapia todas as semanas para fortalecimento da musculatura e recuperação dos movimentos.

O Smith é realmente um gatinho de sorte. Ele foi salvo por sua tutora Amanda e ainda encontrou outras pessoas que o ajudaram na sua reabilitação. O Smith entrou na vida da Amanda sem planejamento e os gastos com ele começaram a pesar. 

Foi aí que a Dra. Paola apareceu e iniciou as sessões de fisioterapia de forma voluntária para o gatinho: “eu conheci o Smith quando estava internado após ser politraumatizado. Me propus a fazer a reabilitação dele como voluntária. O Smith sempre foi muito querido e aceitou logo de cara todas as terapias. Um jovem gatinho paraplégico lindo demais e carismático que encantou a todos pelo jeito simpático de encarar sua paralisia e tudo que passou”, explica a veterinária especialista em fisioterapia.

A fisioterapia é uma grande ferramenta na reabilitação de animais deficientes, como um gato com paralisia por exemplo. Essa terapia envolve exercícios físicos e o uso de diversos equipamentos. Ela age contra a hipertrofia muscular e em alguns casos é capaz de recuperar os movimentos e até fazer com que pets deficientes voltem a andar.

“A acupuntura também nos auxilia muito e vejo que a cada dia o Smith apresenta alguma melhora. Com essas terapias, nós evitamos a atrofia e as escaras das patas traseiras”, explica a Dra. Paola. Escaras são feridas que aparecem no corpo por causa da pressão provocada pelo pouco movimento. Elas são comuns em animais paraplégicos que não recebem o tratamento adequado. 

Ele ainda precisa passar por algumas consultas com outros veterinários especialistas, como neurologista. No raio-x que o Smith realizou, não foi identificada nenhuma fratura evidente, mas um lado da bacia é mais baixo que o outro.

Cadeira de rodas para gato

Gato com paralisia na cadeira de rodas
O gatinho possui uma cadeira de rodas adaptada, que o ajuda a ter mais mobilidade e se recuperar.

Além dos tratamentos com a fisioterapia e a acupuntura, outro item muito conhecido dos animais deficientes também é um grande parceiro na recuperação do Smith. A cadeira de rodas ajuda na recuperação do gatinho, como explica a Dra. Paola: “o Smith resiste um pouco em usar a cadeirinha de rodas, mas o ideal é que ele passe algumas horas por dia com ela para alinhar a coluna”.

Cada animal deficiente é um caso muito particular. A causa da paralisia pode ser uma lesão ocasionada por um trauma ou até uma infecção. O tratamento também varia muito e precisa ser acompanhado por um profissional.

Mas, além do tratamento adequado, ter uma família é muito importante para a recuperação desses animais.

O final feliz do Smith

A Amanda conheceu o Smith em uma clínica veterinária e o salvou da eutanásia.

“Minha família tem muito amor pelo Smith. É evidente que temos cuidados diários com ele e a sua rotina, mas o Smith ele é tão dócil, que nunca nem resistiu à fisioterapia. Ele é um gato que só quer muito carinho e amor”, conta a tutora Amanda.

Hoje, o Smith segue em tratamento e ainda pode ter muitas melhoras em sua condição. Mas o amor e o cuidado já estão garantidos!

“Nós não temos dúvidas de que ele é feliz. Na verdade, ele é simplesmente felicidade. O Smith ainda tem seus medos, se assusta fácil com qualquer barulho. Mas meu bebê Smith Jackson é um gatão lindão de quem eu nunca vou desistir. Me alegro por cada movimento dele. É um exemplo! Para ele não existe dificuldade. Ele sobe na cama e no sofá sozinho, além de brincar com o Apollo a madrugada toda”, Amanda se enche de alegria.

A vida de um gato com paralisia tem algumas diferenças, mas pode ser tão feliz e saudável quanto a de qualquer animal. O Smith é a prova disso!

Gostou de mais esta linda história? Confira os posts da série “Adoções Especiais: Animais Deficientes”:

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19 Comentários

  1. Telma Mara da Silva disse:

    Que história linda do gatinho Smith e sua tutora Amanda, Deus a abençoe infinito em adotá-lo e não desistir dele, tenho certeza, com tanto amor e dedicação ele em breve será um serzinho normal.
    Parabéns Amanda!!!
    Os animaizinhos do mundo estão precisando de mais “Amandas” em suas vidinhas.

  2. Marcela disse:

    Linda sua história. Parabéns.
    Tenho um Maine Coon de 5 anos e neste FDS do nada as patas traseiras dele paralisaram… e com um miado muito forte de dor corremos para o hospital, ele passou por alguns exames, foi para o auxílio de oxigênio e terá alta provavelmente amanhã. Ainda não sabemos a causa, o médico indicou ressonância mas em minh cidade não faz. Faremos um ecocardiograma e usg das artérias abdominais dele para saber se conseguimos descobrir alguma coisa. Ele é o meu filho e está sendo bem complicado pra mim passar por tudo isso.

  3. Flavia disse:

    Oi, tenho um gato que foi atropelado e perdeu os movimentos das patas traseiras, o ideal é ele começar a fazer acupuntura e fisio para algum sucesso na sua reabilitação e usar a cadeira de rodas, de onde é a cadeira de rodas que o smith ta usando? gostei do modelo.

  4. Sandra Souza disse:

    Olá. Que história emocionante.
    Tenho um gato que ficou paraplegico e sei o quanto e difícil cuidar dos nossos filhos especiais mas fazemos tudo com muito amor, não é maes?
    Gostei da cadeirinha do Smith. Estou procurando uma para o meu Reboliço. Poderia informar onde adquiriu?
    No mais parabéns a Amanda por ter ouvido o chamado do destino para fazer a diferença na visa de um ser tão vulnerável e gratidão a equipe do blog por nos presentear com essa linda estória de amor e superação. Sem dúvida inspiração para todos nós que amamos nossos pets.

  5. Eliane Macedo disse:

    Olá. Meu gatinho foi atropelado e está fazendo exames. As patas traseiras estão paralisadas. Hoje dia 16.11 teremos retorno aos veterinários da faculdade de veterinária da minha cidade, e assim teremos respostas o que poderá ser feito. Poderia ter fisioterapia lá também, tudo é muito caro, e tenho mais gatos em casa, e os custos se tornam altíssimos. Não sei quantas sessões seriam necessárias.

  6. Elaina disse:

    Eu tenho (tinha) uma gatinha de 13 anos e 4 meses. Ela já tinha uma probleminha na coluna próximo ao rabinho desde uns 2 anos pra cá. Ela tomava Condroplex 500, uma cápsula todos os dias. Mas como ela estava engordando demais, restringi um pouquinho a comidinha dela e do outro gatinho que eu também tenho de 7 anos. Mudei pra casa da minha mãe e ela resolveu pular na pia da cozinha e pela segunda vez, ficou paraplégica das patas traseiras. Só consegui ficar com ela por uns 3 a 5 dias. Foram os dias mais estressantes da minha vida, pois tenho dores horríveis nas colunas lombar, torácica e cervical, tendo como comprovar para qualquer um…tomei a triste decisão de eutanasia-la não por ela, mas por mim….e quando para o meu espanto apareceu uma senhora no veterinário e perguntou se eu daria minha gatinha pra cuidar. Fiquei sem ação, enquanto via a Vet, o meu marido e a futura adotante dela chorarem ao mesmo tempo e chorei também, mas foi um choro diferente, não sei porquê mas meu choro não saiu tão naturalmente…e lá fomos nós, eu meu esposo e minha gatinha lá pra casa da nova dona, ainda estávamos achando que ela era um anjo, pois tinha mais gatos e cães, alguns cegos e outros paraplégicos. Agora estou aqui com muita depressão, choro com saudade da minha gatinha que permiti que não vivesse a vida Inteira comigo, pois peguei ela novinha largada no pátio do meu trabalho. Acho que fui covarde e meu coração dói muito, mas muito mesmo. Choro sem ninguém ver, digo que estão tudo bem, mas nada está bem. Sinto falta dela, sinto falta até do fedorzinho do xixi dela. Sinto falta dos grunhidos que ela só faz comigo…ah, Jesus! Que sentimento horrível dentro de mim. Outro dia, eu estava vendo até no ML se tinha banheira alta, trocador de fraldas, e banheira, pois o meu problema maior é se abaixar, a dor na lombar é insuportável, mas a do meu coração está pior…queria tanto ter minha gatinha de volta, choro, meu peito parece que vai abrir uma tremenda cratera…senhoras e senhores, nunca desfaçam de seus pets de qualquer jeito que eles estiverem, correm o risco de não ter mais alegria na vida assim como eu…minha alegria foi embora e eu nem lutei por ela…

  7. Passia disse:

    Minha filha adotou um gatinho pela prefeitura
    Derrepente o gatinho ficou mancando agora paralisou da cintura para baixo
    Estamos desesperados
    Foi diagnosticado com a doença da pulga
    Tomou medicamento e a cada dia está pior está sem andar e agora só faz xixi e cocô com massagem

  8. Passia disse:

    Adotei um gatinho pela prefeitura derrepente parou de andar levei no veterinário
    No exame deu doença da pulga
    Agora ele parou de andar
    Só faz xixi e cocô com massagem
    Tomou medicamento e não adiantou
    Está com as pupilas enormes
    Tem tremedeiras não bebe água
    Dificuldade para se alimentar

  9. Fernanda disse:

    Olá, meu nome é Fernanda, vim em busca de respostas,
    Ao ler esta artigo sobre deficiência em felinos tenho um filhote da minha gata em que notei algo diferente nele??
    Os outros irmanzinhos dele já estão andando, mas ele nem levantou ainda e vejo ele se arrastando- se com as patinhas da frente, quero fazer algo pra ajudá-lo mas as minhas condições são poucas pra levá-lo ao médico veterinário

  10. Hadyja disse:

    Já procurei respostas em tantos lugares e achei esse blog muito reconfortante, meu gato estar com problema nas patas traseira e ver os comentários e a história Smith eu muito reconfortante e edificante. Nessas horas a gente pensa que tá sozinho aí ver todos vcs passando por coisas parecidas é de grande ajuda. O meu kilava foi mordido por outro gato foi comprar um remédio na casa da ração e o homem passou splay prata que é um veneno pra gatos . Ele quase morreu,gastei um dinheiro bom no tratamento e quando ele tava melhorzinho veio outro gato e machucou o mesmo canto que estava mordido, virou um abcesso que estourou e pouco tempo depois ele parou de andar . Pensei que era por causa que como tava machucado doía mas já está praticamente cicatrizado e ele ainda não voltou a andar (mexe um pouco a perna e o rabo ) . Não sei pq ele parou se foi sequela do veneno , a mordida.nao sei de nd

  11. Michele disse:

    Minha gatinha estava bem e do nada o rabo baixou parou de comer e teve paralisia mas patas traseiras.
    Hoje foi diagnosticada com Felv, neste caso existe reversão do quadro de paralisia?

    • Cobasi disse:

      Michele, a paralisia em gatos pode ter diversas causas e requer avaliação veterinária. Felv é uma doença séria, é importante consultar um veterinário para discutir as opções de tratamento e cuidados.

  12. Anderson disse:

    Minha gatinha tem problemas respiratórios e atualmente está internada faz 15 dias pois caiu e fraturou a pélvis. Ela chegou a ter uma parada cardiorrespiratória, mas é guerreira e foi reanimado com sucesso. Moro numa casa baixa, mas tem um degrau para entrar, na sala e para ir no banheiro. Como e o que faço e uso para adaptar e melhorar a vidinha da minha menina? Se puder me ajudar agradeço de coração. Gratidão

    • Cobasi disse:

      Anderson, considere conversar com o médico-veterinário responsável pelo tratamento, para que juntos possam pensar em adaptações específicas para a sua casa.

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