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Os corais fazem parte do encantador universo do fundo do mar, que pouco a pouco vem tendo os seus mistérios desvendados pela ciência. Aos olhos humanos, eles mais parecem uma grande sinfonia de corpos marítimos multicoloridos, mas você sabia que, para a vida aquática, eles oferecem uma série de benefícios?
Saiba mais sobre o fascinante mundo dos corais e como a sua biodiversidade é importante para os seres vivos do fundo do mar. Além disso, veja as principais dúvidas para quem deseja ter um aquário com corais. Confira!
É comum confundir os corais marinhos com vegetais. Isso acontece devido às suas características físicas. No entanto, eles pertencem a uma categoria animal denominada cnidários, que são organismos que vivem em ambientes aquáticos – sendo a grande maioria marinha, como as águas-vivas.
De modo geral, um coral é composto por um grande grupo de pequenos corpos. Isto é, tecnicamente falando, um coral, em si, é formado por corpos que recebem o nome de pólipos, além de um esqueleto calcário.
No mundo, existem cerca de 6.000 espécies de corais marinhos. São espécies que vivem em diversas regiões tropicais e subtropicais, com uma importância muito grande para os ecossistemas que abrigam. Pois, além de ser bioindicadores – utilizados para avaliação da qualidade da água – também compõe os recifes de corais que fornecem abrigo e proteção para mais de 65% dos peixes marinhos do planeta.
Existem três grandes grupos de corais marinhos, são eles:
Também conhecidos como corais moles, essas são espécies que fazem parte do grupo de celenterados – do mesmo grupo das águas-vivas, anêmonas-do-mar e hidras – que se caracterizam por não possuírem esqueleto interno. São encontradas em águas tropicais, geralmente compondo lindos lindos recifes de coral com as suas tonalidades roxas, amarelas e vermelhas.
Os corais duros de pólipos grandes ou LPS (Large Polyp Stony), diferentemente dos Softs, tem esqueletos e grandes bocas. Esses animais tem como características gostar de iluminação moderada e preferir ambientes com pouca circulação de água. Algumas espécies que representam esse gênero são as Trumpets e Torch.
Os chamados SPS (Small Polyp Stony) são corais duros de pólipos pequenos. Preferem uma iluminação mais intensa e viver em águas limpas. Então, para os aquaristas que pensam em ter essa espécie, não se preocupe, essas são dicas de cuidado base, esses corais são fáceis de se manter em um aquário.
Existem três tipos principais de recifes de corais: franjas, barreiras e atóis.
Recifes em franja – Este é o tipo mais comum. Geralmente, são formações próximas as ilhas e continentes perto da costa. Pode-se encontrá-las em lugares como o Caribe, Flórida e Bahamas.
Recifes em barreira – de forma linear ou semicircular, essa composição é separada dos continentes por canais, como a Grande Barreira de Corais da Austrália, a maior do mundo.
Atóis – são anéis que aparecem no meio do oceano, normalmente o seu surgimento acontece em consequência do afundamento de ilhas.
Estudos apontam que os corais existem há aproximadamente 250 milhões de anos. Um período e tanto, não? Sua formação acontece quando há uma associação. Isto é, uma simbiose entre coral com microalgas.
O crescimento dos cnidários é variado, e eles podem atingir diferentes modalidades de formatos e de camadas. Essas camadas vão se acumulando, formando o que nós conhecemos como recife de corais.
Outro ponto importante de conhecer é o pólipo, que funciona como um saquinho onde é formado o seu esqueleto. Essa estrutura possui uma espécie de boca acompanhada por tentáculos. É a partir dela que os pólipos realizam funções fundamentais, como:
No interior dos pólipos dos do coral, residem algas, o que gera uma rica troca simbiótica.
Você sabia que no fundo do mar os corais são os seres vivos de maior valor? Isso por conta da sua biodiversidade, o que leva essas espécies a serem vistos como essenciais para a vida marinha. Pode-se mesmo afirmar que eles têm a mesma importância que as florestas tropicais têm para a flora e a fauna.
Atualmente, são mais de 100 os países em que os cnidários podem ser vistos, principalmente na região ocidental do oceano Pacífico e do Atlântico. Aproximadamente 1/4 das espécies de peixes existentes necessitam dos corais para sobreviver. Por isso, é bom saber como preservá-los, não é mesmo?
Com a expansão do aquecimento global, um fenômeno negativo vem acontecendo na vida marítima: o branqueamento. Isso ocorre por conta de maus tratos com essas espécies que acontecem há décadas. Por exemplo, serem arrancados brutalmente com tratores e outros tipos de ferramentas de grande porte, com o objetivo de transferir a água até as praias.
Preservar os corais significa mantê-los em seu habitat, bem como a sociedade adotar uma série de medidas e atitudes que não agridam a vida marítima.
De acordo com Tiago Calil, biólogo da Educação Corporativa da Cobasi: “Sem dúvida alguma os corais que se enquadram no grupo chamados “soft” são os mais fáceis de se manter. Possuem o corpo mole como o próprio nome sugere, isso faz com que não sejam tão exigentes quanto aos parâmetros da água como níveis de cálcio e magnésio.” disse.
Nesse sentido, outro ponto favorável é que essas espécies são mais flexíveis quanto às exigências luminosas, comparadas aos LPS e SPS. Espécies como Xenias, Zoanthus, Carpets são todos “softs” e excelentes opções para quem pretende ter um aquário de corais.
A palavra-chave é: compatibilidade. Espécies que compõem esse tipo de aquário devem demonstrar comportamento pacífico com os outros companheiros. O bacana é que existem uma ampla variedade de opções de animais marinhos, ou seja, um leque de possibilidades sobre grupos compatíveis entre si como camarões, anêmonas, esponjas, peixes e outros. Como falamos anteriormente, o conhecimento da individualidade de cada habitante é imprescindível.
Segundo o biólogo Calil: “O crescimento é relativo de cada grupo ou espécie. Os animais que se enquadram nos grupos dos LPS e SPS demoram mais para crescer comparados aos Softs, por exemplo.” afirmou.
Lembrando que cada espécie pode apresentar características únicas como parâmetros da água, circulação, iluminação e exigência alimentar. Mas, de uma forma geral, observar se os pólipos estão bem abertos e cores vivas são indicadores de um animal saudável.
Primeiramente, investir em bons equipamentos. Podemos dizer que um aquário de coral é o ápice do aquarismo marinho, pois essa é uma modalidade que exige parâmetros muito bem estabelecidos e muitas vezes oscilações podem prejudicar o aquário todo.
O Tiago Calil falou sobre o que é importante para montar um aquário com coral: “Um filtro bem dimensionado, mídias filtrantes, reatores, termostato e bombas de alta potência não podem faltar na lista de um aquarista. Além da iluminação, que precisa ser adequada, já que esses animais possuem em suas células as zooxantelas (algas que fazem fotossíntese e vivem em simbiose com os corais).” comenta.
Para manter a parte química e biológica dentro dos conformes vale um bom kit de testes (pH, KH, Cálcio, Magnésio, Densímetro), aceleradores biológicos, suplementos, sal e outros. De forma geral, porém, SPS e LPS são mais exigentes que os Softs. De forma bem genérica, os principais parâmetros trabalhados no aquário com coral são:
Realmente os corais são animais de uma beleza e uma importância muito grande para o ecossistema. Por isso, é tão importantes saber mais sobre esse universo, principalmente para os aquaristas que desejam ter um aquário com corais e peixes.
Excelente matéria, ñ sabia e através da matéria aprendi q/ os corais é uma espécie de animais…complexoe tão lindos!