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Erva daninha: tudo o que você precisa saber sobre essas plantas

| Atualizada em

Por Cobasi   Tempo de leitura: 10 minutos

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erva daninha

A erva daninha é uma planta capaz de tirar o sono de produtores rurais, muito por ser uma espécie que afeta o rendimento e a produtividade agrícola. Mas, será que só podemos associá-la a aspectos negativos? 

A seguir, confira mais sobre as plantas daninhas:

  • O que é erva daninha?
  • Ciclo de vida da erva daninha
  • Classificação quanto ao habitat da erva daninha
  • Classificação botânica da erva daninha
  • Características das plantas daninhas
  • Quais são os tipos de ervas daninhas?
  • Afinal, erva daninha é ruim? 
  • Efeitos negativos das ervas daninhas
  • Efeitos positivos das ervas daninhas
  • Métodos de controle da erva daninha

O que é erva daninha?

Uma erva daninha (ou infestante) é uma espécie de planta da Família Poaceae que tem distribuição cosmopolita – em referência às formas de vida que podem ser encontradas em todo o mundo. Esse grupo representa cerca de 650 gêneros e 9.000 espécies. No Brasil, são aproximadamente 1.500 espécies, representando 180 gêneros.

Estamos falando de uma planta de caráter silvestre, com alto índice de crescimento em ambientes controlados pelos humanos, como: cultivos, hortas ou jardins. De modo geral, a espécie pode ser classificada de acordo com três fatores: ciclo de vida, habitat e classificação botânica. 

Ciclo de vida da erva daninha

A classificação das plantas daninhas, de acordo com o seu ciclo de vida, são: 

Anuais

As ervas daninhas anuais são as espécies que tem seu ciclo de germinação completo em um ano: desenvolvimento vegetativo, florescimento e produção de sementes.

Elas podem ser divididas em anuais de verão, germinam na estação da primavera, maturam no verão e finalizam o ciclo no outono. Com início da germinação no outono, atingem a maturidade no inverno e fazem o ciclo completo no final da primavera/início do verão.

Bianuais

Com ciclo completo em dois anos, as plantas daninhas bianuais, de modo geral, no primeiro ano germinam e vegetam e, no segundo ano, fazem o processo de florescimento e produção de sementes e depois morrem. Uma das espécies mais comuns de erva daninha bianuais é a Rubim (Leonurus sibiricus).

Perenes

As plantas daninhas perenes ou policárpicas possuem ciclo de vida maior que dois anos, podem tanto florescer, como frutificar por diversos anos. Existem algumas espécies que podem viver quase indefinidamente. Essa é uma das classificações que mais preocupam agricultores, pois promovem sérios problemas em razão de sua elevada capacidade reprodutiva e persistência.

Uma curiosidade sobre essa classificação é que as ervas daninhas anuais e bianuais se reproduzem via bulbos, tubérculos, rizomas e estolões. Já as perenes ocorrem via sementes. Essa informação é relevante pois pode influenciar nas práticas de preparo do solo, como também fracionar o aumento dessas espécies na área.

Classificação quanto ao habitat da erva daninha

o que é erva daninha
Também conhecidas como infestantes, essa plantas surgem em lugares onde o ser humano não deseja que cresçam

Além da classificação do ciclo de vida, a erva daninha também é classificada com base em critérios ecológicos do seu habitat. Confira alguns exemplos onde a divisão agrupa conforme o meio ou habitat em que vivem: 

  • terrestres;
  • aquáticas;
  • vegetativo;
  • halófitas;
  • parasitas;
  • entre outras.

Classificação botânica da erva daninha

A classificação botânica das plantas daninhas é uma etapa muito importante, pois ela ajuda na identificação da planta, e como resultado, auxilia na tomada de decisão quanto ao manejo. No Brasil, a classe das plantas é realizada de acordo com as famílias presentes, as principais são:

  • Amaranthaceae;
  • Asteraceae;
  • Boraginaceae;
  • Brassicaceae;
  • Commelinaceae;
  • Convolvulaceae;
  • Cucurbitaceae;
  • Cyperaceae
  • Euphorbiaceae;
  • Fabaceae;
  • Lamiaceae;
  • Malvaceae;
  • Poaceae;
  • Polygonaceae;
  • Portulacaceae;
  • Rubiaceae;
  • Solanaceae.

Características da erva daninha

Muitas pessoas têm dúvidas sobre como saber se é erva daninha, mas existem algumas características que podem ajudar na sua identificação. Por exemplo, a mais simples é notar se as plantas que nascem são parecidas com a muda desejada, se não for, podemos considerá-las plantas invasoras.

Então, se você tem um canteiro organizado, as ervas daninhas são aquelas que nascem de forma esporádica no solo, entre as fileiras de semente e começam a competir pelos recursos naturais da plantação, como por luz, espaços e nutrientes.

Além disso, entre as principais características de uma erva daninha podemos destacar: 

  • propagação rápida; 
  • consegue se adaptar facilmente às condições climáticas dos locais que ocupam; 
  • aparentam uma estrutura simples e fácil desenvolvimento; 
  • maior longevidade; 
  • estrutura para dispersão e germinação.

Quais são os tipos de ervas daninhas?

Conheça as 5 espécies de ervas daninhas mais conhecidas no cenário brasileiro:

Apaga-fogo (Alternanthera ficoidea)

Apaga-fogo (Alternanthera ficoidea)
Apaga-fogo (Alternanthera ficoidea)

A erva daninha apaga-fogo é uma planta anual ou perene, com ampla distribuição geográfica no Brasil. O comprimento pode chegar a medir cerca de 0,5m a 1,2m e a erva tem esse nome por ser formada por um alto índice de massa úmida, responsável por impedir e dificultar a progressão de fogo. As culturas mais afetadas pela apaga-fogo são a de soja, milho e café.

Buva (Conyza spp.) 

Buva (Conyza spp.)
Buva (Conyza spp.)

A buva é uma erva daninha muito frequente em diversas regiões do Brasil, principalmente nas regiões Sul e Centro-Oeste. Sua propagação é fácil, acontece por meio de sementes dispersadas pelo vento e seu crescimento é muito rápido (capaz de produzir de 100.000 a 200.000 sementes). 

Então, se notar caules folhosos, que atingem de 0,8m a 1,5m e folhas de margens denteadas, pode ser a buva. É mais comum a erva daninha afetar a produtividade da safra de girassol, algodão, feijão e soja. Em diversas regiões do Brasil, a planta também é conhecida como mato, planta infestante, erva má, entre outros nomes.

Caruru (Amaranthus viridis) 

Caruru (Amaranthus viridis)
Caruru (Amaranthus viridis)

Mais uma espécie de erva daninha conhecida na agricultura. Um pouco maior aos tipos já mencionados, a Caruru pode medir entre 30cm e 40cm. Essa herbácea se desenvolve entre a primavera e o outono, com ciclo vegetativo curto, de 60 a 70 dias. É uma erva daninha consumida como especiaria pelos seres humanos, em saladas e refogados. 

Mas, para as plantações, devido às suas características, histórico de infestação, agressividade e por não existir alguma cultura que consiga competir com ela, é comum que ela consiga prevalecer em cultivos de café, cana-de-açúcar e pomares.

Tiririca (Cyperus haspan) 

Tiririca (Cyperus haspan)
Tiririca (Cyperus haspan)

Com grande capacidade reprodutiva, a erva daninha Tiririca é uma espécie que busca ocupar cada centímetro de solo, competindo por todos os recursos naturais com outras plantas que estejam no mesmo ambiente. 

Tiririca é uma planta perene, que varia de 10cm a 65cm e a tonalidade das folhas fica entre vermelho a vermelho-acastanhado. Essa daninha não gosta de regiões com temperaturas baixas, porque isso deixa seu crescimento mais lento. Além disso, também é sensível ao sombreamento. 

A planta é capaz de se desenvolver em diversos tipos de lavouras, muito pela sua fácil adaptação a diferentes tipos de solo e climas, exceto em temperaturas baixas. Sua propagação acontece por tubérculos, mas também via rizomas e sementes.

Corda-de-viola (Ipomoea acuminata)

Corda-de-viola (Ipomoea acuminata)

Essa é a planta daninha trepadeira da nossa lista. Com altura entre 1 e 3 metros, produz frutos e conta com uma coloração vistosa nas folhas e flores. Sem fugir das principais características das ervas daninhas, tem rápido crescimento e consegue facilmente habitar diferentes ambientes. 

As culturas que mais sofrem com essa espécie são as de milho, soja e trigo, isso porque é uma erva daninha que dificulta a colheita mecânica. A planta daninha corda-de-viola pode ser conhecida também como corriola, campainha e amarra-amarra. 

Afinal, erva daninha é ruim? 

O primeiro ponto que devemos apontar é que o surgimento de pequenas plantas é um fator natural, em todas as regiões do país, como também em campos de cultivo, pastos, jardins e hortas. No entanto, uma vez intituladas “ervas daninhas” a má fama precede essas plantas, que em alguns casos é injusto, visto que nem todas são nocivas.

A verdade é que a erva daninha pode causar prejuízos diretos e indiretos, mas também apresentam pontos positivos, dependendo, claro, do cenário. Como existem centenas de espécies o ideal é olhar com cuidado para elas. Pensando nisso, separamos algumas informações importantes sobre os efeitos negativos e positivos das ervas daninhas.

Efeitos negativos das ervas daninhas

Além de criar concorrência natural com as outras plantas, a erva daninha pode causar diversos problemas para as áreas controladas pelos humanos como cultivos, reduzir a qualidade e rendimento dos cultivos, gerando prejuízos econômicos para o setor agrário, como também para as plantas para pequenos jardineiros. 

 controle da erva daninha
Se ter um controle a erva daninha pode interferir negativamente na agricultura e outras plantações.

Entre os principais efeitos negativos que as ervas daninhas podem ocasionar estão:

  • Dificultar as etapas de cultivo das plantas, como a rega e a colheita.
  • Proporcionar um habitat propenso a proliferação de pragas para plantas.
  • Criar ambientes e microclimas favoráveis para o desenvolvimento de doenças.
  • Provocar alelopatia (produção de substâncias tóxicas que inibem a germinação ou o crescimento das plantas próximas).
  • Reduzir a qualidade do produto comercial.
  • Causar a intoxicação de animais domésticos, quando presentes em pastagens.
  • Diminuir a eficácia das máquinas de colheita.
  • Levar a perdas na lavoura.

Vale ressaltar que determinadas ervas daninhas são venenosas, ou seja, a sua presença pode resultar em um perigo eminente para os animais e pastagem. Além disso, a menta silvestre ou a papoula, são alguns exemplos de espécies que criam micorriza (simbiose entre um fungo e as raízes de uma planta), que pode deteriorá-la ou até acabando com ela por completo.

Efeitos positivos das ervas daninhas

Qual é o benefício da erva daninha? Para não nos deixarmos apenas nos levar pelos prejuízos, vamos destacar também alguns dos efeitos positivos dessas plantas.

Como não são todas as ervas daninhas que apresentam fatores nocivos, existem condições onde elas podem proporcionar mais pontos positivos do que propriamente negativos. Entre as principais estão: 

  • proteger o solo da erosão;
  • melhorar a sua estrutura e proporcionar matéria orgânica; 
  • gerar um microclima favorável aos cultivos;
  • favorecer a biodiversidade;
  • acolher a fauna benéfica como os polinizadores.

Também é importante mencionar que as ervas daninhas tem como característica destacar sua capacidade para regenerar os ambientes urbanos, primordial nos parques e corredores verdes.

Como as cidades, especialmente as grandes, não têm tantas oportunidades para a vegetação, as ervas daninhas se apresentam como uma alternativa de crescimento verde, tornando-se fonte de pólen e acumulando metais pesados para reduzir a poluição.

Inclusive, algumas ervas daninhas são comestíveis, como as urtigas, acelgas silvestres e as candelárias. Também existem aquelas que contêm propriedades medicinais, casos do cardo mariano ou do dente-de-leão.

Métodos de controle da erva daninha

planta erva daninha

Quer saber como eliminar as ervas daninhas? Mesmo que não seja uma das tarefas mais fáceis, existem soluções. 

Mas, antes do combate direto, a melhor maneira de inibir o seu crescimento é aplicando estratégias de controle preventivo. Essas soluções são mais eficazes, mas para isso, o primeiro passo é identificar a planta, como também avaliar as possíveis causas para aparecimento. Só assim é possível antecipar a prevenção e realizar algumas medidas, como:

  • usar sementes de elevada pureza; 
  • para o caso de colheitadeiras, é preciso limpar minuciosamente as máquinas;
  • inspecionar tanto as mudas como a matéria orgânica;
  • limpar todos os canais de irrigação. 

Tais ações previnem a entrada das espécies, mas caso não funcionem, existem outras soluções e métodos agronômicos, como por exemplo, coberturas vegetais e produtos químicos que as eliminam.

Mas, lembre-se que toda e qualquer ação – seja controle químico, biológico, mecânico ou físico – deve ser validada por um especialista para não ferir também o meio ambiente ou os humanos.

Gostou do texto? É muito importante saber mais sobre as espécies de plantas e como manejar corretamente a erva daninha. Aqui, no Blog da Cobasi, tem mais dicas sobre diversas outras plantas, continue com a gente e saiba tudo sobre o mundo da jardinagem.

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