A esporotricose em gatos é uma micose felina crônica localizada sob a pele do animal, causada por um fungo conhecido como Sporothrix schenckii.
Na natureza, o parasita pode ser encontrado em pedaços de madeiras, palhas, vegetais e no solo, locais de fácil acesso aos felinos.
Para falar sobre a esporotricose felina, nós contamos com a colaboração da Drª Lysandra Barbieri (CRMV/SP – 44484), médica-veterinária da Educação Corporativa da Cobasi. Conheça os sintomas, tratamentos e como prevenir essa zoonose.
A esporotricose felina é uma condição que pode que possui três fases: cutânea, linfocutânea e disseminada. Cada uma delas serve para determinar o estágio e a gravidade da doença. Confira!
A esporotricose cutânea é a primeira fase da doença. Nessa fase da enfermidade, os felinos costumam apresentar nódulos vermelhos e ferimentos na pele. Normalmente, eles ficam localizados na lombar, membros e cabeça.
Se não tratada no primeiro estágio, a esporotricose se torna linfocutânea. Isso significa ulcerações na pele e a chegada dos fungos no sistema linfático (cardiovascular) do animal de estimação.
Como o próprio nome sugere, a esporotricose disseminada é o momento mais grave da doença. Nessa fase, é possível que as úlceras afetem os ossos e os órgãos internos do animal, o que vai exigir um tempo maior de recuperação.
A causa da esporotricose em gatos é a combinação da presença do fungo no ambiente e pequenas feridas no corpo do animal.
Por exemplo, um felino machucado, ao entrar em contato com espinhos de flores, pedaços de madeira e solo, abre a possibilidade do fungo infectar o seu organismo.
Além disso, arranhaduras ou mordeduras de felinos contaminados também são um fator de transmissão, principalmente entre os pets com acesso à rua.
Como se trata de uma condição que debilita muito o organismo do animal e pode afetar os humanos, é essencial se atentar aos sintomas de esporotricose em felinos. Os sinais mais evidentes são:
Ao notar um ou mais sintomas de micose em gatos, como a esporotricose, procure com urgência um médico-veterinário.
Quanto antes a doença for diagnosticada, maiores são as chances de recuperação, além de evitar que a zoonose afete tutores e outros animais da casa.
O diagnóstico para esporotricose felina consiste na realização de uma série de exames laboratoriais. Entre os mais comuns estão hemograma, PCR, cultura de fungos, citologia e biópsia.
A partir dos resultados, o médico-veterinário poderá determinar em qual fase a doença se encontra e prescrever o tratamento mais eficaz para o seu pet.
A boa notícia é que a esporotricose em gatos tem cura e o tratamento é bastante simples. Conforme explica Lysandra:
“A esporotricose felina tem cura, se o animal for submetido ao tratamento de maneira correta. Após diagnosticada, a doença é tratada com medicamentos e terapia de suporte às lesões. É importante ressaltar que o tratamento é longo, podendo durar até um ano,” contou.
É importante lembrar que, durante o tratamento, o recomendado é que o felino fique isolado dos demais animais de estimação da casa. Dessa maneira, você evita que os parasitas se hospedem em animais saudáveis.
A melhor maneira de prevenir a esporotricose em gatos é evitar que o seu animal de estimação tenha acesso à rua, como relata a médica-veterinária.
“Quanto menos o animal tiver contato com o meio externo, menores as chances de contrair doenças, levando em conta que a esporotricose é contraída em solos, palhas, espinhos e madeiras que estejam contaminados, e podem perfurar a pele do pet,” disse.
De acordo com guia sobre esporotricose felina do CRMV-PR, animais com acesso à rua tem 3 vezes mais chances de contrair a doença em relação a animais que vivem apenas dentro de casa.
Além disso, invista na higienização regular da casa e de acessórios como comedouro, bebedouros, brinquedos e caminhas. Manter o fungo longe ajuda a manter toda a família protegida.
Gostou de saber o que é a esporotricose em gatos e como manter o seu animal de estimação protegido? Para conhecer mais sobre a saúde felina, continue no Blog da Cobasi.
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Formada em Medicina Veterinária pela UNESC - Campus Colatina, Lysandra é apaixonada pelos seus pets adotados: Pretinha, Cabrita e Tuí. Cada um deles reforça sua dedicação à Medicina Veterinária e reflete seu amor pelos animais.
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Parabéns pelas explanações sobre esporotricose Atuo como Ativista Animal em casos de esporo em gatos feral em condomínios horizontais e verticais de alto padrão no litoral norte, tambem.noncentro da cidade.Luta constante c veterinários tanto o capturar, tratar, condicionar até conseguir lar amoroso.Estamos a disposição p.ajudar SEMPRE nossos anjinhos tão indefesos.
GOSTEI DA ORIENTAÇÃO.
Oi Inez, como vai? Ficamos felizes:)
Estou tratando de um gato com esporotricose a 4 meses com itraconazol e iodeto de potássio,e só piora o que eu faço?
Olá, Joaquina! Tudo bem?
Aconselhamos que retorne com o animal ao médico-veterinário e explique em detalhes todos os sintomas.