Pássaro Bicudo: saiba tudo sobre o Sporophila maximiliani
Por Cobasi Tempo de leitura: 3 minutos
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Ave originária da América do Sul e Central, o pássaro Bicudo tem o nome científico Sporophila maximiliani. Ele pode ser encontrado em regiões alagadiças e isoladas nos estados do Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, bem como ao norte da Argentina ou mesmo ao sul do México. Também conhecido como bicudo-do-norte, bicudo-preto e bicudo-verdadeiro, a ave pertence à família Thraupidae e se popularizou entre criadores de pássaros por conta de seu belo canto e valor comercial.
Autoexplicativo, seu nome é originário do grande bico que possui, resplandecente, grosso e cônico, capaz de triturar mesmo as sementes mais duras. Com peso aproximado de 25 gramas, apresenta comprimento entre 14,5 e 16,5 cm e uma envergadura de 23 cm que conferem a capacidade de voos em alta velocidade e por longas distâncias.
Outra característica marcante do pássaro bicudinho é a coloração de sua plumagem. No caso dos machos, as plumas são quase inteiramente pretas, com pequena mancha branca na parte externa das asas. Já as fêmeas da espécie – assim como os filhotes – apresentam plumagem na cor parda, em tons castanhos, com o dorso mais escuro em relação às asas.
Pássaro bicudo tem risco de ameaça de extinção
A caça predatória e o tráfico ilegal são responsáveis pela ameaça de extinção da espécie que, atualmente, apresenta poucos exemplares em vida livre. Por conta disso, somente criadores legalmente registrados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) têm autorização para a criação do Bicudo.
Os interessados em criar exemplares de Bicudos devem se inscrever no site do IBAMA, já que o não cumprimento da lei é considerado crime ambiental inafiançável.
O canto harmonioso que esconde o territorial Bicudo
O canto complexo e harmonioso do Bicudo, com um som similar ao de uma flauta, atrai a atenção por sua beleza. A ave utiliza o seu canto para disputar territórios e, também, ganhar a simpatia das fêmeas durante o período reprodutivo. Ao cantar, a ave fica ereta, empinando o peito e apontando a cauda para baixo, em uma postura que expressa valentia.
No entanto, o doce canto esconde a sua dura e marcante personalidade territorial.
Isso porque o Bicudo não permite a presença de outros tipos de pássaros em seu local, vivendo entre, no máximo, 4 ou 5 casais da mesma espécie em uma área grande e várzea, na natureza.
Pássaro Bicudo demanda espaço
Já quando criado em uma gaiola, para evitar o confronto entre os pássaros, deve ser mantido em um espaço de, no mínimo, 250 cm x 60 cm x 60 cm com, no máximo, cinco outros exemplares da espécie. Para criação individual, o Bicudo deve ser mantido em uma gaiola de 120 cm de comprimento x 60 cm de altura e 40 cm de largura.
Para a prevenção de doenças, vale ressaltar a importância de limpar, diariamente, a gaiola, assim como os recipientes de água filtrada e comida e de um recipiente para que o Bicudo possa, eventualmente, se banhar – principalmente no período do choco, garantindo a umidade dos ovos.
Reprodução em gaiolas
Machos atingem a maturidade sexual entre 12 e 18 meses, enquanto as fêmeas alcançam antes, entre 8 e 12 meses. Eventuais casais de Bicudos não devem ser criados na mesma gaiola para que não percam o interesse mútuo, essencial para a reprodução. Para isso, devem também ser separadas por uma barreira visual, seja de compensado ou papelão, para que não se vejam e apenas se ouçam. A espécie se reproduz entre a primavera e o verão.
Alimentação do pássaro bicudo
Embora também se alimente de insetos, o Bicudo é uma ave granívora, ou seja, que se alimenta com sementes de plantas ou grãos. A espécie aprecia, além de sementes de capim-navalha (Hypolytrum pungens), navalha-de-macaco (Hypolytrum schraerianum) e tiririca (Cyperus rotundus). Já criadores de bicudos podem alimentá-los com farinhada de insetos ou conchas de ostra, bem como por uma mistura de sementes, areia fina, carvão vegetal, além de sedimento calcário, importantes para a digestão das sementes.
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