O agulhão-bandeira é um peixe encontrado em alto-mar, com características físicas tão marcantes que fazem com que ele seja reconhecido no mundo inteiro, mesmo por aquelas pessoas que sabem pouco ou quase nada sobre peixes.
O nome científico do peixe agulhão é Istiophorus albicans. Uma enorme nadadeira nas costas, que se parece com uma vela de barco, deu ao peixe o apelido de “Veleiro do Atlântico”. Outra característica muito marcante é o rosto muito longo e fino, em forma de agulha.
As cores do agulhão-bandeira são o azul escuro e o prata, e pode haver presença de algumas pintinhas mais claras nas laterais.
Quando adulto, o agulhão peixe pode chegar aos 60 quilos de peso corporal, distribuídos em mais de três metros de comprimento. Muito veloz, é capaz de atingir mais de 100 quilômetros por hora quando se desloca em distâncias curtas.
O peixe agulhão vive em áreas abertas, mais afastadas da costa. Aqui no Brasil é possível encontrá-lo desde o Amapá até Santa Catarina. Costuma ser encontrado com mais frequência na superfície, onde a temperatura da água fica entre os 22 º C e os 28 º C.
O agulhão-bandeira tende a ser um peixe solitário, mas é possível encontrá-lo em cardumes nas épocas do ano em que eles costumam se aproximar para reproduzir. A reprodução acontece durante o ano todo, mas é mais intensa nos meses do verão.
Segundo Rayane Henriques, bióloga da Educação Corporativa Cobasi, a alimentação do agulhão peixe é muito variada: “Para se alimentar, caçam outros peixes como sardinhas, anchovas e cavalas ou até mesmo crustáceos e cefalópodes”, afirma.
O grande porte do agulhão-bandeira e a necessidade de espaço de sobra para se movimentar torna essa espécie não indicada para a prática do aquarismo, que é a prática de criar peixes, algas e outros organismos aquáticos em um determinado espaço.
Apesar da semelhança física entre eles, existem vários outros peixes da mesma família do peixe-agulhão que na verdade são de outras espécies.
As variações do Marlim, que geralmente têm suas características alteradas de acordo com a localização onde são encontradas, sua cor, tamanho e peso, são algumas delas. O marlim-azul, por exemplo, pode passar facilmente dos 400 quilos na idade adulta.
O que esses peixes têm em comum ao redor do mundo é a grande procura pelos entusiastas da pesca esportiva, que consiste em capturar o peixe e devolvê-lo com vida ao mar novamente.
Por serem muito fortes e rápidos, o agulhão-bandeira e seus companheiros com focinho comprido e em forma de espada costumam resistir bastante às capturas, dando saltos incríveis para fora da água enquanto lutam com o pescador.
Curiosidade: o clássico “O Velho e o Mar”, de Ernest Hemingway, retrata a aventura de um velho pescador ao conseguir capturar um marlim de quase 700 quilos apesar de todas as dificuldades e da resistência imposta pelo animal. Não vamos contar o final da história, mas vale a pena procurar e descobrir como ela termina!
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A Bióloga Rayane é formada pela PUC-Campinas e pós-graduada em Manejo e Conservação da Fauna Silvestre pela Unisa. Apaixonada pelo cuidado e bem-estar animal, ela resgatou sua gata Jojo, vítima de maus-tratos, durante a pandemia.
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