Dragão-barbudo: saiba tudo sobre esse réptil único

Por Joe Oliveira   Tempo de leitura: 7 minutos

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dragão-barbudo

O lagarto Pogona vitticeps, conhecido como dragão-barbudo, são répteis fascinantes que cada dia mais ganham popularidade como animais de estimação. 

Quer saber como ter um dragão-barbudo como pet? A seguir, saiba tudo sobre os dragões-barbudos: características, cuidados, alimentação e muito mais. Confira! 

Tudo sobre os dragões-barbudos 

Do poder de sua “barba” aos segredos de sua reprodução, os dragões-barbudos são animais exóticos originários da Austrália.

Acredita-se que esses lagartos tenham evoluído e conseguido se adaptar às regiões semidesérticas, zonas de floresta e às diversas paisagens australianas.

Os dragões barbudos são lagartos de agamidae do género Pogona, o seu seu nome se deve às características da sua “barba” que possuem sob o queixo. 

Essa região possui escamas reptilianas espinhosas, que têm a capacidade de inchar de acordo com o seu humor, quando se sentem ameaçados ou em caso de territorialidade.

Além disso, o dragão-barbudo também consegue escurecer a garganta, tendo assim a aparência de barba.

Principais características do Dragão-Barbudo

O dragão-barbudo tem uma estrutura corporal achatada e coberta de pequenos espinhos. A sua cabeça apresenta um formato triangular e a cauda é quase do tamanho do seu corpo.

Em cativeiro, a espécie é capaz de reproduzir inúmeras colorações, sendo a vermelha uma das mais valorizadas. Mas, também pode apresentar-se nas tonalidades: bege, cinza e tons castanhos avermelhados.

Algumas dessa variedade de cores não são comumente encontradas na natureza, somente em animais que são criados como animais de estimação. 

Uma outra curiosidade sobre o Dragão-Barbudo: as suas cores são semelhantes ao habitat original, dos desertos da Austrália. O que ajuda a facilitar a camuflagem e dispersar predadores:

Dragão-Barbudo: Ficha Técnica 

Nome comum: Dragão-barbudo
Nome científico: Pogona
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Agamidae
Tipo: Réptil
Dieta: Onívora
Tamanho: Entre 45 e 55 centímetros
Peso: Entre 280 e 510 gramas

Tipos do dragão-barburdo

Chamados de “barbudos”, existem oito espécies de dragões-barbudos identificadas. As principais variações são:

Pogona Vitticeps (Dragão-Barbudo Comum)

Pogona Vitticeps (Dragão-Barbudo Comum)
Dragão-Barbudo Comum (Pogona Vitticeps)

A espécie mais popular entre os criadores de répteis é o Dragão-Barbudo Comum. São originários do leste da Austrália e têm uma personalidade dócil.

Pogona Henrylawsoni (Dragão-Barbudo Anão)

Dragão-Barbudo Anão
Dragão-Barbudo Anão (Pogona Henrylawsoni)

Em tamanho, é menor do que o dragão-barbudo comum, sendo comum encontrá-la no oeste da Austrália.

Pogona Minor (Dragão-Barbudo Ocidental)

Dragão-Barbudo Ocidental
Dragão-Barbudo Ocidental (Pogona Minor)

Também encontrados no oeste da Austrália, esses dragões-barbudos é o menor do grupo, chegando a atingir um comprimento máximo de 38 cm. A sua cores são padrão cinza claro a escuro.

Pogona Nullarbor (Dragão-Barbudo do Deserto)

Dragão-Barbudo do Deserto
Pogona Nullarbor (Dragão-Barbudo do Deserto)

De fácil adaptação para diversos ambientes, esse lagarto é encontrado nas regiões do deserto da Austrália.

Principais características do Dragão-Barbudo

O seu corpo é achatado e coberto de pequenos espinhos, a sua cabeça é em formato triangular e a sua cauda quase do tamanho do seu corpo.

Habitat: onde vive o Dragão-Barbudo?

A distribuição dos dragões-barbudos se estende por grande parte da Austrália, seu habitat natural. 

Vale ressaltar que são animais que preferem o clima das áreas quentes e áridas, como o deserto, florestas subtropicais e savanas. 

Como são animais que têm sangue frio, um habitat quente é essencial para os dragões-barbudos. Eles precisam de fontes externas de calor para aumentar a sua temperatura corporal. 

O dragão-barbudo também apresenta algumas habilidades para viver em seu habitat. Quando eles se aquecem ao sol, são capazes de enterrar sob o solo para evitar calor muito forte, como também fugir de predadores.

Além disso, são animais semi-arborícolas, ou seja, podem ser encontrados em estacas de cercas e galhos de árvores.

O que come um dragão-barbudo?

De modo geral, a rotina alimentar dos dragões-barbudos não é muito exigente. São animais onívoros, que se alimentam de insetos, como também complementam sua dieta com plantas, flores e frutos. 

Com suas mandíbulas fortes, o réptil procura por animais vivos, que podem capturar e esmagar.  Inclusive, em alguns casos, comem lagartixas e roedores.

Comportamento

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O dragão com “barba” são seres territorialistas. Na fase adulto, esse comportamento pode ser agressivo, seja para defender seu território, mostrar autoridade sobre outro macho ou até competir por uma fêmea.

Em alguns casos, os machos também podem apresentar um comportamento agressivo contra as fêmeas. Normalmente, acontece quando elas não têm um comportamento submisso.

Quer saber qual o humor do seu dragão-barbudo? A barba é meio que eles usam para se expressar.

Por exemplo, em uma situação que se sentem ameaçados, o dragão faz o movimento de abrir a boca, levantar o queixo e inflar a sua barba, com a intenção de parecer maior. Essa ação pode ser acompanhada por um silvo.

Outra maneira de comunicação comportamental dos dragões-barbudos são: mudando a cor de suas barbas e balançando a cabeça. 

Enquanto um movimento realizado de forma rápida com a cabeça pode sinalizar domínio, um movimento lento ou um aceno com a pata, podem ser sinais de submissão.

O que é brumação ?

Para os tutores de pogonas, esse é um comportamento de hibernação vital, que você precisa conhecer. 

Com a mudança das estações, os dragões-barbudos podem passar pela brumação, que nada mais é do que um tipo de hibernação.

Nesses casos, o animal para de realizar atividades normais do seu dia a dia, como se alimentar (e somente bebem água esporadicamente). Geralmente, essa fase acontece no outono, que é quando as temperaturas tendem a cair.  

Quanto tempo em média vive um dragão-barbudo?

Os dragões-barbudos têm uma média de vida entre 4 e 10 anos. Porém, isso depende de vários fatores, como cuidados essenciais, genética, ambiente e nutrição. 

Algumas espécies com todos os cuidados adequados podem superar essa faixa e viver até 12 anos ou mais.

Reprodução dos Dragões-Barbudos

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O dragão-Barbudo é um réptil muito popular e que podem ser criado como animais de estimação.

A reprodução da espécie inicia-se com o cortejo com as fêmeas. Para atrair a atenção, o macho realiza uma série de ações, como: bater os pés no chão, agitar as patas e balançando a cabeça. 

Acredita-se que as fêmeas conseguem armazenar esperma, Então, a partir de um único acasalamento, elas podem colocar, em média, de 11 a 30 ovos, em grupos separados.

Dragrão-Barbudo muda de sexo de acordo com a temperatura

O sexo dos embriões de dragão-barbudo, na maioria das espécies é determinado geneticamente, pode ser alterado pela temperatura. 

Por exemplo, se a temperatura for extremamente alta – maiores que 34 a 37 graus Celsius – os embriões com cromossomos masculinos se desenvolvem como fêmeas. 

Essa é uma questão bastante complexa que, inclusive, coloca a espécie em risco de extinção. Como são dependentes da temperatura, o aumento do calor pode resultar em 100% de fêmeas, sendo um risco a reprodução.

Como ter um dragão-barbudo no Brasil?

Sim, é possível ser tutor de um dragão-barbudo. No Brasil, existem poucos criadouros autorizados pelo IBAMA, responsáveis pela criação e comercialização desta espécie exótica. 

É sempre importante frisar, que animais silvestres precisam passar pela regulamentação do IBAMA. Portanto, certifique-se de adquirir animais de criatórios legalizados. Essa é a principal maneira de combater o tráfico de animais – que é crime ambiental.

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Se você quer saber o que é preciso para ter um dragão-barbudo? Aqui está um passo a passo com as formas de ser um tutor legalizado e responsável:

  1. Pesquise as regulamentações locais sobre a posse de répteis exóticos.
  2. Procure um Criador regularizado pelo IBAMA.
  3. Garanta que o animal seja obtido de forma legal e ética.
  4. Regularize a documentação da espécie (registros de compra, certificados de origem e outros documentos relevantes).
  5. Prepare o habitat, com um terrário adequado a espécie, similar ao ambiente natural da espécie
  6. Atenção com a alimentação (insetos vivos, vegetais frescos). 
  7. Não esqueça de fornecer água limpa e um ambiente enriquecedor.
  8. Mantenha uma rotina de consultas veterinárias regulares.
  9. Educação Contínua, continue atualizando-se sobre tudo relacionado a espécie. 

Na Cobasi, além de você encontrar tudo o que é essencial para os répteis, como: luzes, aquecedores, habitats e acessórios, também sempre reforçamos a importância de uma adoção responsável

Avalie por completo tudo o que engloba a adoção de uma vida. Não é apenas adquirir animais, seja de qualquer espécie, mas, sim a responsabilidade cuidar de um animais que precisará de você. 

Ficou com alguma dúvida? Deixe nos comentários. Até a próxima!

Por Joe Oliveira

Redator

Jornalista, é apaixonado por futebol, basquete e, claro, pets! Além de bater uma bolinha e escrever para o Blog da Cobasi, o Joe curte a vida ao lado dos seus melhores amigos: os cachorros vira-latas Zé e Tobby, a gata Marry e o papagaio Louro.

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