O teiú é o nome comum para os répteis da família Teiidae, considerados os maiores lagartos da América do Sul. Algumas espécies podem atingir até 2 metros de comprimento.
A seguir, descubra as principais curiosidades sobre o lagarto teiú e aprenda tudo sobre esse incrível animal da fauna brasileira. Confira!
Pertencentes à família de répteis Teiidae, o teiú é um tipo de lagarto grande que abrange sete espécies em dois gêneros. Todos são nativos da América do Sul, são eles:
Teiú é considerado comum no Brasil, ocorrendo em quase todo o país, com exceção da Floresta Amazônica. A espécie também distribui-se até o norte da Argentina, Uruguai, Paraguai e América do Norte.
Eles vivem em florestas tropicais secas e florestas tropicais, matagais e áreas agrícolas. Então, passam a maior parte do tempo em terra. Inclusive, podem ser frequentemente encontrados em estradas.
Porém, apesar das características terrestres, o lagarto teiú pode nadar e até submergir por longos períodos de tempo.
São considerados excelentes nadadores, graças a sua cauda longa e as patas grandes e fortes, que funcionam como um remo, permitindo-lhe nadar e se movimentar rapidamente na água. Como curiosidade adicional, o teiú também pode escalar árvores se necessário.
Com um comportamento sazonal, nos meses mais frios (entre final de maio e final de agosto), o lagarto teiú hiberna.
Esse é um método de sobrevivência, onde o animal desacelera o seu metabolismo para sobreviver a baixas temperaturas, da umidade ou da escassez de água e comida. O teiú permanece inativo em tocas por longos períodos, totalmente imóveis.
Em contrapartida, no calor, assim como outros répteis, eles tornam-se ativos e podem ser encontrados com facilidade repousando ao sol, em gramados, pedras e até em árvores.
Em busca por alimento e reprodução, também podem ser vistos em campos, trilhas e matas preservadas.
Com uma alimentação muito variada, aves, roedores e insetos compõem a dieta do lagarto que aprecia, especialmente, ovos de diversas espécies.
Além disso, o teiú pode comer carniças, carnes em geral, anfíbios, outros lagartos, frutas e folhas.
Inclusive, o seu apetite por frutos têm um papel muito importante para natureza, pois ajuda como dispersor de sementes, por incluir diversas espécies nas suas refeições.
De acordo com um grupo de cientistas apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), a espécie Salvator merianae – durante o período reprodutivo – consegue se aquecer com o próprio calor do corpo.
Publicada na revista científica Acta Physiologica, a pesquisa revelou que o lagarto teiú não depende do ambiente externo, o animal desenvolveu um mecanismo celular – nunca antes visto nos répteis – para aquecer seu sangue.
Vale destacar que o teiú é o único réptil conhecido que é parcialmente endotérmico, ou seja, mantém sua temperatura corporal estável, independentemente das alterações ambientais.
O lagarto teiú guarda os ovos, protegendo e ajudando nas fases de eclosão. Esse comportamento de cuidado parental é raro entre os répteis.
No período de reprodução, a fêmea põe em média até 36 ovos, que ficam incubados por até 90 dias.
Após a eclosão, nascem filhotes de cor esverdeada que mudam para um tom escuro, quando vão ficando mais velhos.
Os teiús em ocasiões que se sentem ameaçadas podem agir como antigos bípedes, correndo apenas com as patas traseiras.
Com hábitos territorialistas e generalistas, o teiú pode apresentar um comportamento agressivo ao se sentir ameaçado. Mas, geralmente tende a fugir. O animal costuma se camuflar entre as folhagens.
Além disso, como habilidade de sobrevivência os teiús são capazes de deixar cair uma parte de sua cauda como uma distração se for atacado. Esse processo é conhecido como autotomia. Em algumas semanas, a nova cauda cresce.
O lagarto também pode usar a cauda como uma arma para atacar um agressor, ele começa a chicotear e um golpe pode causar hematomas.
O teiú pode ser criado como animal de estimação. Porém, é preciso verificar a legislação e documentação necessária para ser tutor de um animal silvestre, junto ao IBAMA.
Em contraste ao comportamento na natureza, aqueles criados em cativeiro podem ser bastante dóceis, inteligentes (a ponto de reconhecer o tutor) e buscar ativamente interação social com seus cuidadores.
A expectativa de vida média do teiú é de 15 a 20 anos em cativeiro.
As maiores ameaças para espécie são:
Mesmo com os riscos, de acordo com a IUCN, a espécie é classificada como Pouco Preocupante (LC) e seus números hoje são estáveis.
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Jornalista, é apaixonado por futebol, basquete e, claro, pets! Além de bater uma bolinha e escrever para o Blog da Cobasi, o Joe curte a vida ao lado dos seus melhores amigos: os cachorros vira-latas Zé e Tobby, a gata Marry e o papagaio Louro.
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