O bioma do deserto abriga uma variedade de animais que desenvolveram adaptações notáveis para sobreviver ao clima quente e seco de regiões áridas, como o deserto do Saara e Patagônia.
De raposas a camelôs, conheça 10 animais que se adaptaram à vida no deserto.
Encontrada nas regiões desérticas e semidesérticas da África setentrional, Oriente médio e sudoeste asiático – onde a temperatura já chegou a quase 70 ºC – a raposa-de-Rüppell se mostra altamente adaptada aos seus habitats desérticos.
Onívoras, as raposas-de-Rüppell, assim como outros predadores do deserto, comem quase tudo que cruza seu caminho, desde insetos e pequenos mamíferos até raízes.
São raposas pequenas com uma pelagem de cor areia e uma cauda longa e espessa com uma ponta branca. A espécie tem orelhas grandes e largas, e pés com almofadas peludas que as protegem da areia aquecida.
Nome popular | Raposa-de-Rüppell |
Nome científico | Vulpes rueppellii |
Reino | Animalia |
Classe | Mammalia |
Ordem | Carnivora |
Família | Canidae |
Gênero | Vulpes |
Estado da população | Menos preocupante (LC) |
São as formigas mais rápidas do mundo, que conseguem atravessar o Saara a velocidades impressionantes. Em média, a espécie percorre o comprimento de seu corpo em menos de um centésimo de segundo.
O que ainda torna essa espécie ainda mais notável é a sua capacidade de viver em uma temperatura que, no solo, atinge frequentemente os 60 °C.
Inclusive para sobreviver às condições adversas do deserto, essas formigas precisam ser rápidas, como explica o estudo publicado no periódico Journal of Experimental Biology.
“Para resistir ao ambiente do deserto, é preciso ser rápido [para não acabar] vítima do calor e, por outro lado, ser capaz de encontrar comida suficiente para a sobrevivência da colônia”.
Nome popular | Formiga-prateada-do-Saara |
Nome científico | Cataglyphis bombycina |
Reino | Animalia |
Classe | Insecta |
Ordem | Hymenoptera |
Família | Formicidae |
Gênero | Cataglyphis |
Estado da população | Menos preocupante (LC) |
O ouriço-do-deserto é uma espécie de mamífero da família Erinaceidae, que pode ser encontrado no deserto do Saara até o deserto do Qatar.
Tem como principal características os espinhos dorsais que vão da base da cabeça até a parte traseira, deixando o topo da cabeça careca.
Paraechinus aethiopicus é maior do que as outras espécies de ouriço que compartilham sua região e sua alimentação consiste principalmente de insetos, verduras ou frutas e até escorpiões.
Nome popular | Ouriço-do-deserto |
Nome científico | Paraechinus aethiopicus |
Reino | Animalia |
Classe | Mammalia |
Ordem | Erinaceomorpha |
Família | Erinaceidae |
Gênero | Paraechinus |
Estado da população | Menos preocupante (LC) |
É um antílope ativo das áreas desérticas e estepes da Península Arábica. A espécie foi extinta na natureza no início da década de 1970.
Mas, foi salvo em zoológicos e em reservas particulares e reintroduzido na natureza a partir de 1980. Atualmente, é considerado o animal nacional do Catar.
Órix-da-arábia tem chifres retos e uma mancha triangular no topo do nariz, e mesmo sendo considerado o menor bovídeo do género Oryx, é o antílope melhor adaptado ao deserto.
É um animal nômade – que não têm uma habitação fixa – que pode percorrer grandes distâncias à procura de alimento. Geralmente, vive em grupos de 5-20 indivíduos, conduzidas por um macho dominante.
Nome popular | Órix-da-arábia |
Nome científico | Oryx leucoryx |
Reino | Animalia |
Classe | Mammalia |
Ordem | Artiodactyla |
Família | Bovidae |
Gênero | Oryx |
Estado da população | Vulnerável (VU) |
Também conhecida como raposa-do-deserto, é nativa do deserto do Saara e da Península do Sinai. Considerada a menor de todos os canídeos, em média, a espécie chega a 20 cm de altura e 1 kg quando adulta.
O feneco apresenta inúmeras adaptações ao clima desértico, como:
É um animal onívoro que se alimenta de invertebrados, pequenos vertebrados, frutas e tubérculos.
Nome popular | Feneco, Raposa-do-deserto |
Nome científico | Vulpes zerda |
Reino | Animalia |
Classe | Mammalia |
Ordem | Carnivora |
Família | Canidae |
Gênero | Vulpes |
Estado da população | Menos preocupante (LC) |
A distribuição do papa-léguas ocorre do México ao Sudoeste dos Estados Unidos, em ambientes abertos, áridos e semiáridos. É uma ave onívora e oportunista que se alimenta de:
Em horários mais quentes do dia, os papás-léguas deixam suas asas afastadas do corpo para dissipar calor e sempre estão em busca de árvores ou arbustos para se empoleirar na sombra.
Nome popular | Papa-léguas ou Galo-cuco |
Nome científico | Geococcyx californianus |
Reino | Animalia |
Classe | Aves |
Ordem | Cuculiformes |
Família | Cuculidae |
Gênero | Geococcyx |
Estado da população | Menos preocupante (LC) |
Também chamado de chacal americano, é um mamífero, membro da família Canidae e do gênero Canis. São encontrados apenas na América do Norte e Central.
Os coiotes apresentam uma pelagem na tonalidade marrom acinzentado a cinza amarelado nas partes superiores.
São caçadores hábeis, se alimentando principalmente de pequenos roedores, mamíferos, répteis, peixes e pássaros.
Nome popular | Coiote ou Chacal americano |
Nome científico | Canis latrans |
Reino | Animalia |
Classe | Mammalia |
Ordem | Carnivora |
Família | Canidae |
Gênero | Canis |
Estado da população | Menos preocupante (LC) |
É um lagarto nativo de desertos e semi-desertos das regiões noroeste do México e sudoeste dos Estados Unidos. Em média, o monstro-de-gila tem 50cm de comprimento e 600g de peso.
Como estratégia de adaptação ao clima seco, no verão, o animal fica a maior parte do tempo em tocas subterrâneas e pedregulhos. Já no inverno, eles hibernam.
A espécie pertence a um dos dois grupos de lagartos venenosos existentes no mundo: o Helodermatidae. Inclusive, eles usam seu veneno para se alimentar de aves, pequenos lagartos, roedores e ovos.
Nome popular | Monstro-de-gila |
Nome científico | Heloderma suspectum |
Reino | Animalia |
Classe | Reptilia |
Ordem | Squamata |
Família | Helodermatidae |
Gênero | Heloderma |
Estado da população | Quase ameaçado (NT) |
Popularmente conhecida como “víbora-de-chifres” ou cascavel-de-chifres, é uma espécie de víbora venenosa que seu comprimento total médio (corpo + cauda) é de 30-60 cm, podendo atingir um tamanho máximo total de 85 cm. As fêmeas são maiores que os machos.
Nativa nos desertos do Norte de África e partes do Oriente Médio, a característica única da espécie são o par de “chifres” supraorbitais, um sobre cada olho.
A espécie tem habilidade de se camuflar na areia, sendo ativa durante a noite para caçar principalmente roedores e lagartos.
Nome popular | Cascavel-chifruda ou Serpente-cascavel-de-chifres |
Nomes científicos | Crotalus cerastes |
Reino | Animalia |
Classe | Répteis |
Ordem | Escamados |
Família | Viperidae |
Gênero | Crotalus |
Estado da população | Menos preocupante (LC) |
Talvez o mais conhecido animal do deserto, os camelos é um mamífero nativo da região nordeste da África e da parte ocidental da Ásia.
Pertencente à família Camelidae, existem duas espécies de camelos: o dromedário (Camelus dromedarius), de uma corcova, e o camelo-bactriano (Camelus bactrianus), de duas corcovas.
Dentre as incríveis adaptações dos camelos no deserto, eles conseguem extrair água do ar úmido por meio das narinas, quando o animal inspira ou expira.
Nome popular | Camelo |
Nomes científicos | Camelus |
Reino | Animalia |
Classe | Mamíferos |
Ordem | Artiodátilos |
Família | Camelidae |
Gênero | Camelus |
Estado da população | Não avaliado (NE) |
O deserto é uma área com pouca vegetação e muitas vezes estéreis, que tendem a ser bastante hostis à vida. Inclusive, a palavra deserto se origina do latim desertum, que significa um lugar despovoado.
Vale ressaltar: os desertos não são definidos pelo seu calor. Na verdade, eles podem ser muito frios. O que caracteriza o ambiente é a falta de precipitação (fenômeno relacionado à queda de água do céu).
Em outras palavras, o deserto é uma área que sofre pela escassez e irregularidade das chuvas, como também pela baixa umidade relativa do ar e da vegetação esparsa ou ausente.
Geralmente, o deserto corresponde a um tipo de região em que a precipitação não ultrapassa 250 mm ao ano. Nesse cenário, a combinação da perda de água por evaporação em forma de vapor, torna a região extremamente seca.
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Jornalista, é apaixonado por futebol, basquete e, claro, pets! Além de bater uma bolinha e escrever para o Blog da Cobasi, o Joe curte a vida ao lado dos seus melhores amigos: os cachorros vira-latas Zé e Tobby, a gata Marry e o papagaio Louro.
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