Berne, também conhecida como miíase ou bicheira, é uma infecção parasitária causada por larvas de diversas espécies de moscas, sendo a principal a mosca-varejeira (Dermatobia hominis).
A doença afeta vários animais, incluindo cães, que podem sofrer com dores intensas e quadros graves de infecção.
Como a doença apresenta uma rápida multiplicação de parasitas no organismo, é muito importante conhecer os sintomas, para tratar rapidamente a condição. Para te ajudar, a seguir detalhamos tudo o que você precisa saber sobre a berne em cachorro:
Considerada uma zoodermatose – doença de pele causada por animais – a transmissão é caracterizada pela invasão de larvas de moscas em uma pele íntegra ou machucada. Como também em orifícios naturais, como olhos, nariz e ouvidos.
O processo de infecção acontece da seguinte maneira: a mosca fêmea deposita seus ovos no corpo do hospedeiro. Estes ovos eclodem entre 12 e 24 horas depois.
Ao nascer, as larvas penetram na pele do hospedeiro, deixando apenas o espiráculo respiratório exposto por um pequeno orifício, que tem a aparência de um pequeno furúnculo.
Dessa forma, a larva irá se alimentar do tecido e sangue do hospedeiro, durante aproximadamente 40 dias.
Pele com feridas, machucados ou arranhões tendem a ser mais atrativas para as moscas-varejeiras, pois é mais fácil para a larva penetrar na pele.
Eventualmente, a varejeira pode colocar seus ovos em outros insetos, que irão transportá-los até o hospedeiro.
Posteriormente, as larvas saem da pele do animal e vão para o solo, onde se transformam em pupas.
Em resultado, o hospedeiro sofre com diversas lesões expostas e inflamadas. Se não tratadas rapidamente, as feridas poderão infeccionar e provocar pus, hemorragia e infecções.
Como a larva se desenvolve dentro da pele do animal, os sintomas que são mais facilmente identificados pelos tutores são dor e coceira na região. Ação que, automaticamente, faz com que o animal tente parar com o incômodo com mordidas e lambeduras.
Se observar esses sinais, é importante averiguar o local para saber se não existem nódulos na pele. Os buracos costumam ser a “porta de entrada e saída” desses animais e são muito comuns em casos de cachorro com berne.
Nesses casos, é possível notar a presença de larvas esbranquiçadas, que se movimentam pela área, secreção de pus e sangramentos. Uma vez que a derme está constantemente sendo ferida.
Este estágio da enfermidade é muito incômodo e doloroso, podendo deixar o animal mais debilitado, deprimido, sem vontade de brincar e sem apetite.
O tratamento de berne em cachorro inclui a remoção das larvas, limpeza e tratamento das feridas. Em alguns casos, o animal pode demandar soluções medicamentosas, como antibióticos (para tratar infecção) e o uso de antiparasitários larvicidas.
O veterinário também poderá receitar medicamentos para a lesão, que podem ser pomadas ou sprays para manter o ferimento limpo e estimular a cicatrização. Em estágios avançados da doença pode ser necessária a intervenção cirúrgica.
Um cenário bastante comum é o tutor tentar tratar berne em casa. Esse é um procedimento contraindicado, pois as larvas se alojam por baixo da pele do animal e podem causar feridas e infecções.
Esse tipo de tentativa é incompleta ou incorreta. O que tende a piorar a situação do animal, agravando a infecção e causando um problema mais sério.
Como a doença é transmitida através da mosca, a melhor forma de evitar o contágio é eliminando esse agente transmissor. Sendo assim, confira algumas dicas de como evitar as moscas em casa:
Além disso, converse com um veterinário, para validar o uso de medicamentos antiparasitários que garantam a proteção que o seu pet precisa.
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Jornalista, é apaixonado por futebol, basquete e, claro, pets! Além de bater uma bolinha e escrever para o Blog da Cobasi, o Joe curte a vida ao lado dos seus melhores amigos: os cachorros vira-latas Zé e Tobby, a gata Marry e o papagaio Louro.
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