
Assim como acontece com os humanos, o cachorro também pode ter soluço. Embora pareça estranho ou até preocupante para alguns tutores, essa reação costuma ser apenas um reflexo natural do organismo.
Na maioria das vezes, o soluço em cães é passageiro e não representa riscos à saúde, especialmente quando ocorre de forma isolada e sem outros sintomas associados. Ainda assim, é importante manter a atenção.
O alerta vale principalmente quando, além do soluço, o cachorro apresenta sinais como engasgos, prostração, tosse ou falta de apetite. Nesses casos, o ideal é consultar um médico-veterinário para investigar a causa subjacente.
A seguir, você vai entender por que cachorro tem soluço, quando o sintoma pode ser preocupante, como aliviar as crises e o que fazer para evitar que isso aconteça com frequência. Confira!
O soluço em cães acontece pelo mesmo motivo que nos humanos: contrações involuntárias do diafragma — o músculo responsável pelos movimentos respiratórios.
Quando esse músculo sofre espasmos, o ar entra de forma brusca nos pulmões, provocando aquele som característico e ritmado, conhecido como soluço canino.
De acordo com o site especializado PetMD, “um soluço parece uma respiração descoordenada que vem acompanhada de um som de ‘hic’, onomatopeia que representa o som característico do soluço.
A reação ocorre devido a espasmos no diafragma, que não podem ser controlados pelo seu cãozinho.
O soluço em cachorro pode ser provocado por diversos fatores, como alimentação rápida, ingestão de ar, mudanças de temperatura, ansiedade, estresse e até problemas digestivos leves, como o refluxo em cães.
Na prática, o sintoma está frequentemente ligado a estímulos no sistema digestivo canino ou a alterações na respiração.
Em cães de raças braquicefálicas, os episódios tendem a ser mais comuns devido à anatomia das vias aéreas, que dificulta a passagem de ar e favorece o espasmo do diafragma.
A seguir, explicamos em detalhes as principais causas de soluço em cães e quando esse sinal pode exigir atenção especial.
Quando o cão come ou bebe depressa demais, acaba engolindo ar junto com os alimentos. Esse excesso de ar no estômago do cachorro pode pressionar o diafragma e provocar espasmos.
Segundo a AKC (American Kennel Club), essas causas são comuns em filhotes e cães muito agitados. Na maioria dos casos, o sintoma tende a desaparecer com o tempo, mas é importante observar o pet e garantir que não haja um quadro clínico por trás.
Mudanças bruscas de temperatura — como deitar em superfícies frias ou dormir ao relento — podem desencadear contrações musculares involuntárias. Em dias mais frios, é comum ver o cachorro soluçando logo após acordar ou sair de ambientes aquecidos.
Situações de agitação intensa, como reencontros, visitas inesperadas ou ambientes barulhentos, podem alterar o padrão respiratório. Esse tipo de estímulo favorece o soluço nervoso em cães, geralmente passageiros, mas comum em animais mais sensíveis.
Em alguns casos, o soluço canino está relacionado a distúrbios digestivos, como gastrite em cães ou refluxo. O estômago irritado pode estimular o diafragma, especialmente após refeições mais pesadas ou rápidas.
Cães como Pug, Bulldog e Shih Tzu têm vias aéreas mais curtas e estreitas, o que os torna mais propensos a problemas respiratórios em cães. Essa anatomia favorece a ocorrência de soluços frequentes, principalmente durante o sono ou após o esforço físico.
Sim, o soluço em cães é um fenômeno natural e pode ocorrer em todas as fases da vida.
No entanto, os episódios costumam ser mais frequentes nos filhotes, já que seu organismo ainda está em desenvolvimento, especialmente o sistema digestivo e o controle neuromuscular do diafragma.
De acordo com a médica-veterinária Dra. Alander, em entrevista ao USA Today:
“Os cães têm soluços da mesma forma que os humanos. É mais comum em filhotes do que em cães adultos, mas não é anormal em nenhuma das fases.”
Além disso, filhotes tendem a comer mais rápido, se agitarem com mais facilidade e engolirem ar com frequência — o que favorece episódios de soluço canino.
Já nos cães adultos, as causas mais comuns envolvem estresse, ansiedade, mudanças de temperatura ou distúrbios digestivos caninos leves, como refluxo ou gastrite.
Na maioria das vezes, o soluço em cães é passageiro e desaparece sozinho em poucos minutos, sem causar complicações.
No entanto, quando as crises se tornam frequentes, crises de soluço que duram mais de 30 minutos ou que se repetem com frequência ou surgem acompanhadas de sinais como vômitos, tosse ou dificuldade para respirar, o ideal é buscar avaliação veterinária.
Além disso, outros sintomas podem indicar que há algo mais sério por trás da reação:
Esses sinais podem indicar desde uma irritação leve no estômago até distúrbios respiratórios ou digestivos mais graves, como refluxo em cães, gastrite, infecções pulmonares ou até comprometimentos hepáticos ou neurológicos.
Se o sintoma ultrapassar esse tempo ou vier acompanhado de alterações no comportamento do pet, o ideal é consultar um médico-veterinário o quanto antes.
Somente o profissional poderá avaliar o quadro, solicitar exames, identificar a origem do problema e recomendar o tratamento adequado para o soluço canino, quando necessário.
De modo geral, o soluço em cães não precisa de nenhum tratamento específico. Ainda assim, algumas ações simples podem ajudar a aliviar o desconforto e normalizar a respiração do pet com mais rapidez.
Assim como os humanos, beber água devagar pode ajudar o diafragma a retomar o ritmo normal. Não force — deixe o pet beber naturalmente.
Mastigar algo pode “quebrar” o padrão respiratório alterado, assim como acontece com humanos. Prefira snacks macios e de fácil digestão.
Jamais force o cão a comer ou beber durante uma crise. Isso pode provocar engasgos ou até piorar o quadro. Deixe que ele se acalme no próprio ritmo.
Caminhar ajuda a regular a respiração e a distrair o animal, diminuindo a tensão que pode estar favorecendo os espasmos.
Se estiver frio, uma manta ou cobertor pode ajudar a estabilizar o corpo e evitar espasmos relacionados à temperatura.
Se o cachorro soluçando estiver muito animado, estressado ou ansioso, crie um ambiente calmo. Fale com ele com voz suave e ofereça carinho.
Evitar o soluço em cachorro exige atenção à rotina e ao ambiente. Algumas boas práticas são:
Esses cuidados ajudam a prevenir tanto o soluço quanto problemas respiratórios em cães e desconfortos gastrointestinais mais sérios.
O conteúdo te ajudou? Esperamos que este guia tenha esclarecido suas dúvidas sobre o soluço em cães e como lidar com esse sintoma de forma segura e tranquila.
Se o seu pet já passou por isso ou se você conhece alguém que precisa dessas dicas, compartilhe este conteúdo.
Aproveite e continue explorando o Blog da Cobasi para aprender mais sobre saúde canina, bem-estar e cuidados no dia a dia. Até a próxima!
Sou jornalista desde 2016 e vivo cercado pelos meus pets! Sou pai do Zé e do Tobby, um Shih Tzu e um Vira-lata, da Mary, uma gatinha branca, e do Louro, um papagaio (claro!). Escrevo para Cobasi ajudando outros tutores a cuidar dos seus pets.
Ver publicações A Cobasi e os cookies: a gente usa cookies para personalizar anúncios e melhorar a sua experiência no nosso site.
Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade e Política de Cookies.