Cachorro latindo muito? Descubra as causas e como fazer o pet parar

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Por Joe Oliveira   Tempo de leitura: 6 minutos

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Cachorro latindo muito

O latido é uma das principais formas de comunicação dos cães, mas quando se torna excessivo, frequentemente sinaliza uma necessidade não atendida, desconforto ou comportamento aprendido.

Neste artigo, vamos abordar as principais causas do cachorro latindo muito, as diferenças entre latidos normais e excessivos, quais raças latem mais e como controlar esse comportamento de forma eficaz.

Por que os cachorros latem?

Os cães latem por diversas razões, e compreender o significado desse comportamento é essencial para identificar se o latido é normal ou um problema.

De acordo com veterinário comportamentalista Daniel Svevo, os principais motivos para o cachorro latir muito são:

  1. Proteção de território
    Cães são naturalmente protetores e podem latir para alertar sobre presenças estranhas.

  2. Medo ou ansiedade
    Barulhos altos, presença de estranhos ou situações desconhecidas podem causar medo e levar o cachorro a latir.

  3. Euforia e excitação
    Alguns cães latem ao brincar, ao ver o tutor chegando ou durante passeios.

  4. Busca por atenção
    Se um cachorro aprende que latir chama a atenção do tutor, ele pode usar esse comportamento com frequência.

  5. Tédio e falta de estimulação
    Cães sem atividades físicas e mentais suficientes podem latir excessivamente.

  6. Problemas de saúde
    Desconforto físico ou alterações sensoriais (auditivas ou visuais) podem aumentar os latidos como resposta ao incômodo.

Raças que tendem a latir mais

Algumas raças são naturalmente mais vocais do que outras, principalmente devido ao seu histórico e função original. O veterinário Daniel Svevo explica:

“Existem predisposições raciais para latidos frequentes, mas é importante lembrar que a intensidade e frequência variam significativamente conforme o indivíduo, o ambiente e o manejo.”

Cachorro latindo muito

Entre as raças conhecidas por latirem bastante, destacam-se:

  • Border Collie – pode latir por euforia ou falta de estímulo.
  • Beagle – criado para caça, tem um latido forte e constante.
  • Yorkshire Terrier – Pequeno, mas está sempre em alerta e é territorialista.
  • Chihuahua – Pode latir muito para se proteger ou chamar atenção.
  • Poodle – Inteligente e responsivo ao ambiente, pode latir quando está entediado.

Quando o cachorro latindo muito se torna um problema?

O veterinário Daniel Svevo esclarece: “Nem todo cachorro latindo muito indica um problema. Os cães utilizam o latido como forma natural de comunicação, seja para alertar, interagir ou expressar emoções”. 

No entanto, quando os latidos se tornam excessivos, repetitivos e ocorrem sem uma causa aparente, podem sinalizar desconforto emocional, estresse ou necessidades comportamentais negligenciadas. 

Nesse caso, é essencial identificar a origem do comportamento para oferecer o manejo adequado”, respondeu. 

Como reduzir o latido excessivo do cachorro?

Cachorro latindo

Se você está se perguntando “meu cachorro late muito, o que fazer?”, aqui estão algumas estratégias eficazes, que o Daniel Svevo compartilhou:

1. Identifique a causa

Antes de corrigir o comportamento, é essencial entender o que está motivando o latido excessivo. Observar os gatilhos ajuda a resolver o problema na raiz.

  • Ele late ao ver pessoas, outros animais ou sons específicos? Pode ser um sinal de alerta ou excitação excessiva.
  • Os latidos ocorrem em momentos específicos, como de madrugada ou quando você sai de casa? Isso pode indicar ansiedade de separação ou reatividade a estímulos noturnos.
  • O cachorro parece entediado, ansioso ou fica sozinho por muito tempo? O latido pode ser uma forma de aliviar o estresse ou chamar atenção.

Dica importante: registre os momentos e contextos em que o latido ocorre. Anotar os horários, situações e gatilhos específicos pode ajudar a identificar padrões no comportamento, facilitando tanto o treinamento quanto uma eventual consulta com um especialista.

Compreender o motivo por trás do latido facilita a escolha da melhor abordagem para reduzi-lo de forma eficaz e respeitosa.

2. Reforço positivo

Em nenhuma hipótese grite ou puna o seu cachorro por latir, pois isso pode aumentar a ansiedade e piorar o comportamento.

Em vez disso, recompense os comportamentos desejáveis com atenção, brincadeiras, petiscos ou carinho. Assim, o cão aprende que ficar calmo e responder adequadamente ao ambiente traz benefícios, enquanto os latidos excessivos não são reforçados.

3. Treinamento e comandos

Ensine comandos que ajudem o cachorro a desenvolver comportamentos alternativos ao latido, como pegar um brinquedo ou se sentar. Isso é mais eficiente do que apenas recompensar o silêncio.

O treinamento deve começar em ambientes controlados e com poucas distrações, para que o cão consiga focar no aprendizado. 

À medida que ele compreende o comando, o treino pode ser gradualmente generalizado para situações mais complexas, como quando há estímulos que normalmente desencadeiam os latidos.

cachorro latindo a noite

Sempre que o cachorro responder adequadamente ao comando, recompense-o com carinho, palavras de incentivo ou um petisco. Dessa forma, ele aprende que há maneiras mais eficazes de se comunicar e interagir com o ambiente.

4. Aumente a rotina de atividades físicas e mentais

Cães que gastam energia tendem a latir menos. Algumas formas de estimulação incluem:

  • Passeios diários e brincadeiras interativas.
  • Brinquedos interativos que desafiam a inteligência, como os recheáveis com petiscos.
  • Treinos de obediência e comandos.

Essas são atividades que ajudam a manter o cachorro ocupado e menos propenso a latir por tédio.

5. Evite reforçar o latido e estimule novas formas de comunicação

Muitos cães aprendem que latir é uma forma eficaz de chamar atenção ou conseguir algo. Por isso, é essencial evitar reforçar esse comportamento sem querer.

Não interaja ou ofereça atenção imediata enquanto o cão estiver latindo. Aguarde um intervalo de silêncio antes de interagir, para que ele não associe o latido como uma estratégia bem-sucedida.

Em vez disso, crie formas alternativas de comunicação para que ele aprenda a conseguir o que deseja de maneira mais tranquila.

Exemplo: Se o cachorro late para ganhar comida, ensine-o a sentar em frente ao pote de ração para receber a refeição. Dessa forma, ele entende que o comportamento adequado, e não o latido, é o que gera a recompensa.

Se essa mudança de dinâmica for difícil, um adestrador profissional pode ajudar a corrigir o comportamento e ensinar técnicas mais eficazes para o seu cão.

6. Reduza estímulos que provocam o latido

Se o cachorro late ao ver movimentos na rua, use cortinas ou filmes opacos na janela para reduzir os estímulos visuais. Se ele reage a barulhos, experimente sons ambientes suaves para mascarar ruídos externos.

7. Busque ajuda profissional

Se o latido excessivo persistir, um adestrador ou veterinário comportamentalista pode ajudar a identificar as causas e criar um plano de manejo adequado para o seu cão.

Antes da consulta, documente os padrões de latidos do seu cachorro. Anote horários, duração e contexto em que o comportamento ocorre. Isso ajudará o especialista a fazer um diagnóstico mais preciso e recomendar estratégias mais eficazes.

Por exemplo, em alguns casos, quando o latido está associado a ansiedade severa ou distúrbios emocionais, o veterinário pode avaliar a necessidade de medicação auxiliar, sempre como parte de um tratamento integrado, que inclua mudanças no ambiente e treinamento adequado.

Se os métodos convencionais não estiverem surtindo efeito, buscar orientação profissional pode ser a chave para melhorar o bem-estar do seu cão e restaurar a harmonia no dia a dia.

O conteúdo te ajudou? Com treinamento adequado, reforço positivo e um ambiente equilibrado, é possível reduzir o latido excessivo e garantir uma convivência mais harmoniosa entre o tutor e o pet.

Quer entender melhor o comportamento do seu cachorro? No Blog da Cobasi, você encontra conteúdos exclusivos com tudo o que você precisa saber.

Confira, por exemplo, o artigo do especialista Daniel Svevo, que traz dicas valiosas de adestramento para ajudar no dia a dia com seu cão. Acesse e descubra como melhorar a convivência com seu pet! Até a próxima!

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Por Joe Oliveira

Redator

Sou jornalista desde 2016 e vivo cercado pelos meus pets! Sou pai do Zé e do Tobby, um Shih Tzu e um Vira-lata, da Mary, uma gatinha branca, e do Louro, um papagaio (claro!). Escrevo para Cobasi ajudando outros tutores a cuidar dos seus pets.

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