
O latido é uma das principais formas de comunicação dos cães, mas quando se torna excessivo, frequentemente sinaliza uma necessidade não atendida, desconforto ou comportamento aprendido.
Neste artigo, vamos abordar as principais causas do cachorro latindo muito, as diferenças entre latidos normais e excessivos, quais raças latem mais e como controlar esse comportamento de forma eficaz.
Os cães latem por diversas razões, e compreender o significado desse comportamento é essencial para identificar se o latido é normal ou um problema.
De acordo com veterinário comportamentalista Daniel Svevo, os principais motivos para o cachorro latir muito são:
Algumas raças são naturalmente mais vocais do que outras, principalmente devido ao seu histórico e função original. O veterinário Daniel Svevo explica:
“Existem predisposições raciais para latidos frequentes, mas é importante lembrar que a intensidade e frequência variam significativamente conforme o indivíduo, o ambiente e o manejo.”
Entre as raças conhecidas por latirem bastante, destacam-se:
O veterinário Daniel Svevo esclarece: “Nem todo cachorro latindo muito indica um problema. Os cães utilizam o latido como forma natural de comunicação, seja para alertar, interagir ou expressar emoções”.
No entanto, quando os latidos se tornam excessivos, repetitivos e ocorrem sem uma causa aparente, podem sinalizar desconforto emocional, estresse ou necessidades comportamentais negligenciadas.
Nesse caso, é essencial identificar a origem do comportamento para oferecer o manejo adequado”, respondeu.
Se você está se perguntando “meu cachorro late muito, o que fazer?”, aqui estão algumas estratégias eficazes, que o Daniel Svevo compartilhou:
Antes de corrigir o comportamento, é essencial entender o que está motivando o latido excessivo. Observar os gatilhos ajuda a resolver o problema na raiz.
Dica importante: registre os momentos e contextos em que o latido ocorre. Anotar os horários, situações e gatilhos específicos pode ajudar a identificar padrões no comportamento, facilitando tanto o treinamento quanto uma eventual consulta com um especialista.
Compreender o motivo por trás do latido facilita a escolha da melhor abordagem para reduzi-lo de forma eficaz e respeitosa.
Em nenhuma hipótese grite ou puna o seu cachorro por latir, pois isso pode aumentar a ansiedade e piorar o comportamento.
Em vez disso, recompense os comportamentos desejáveis com atenção, brincadeiras, petiscos ou carinho. Assim, o cão aprende que ficar calmo e responder adequadamente ao ambiente traz benefícios, enquanto os latidos excessivos não são reforçados.
Ensine comandos que ajudem o cachorro a desenvolver comportamentos alternativos ao latido, como pegar um brinquedo ou se sentar. Isso é mais eficiente do que apenas recompensar o silêncio.
O treinamento deve começar em ambientes controlados e com poucas distrações, para que o cão consiga focar no aprendizado.
À medida que ele compreende o comando, o treino pode ser gradualmente generalizado para situações mais complexas, como quando há estímulos que normalmente desencadeiam os latidos.
Sempre que o cachorro responder adequadamente ao comando, recompense-o com carinho, palavras de incentivo ou um petisco. Dessa forma, ele aprende que há maneiras mais eficazes de se comunicar e interagir com o ambiente.
Cães que gastam energia tendem a latir menos. Algumas formas de estimulação incluem:
Essas são atividades que ajudam a manter o cachorro ocupado e menos propenso a latir por tédio.
Muitos cães aprendem que latir é uma forma eficaz de chamar atenção ou conseguir algo. Por isso, é essencial evitar reforçar esse comportamento sem querer.
Não interaja ou ofereça atenção imediata enquanto o cão estiver latindo. Aguarde um intervalo de silêncio antes de interagir, para que ele não associe o latido como uma estratégia bem-sucedida.
Em vez disso, crie formas alternativas de comunicação para que ele aprenda a conseguir o que deseja de maneira mais tranquila.
Exemplo: Se o cachorro late para ganhar comida, ensine-o a sentar em frente ao pote de ração para receber a refeição. Dessa forma, ele entende que o comportamento adequado, e não o latido, é o que gera a recompensa.
Se essa mudança de dinâmica for difícil, um adestrador profissional pode ajudar a corrigir o comportamento e ensinar técnicas mais eficazes para o seu cão.
Se o cachorro late ao ver movimentos na rua, use cortinas ou filmes opacos na janela para reduzir os estímulos visuais. Se ele reage a barulhos, experimente sons ambientes suaves para mascarar ruídos externos.
Se o latido excessivo persistir, um adestrador ou veterinário comportamentalista pode ajudar a identificar as causas e criar um plano de manejo adequado para o seu cão.
Antes da consulta, documente os padrões de latidos do seu cachorro. Anote horários, duração e contexto em que o comportamento ocorre. Isso ajudará o especialista a fazer um diagnóstico mais preciso e recomendar estratégias mais eficazes.
Por exemplo, em alguns casos, quando o latido está associado a ansiedade severa ou distúrbios emocionais, o veterinário pode avaliar a necessidade de medicação auxiliar, sempre como parte de um tratamento integrado, que inclua mudanças no ambiente e treinamento adequado.
Se os métodos convencionais não estiverem surtindo efeito, buscar orientação profissional pode ser a chave para melhorar o bem-estar do seu cão e restaurar a harmonia no dia a dia.
O conteúdo te ajudou? Com treinamento adequado, reforço positivo e um ambiente equilibrado, é possível reduzir o latido excessivo e garantir uma convivência mais harmoniosa entre o tutor e o pet.
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Confira, por exemplo, o artigo do especialista Daniel Svevo, que traz dicas valiosas de adestramento para ajudar no dia a dia com seu cão. Acesse e descubra como melhorar a convivência com seu pet! Até a próxima!
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Sou jornalista desde 2016 e vivo cercado pelos meus pets! Sou pai do Zé e do Tobby, um Shih Tzu e um Vira-lata, da Mary, uma gatinha branca, e do Louro, um papagaio (claro!). Escrevo para Cobasi ajudando outros tutores a cuidar dos seus pets.
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