Carrapato-estrela: saiba tudo sobre o transmissor da febre maculosa

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Por Cobasi   Tempo de leitura: 4 minutos

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carrapato estrela

Apesar de pequenino, o carrapato-estrela está entre os parasitas mais perigosos para animais e humanos. O Amblyomma cajennense, é o principal responsável pela transmissão da bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da febre maculosa.

Continue a leitura e saiba como proteger sua família desse temido parasita.

Saiba tudo sobre o carrapato-estrela

O Amblyomma cajennense, nome científico do carrapato-estrela, é um aracnídeo. Esse ectoparasita possui mais de 800 espécies que se alimentam de sangue e, nesse processo, podem contaminar animais e humanos. Entre seus principais hospedeiros estão cavalos, bois e capivaras, pois sua principal incidência é em zonas rurais. Apesar de incomum, o carrapato-estrela também pode parasitar cães e humanos.

O ciclo de vida do A. cajennense inclui três hospedeiros. Isso quer dizer que desde quando o parasita é um ovo até sua maturidade sexual, o carrapato-estrela tem um caminho longo. O carrapato fêmea se alimenta das proteínas do sangue do hospedeiro por 10 dias até a maturidade dos ovos, quando se desprende da pele e cai no chão.

Durante 25 dias acontece a postura de mais de 8 mil ovos, que eclodem em cerca de 1 mês para períodos quentes e quase 3 meses para épocas mais frias. As larvas, por sua vez, se prendem a um novo hospedeiro.

Nos próximos 5 dias, as larvas se alimentam desse hospedeiro e retornam ao chão como ninfas. Nessa fase, o parasita busca novamente um hospedeiro, voltando ao chão após mais 5 dias. Após 1 mês, elas se tornam adultas.

Após um período de quase 2 anos sem alimentação, os carrapatos-estrela buscam seu hospedeiro final para alimentação e reinício do ciclo de acasalamento.

Carrapato e a febre maculosa

É durante a mudança de um hospedeiro para o outro que o carrapato-estrela pode se contaminar com a bactéria Rickettsia rickettsii. Essa contaminação acontece normalmente em áreas rurais por meio de bovinos, equinos ou capivara contaminados. Além disso, a bactéria causadora da febre maculosa pode ser transmitida por vira transovariana, ou seja, da fêmea de Amblyomma cajennense para seus mais de 8 mil ovos.

As zonas ruais do Sudeste brasileiros estão entre as endêmicas para a febre maculosa, mas existem registro de casos em área urbana e outras regiões do país. Agora que você já sabe tudo sobre a doença do carrapato-estrela, confira como prevenir, identificar e tratar a febre maculosa.

Sintomas de febre maculosa

A incidência de carrapato-estrela em humanos e cães não é tão comum como em bovinos e outros animais de fazenda, mas pode acontecer. Por isso, ficar atento aos sintomas e saber como identificar um carrapato-estrela é muito importante.

Existem diferenças entre o carrapato-estrela e carrapato comum. O Amblyomma cajennense é grande quando comparado às outras espécies aparentando grão de feijão. A fêmea, quando bem alimentada, pode atingir o tamanho de uma jaboticaba! Sua coloração é amarronzada.

A febre maculosa em cachorros, por se tratar de uma doença no sangue, tem sintomas muito com a erliquiose, outra doença transmitida pelo carrapato. Confira os sintomas da febre maculosa em cães:

  • apatia e fraqueza;
  • falta de apetite;
  • manchas vermelhas pelo corpo;
  • febre;
  • sangramento na urina ou pelo nariz.

Os sintomas são muito parecidos nos humanos. É comum o aparecimento de manchas vermelhas pelo corpo e fraqueza, somada às dores de cabeça, musculares e nas articulações.

Perigosa, a doença deve ser tratada com rapidez pois podem levar ao óbito.

Febre maculosa: tratamento

Apesar da gravidade, a febre maculosa tem cura. O tratamento normalmente é feito com antibióticos e exige internação. É fundamental que um médico (ou veterinário, no caso de cães) seja procurado logo no início da suspeita de contaminação ou ao encontrar o parasita.

Por ser visível a presença do carrapato no pelo dos cães, é comum que os tutores tentem removê-los com as próprias mãos. No entanto, essa não é uma atitude indicada, uma vez que ao ser retirado de forma errada o carrapato pode até contaminar o tutor.

Por isso, a procura de médicos-veterinários é a melhor opção para esses casos. Os profissionais contam com pinças específicas para a remoção de carrapatos, extraindo-os sem que o cão seja prejudicado. 

Carrapato-estrela: como prevenir a infestação de carrapatos?

A melhor forma de evitar a febre maculosa é tomando as precauções necessárias. O primeiro passo é manter seu pet com o antipulgas e anticarrapatos sempre em dia. Fique atendo porque cada tipo e marca possui uma forma de aplicação e um tempo de duração.

Mesmo com o medicamento sendo utilizado, caso more ou viaje para zona endêmicas ou rurais, mantenha a rotina de higiene do pet. Além de banhos quinzenais, verifique se não existem parasitas na pele ou nos pelos do animal após passeios na grama.

Como esses parasitas também podem se instalar no corpo humano, pense em alguns cuidados para se prevenir também caso esteja em ambientes rurais, por exemplo:

  • Examine seu corpo com frequência, a cada 2 horas;
  • Use roupas claras, assim é mais fácil identificar os parasitas;
  • Ande em trilhas, é menos comum a presença de carrapatos nela;
  • Use botas de cano alto e ainda coloque as barras das calças para dentro da meia;
  • Caso encontre carrapatos, a melhor opção é os queimar. Estourá-los podem fazer com que a sua bactéria penetre em algum ferimento na sua mão; 
  • Ferva as roupas quando chegar em casa;
  • Em caso de sintomas, mesmo que leves, procure um médico imediatamente.

Agora você já sabe tudo sobre o carrapato-estrela, a febre maculosa e, principalmente, como manter toda a sua família segura e livre de parasitas.

Por Cobasi

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1 Comentário

  1. Irineu Rodrigues de Pinho disse:

    Muito importantes e Objetivas as Informações. Vou repassá-Las na Íntegra.

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