Seja pela sua coloração com cores vibrantes ou por ser considerado um dos animais mais venenosos e letais na natureza, a cobra coral (Micrurus corallinus) é uma das espécies de serpentes mais conhecidas no Brasil.
Como a cobra coral é venenosa e pode aparecer em áreas urbanas, é importante saber como agir. Para isso, a informação é uma importante aliada. Por isso, convidamos a especialista Joyce Lima, médica-veterinária da Educação Corporativa da Cobasi para comentar tudo sobre essa espécie. Confira!
Na biodiversidade de elementos marcantes na natureza e na fauna está a cobra coral. Do mesmo grupo das najas e mambas, essa espécie faz parte da família Elapidae, que é um grupo conhecido de serpentes peçonhentas que habitam a América do Sul, Central e Norte.
As corais-verdadeiras são caracterizadas pelas suas cores brilhantes: um anel preto com bordas brancas, entre anéis vermelhos. A sua anatomia é composta por um corpo cilíndrico recoberto por escamas lisas com cabeça triangular e cauda curta.
Um adendo importante. Diferentemente das outras espécies de serpentes da família Viperidae, a cobra coral não possui fosseta loreal, que é o órgão sensorial termorreceptor comum em cobras peçonhentas, capaz de detectar variações mínimas de temperatura.
Nome científico: Micrurus lemniscatus
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Elapidae
Habitat: Cerrado
Hábitos: Crepuscular e Noturno
Tamanho: Até 60 centímetros, mas existem registros com cobra da espécie maiores
Nome popular: Cobra-coral-venenosa, coral-venenosa, coral-verdadeira, ibiboboca, ibiboca e ibioca.
Agora que conhecemos um pouco mais sobre as características dessa serpente, confira 6 curiosidades sobre a cobra coral.
É possível notar a diferença entre as “falsas-corais” das “corais-verdadeiras”?
A primeira curiosidade é sobre uma dúvida muito comum sobre esse réptil. As pessoas acham que sim, porém não é possível notar visualmente as diferenças.
“Existem mais de 37 espécies de coral-verdadeira e 60 espécies de coral-falsa, além das subespécies e mutações/cruzamentos entre elas. Assim, a diferenciação visual com segurança pode ser feita apenas por especialistas da área. De qualquer forma vale o aviso: viu uma cobra com as cores preta, branca e vermelha? Isso não é bom sinal, cuidado!”, explica a especialista Joyce Lima.
A grande diferença entre as duas espécies está na sua boca, mas é um pequeno detalhe que você não quer correr o risco de verificar, não é mesmo?
As cores da cobra coral tem um característica de aviso, conhecida como aposematismo, que avisa os predadores que a vejam como tóxicas. Então, se para muitas pessoas a sua coloração chama a atenção, por trás dessa tonalidade contém funções importantes, de aviso que são venenosas, fundamentais para a sobrevivência desses seres vivos.
Apesar de ter um dos venenos mais letais da natureza, de forma geral, o gênero dos corais não são cobras agressivas. Porém, de acordo com Joyce: “a cobra coral se defende quando se sente ameaçada. Os animais que tendem a ser coloridos, são super visíveis no ambiente e mostram que devemos ter cuidado com eles.” ressalta.
Segundo a médica-veterinária Joyce: “Inicialmente a pessoa ou animal sente dormência no local da picada, seguido por visão embaçada, dificuldade ao falar e até paralisia de músculos importantes, como coração e diafragma. Isso pode gerar insuficiência cardíaca e respiratória.”
Então, se uma pessoa foi atacada, é preciso procurar imediatamente um hospital. Não tente realizar ações para aspirar o veneno. A mordida precisa ser tratada o quanto antes. Trata-se de uma toxina que ataca a capacidade dos nervos de se comunicarem entre si, em algumas horas a pessoa ferida por estar debilitada e com reações graves.
Tem cobras corais que comem lesma, insetos, anfíbios, o hábito depende da espécie em questão.
Sim. Todas as espécies de cobras corais estão mais associadas à terra, ficam mais enterradas e não se mostram muito. Tanto as falsas como as verdadeiras.
Existem cerca de 3.000 espécies de cobras em todo o mundo, e hoje aprendemos sobre uma das espécies mais conhecidas. Gostou do artigo? Sempre que tiver curiosidade sobre o mundo animal já sabe onde procurar, aqui, no Blog da Cobasi. Até a próxima!
Jornalista, é apaixonado por futebol, basquete e, claro, pets! Além de bater uma bolinha e escrever para o Blog da Cobasi, o Joe curte a vida ao lado dos seus melhores amigos: os cachorros vira-latas Zé e Tobby, a gata Marry e o papagaio Louro.
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