Hiperlipidemia em cães se refere a níveis elevados de lipídios (gorduras), o que significa um aumento da concentração de triglicérides (hipertrigliceridemia), colesterol (hipercolesterolemia) ou ambos na corrente sanguínea.
Na maioria das vezes, cachorros com colesterol ou triglicerídeos elevados são um marcador para uma doença do sistema endócrino, ou seja, uma doença que envolve os hormônios do corpo. Como também podem ficar temporariamente altos depois que eles comem uma refeição rica em gordura.
Então, gordura e colesterol são uma preocupação para os cães? Sim, o distúrbio pode diminuir a expectativa de vida e causar obesidade, problemas neurológicos e metabólicos. A hiperlipidemia pode também causar doenças cardíacas em cães, mas é muito raro. Porém, .
A seguir, entenda tudo sobre hiperlipidemia em cães, nos seguintes tópicos:
A hiperlipidemia em cães pode ser causado por uma condição subjacente ou um evento específico, sendo classificada como:
A forma primária da hiperlipidemia é menos comum na população canina em geral, por ser uma condição de origem hereditária, associadas a raças específicas, como Schnauzer miniatura e do pastor de Shetland. Outras raças também podem ser afetadas.
Dentre as possíveis complicações da hiperlipidemia em cães primária estão: pancreatite, doença hepática, aterosclerose, doença ocular e convulsões.
A hiperlipidemia secundária é a forma patológica mais comum em cães, frequentemente resultado de uma condição endócrina, como hipotireoidismo e diabetes mellitus, por exemplo.
Outras causas de hiperlipidemia secundária em cachorro incluem:
A hiperlipidemia em cães pode ser fisiológica (pós-prandial), que corresponde ao aumento de lipídios no sangue após a refeição.
Os níveis de triglicerídeos geralmente aumentam por 6 a 12 horas após uma refeição, principalmente se o alimento é rico em gordura.
Se ao realizar um teste pós-refeição mostrar níveis elevados de triglicerídeos, é preciso fazer novamente após um jejum (de 12 a 18 horas) para avaliar se os níveis continuam altos.
Importante validar que mesmo que o indivíduo tenha uma dieta com alto teor de gordura, em um animal saudável não é esperado que os triglicérides séricos estejam elevados acima de 500 mg/dL.
Na maioria dos casos, a hiperlipidemia não apresenta sinais clínicos. A condição é somente detectada quando um veterinário realiza exames de sangue de rotina.
No entanto, caso ocorram sintomas da hiperlipidemia, geralmente são sinais gastrointestinais, como vômitos, diarreia, diminuição do apetite e até potencialmente desenvolver pancreatite.
Além disso, o alto nível de triglicérides e colesterol pode se depositar na córnea dos cachorros, resultando em manchas brancas na superfície ou dentro do olho. Em condições mais graves, pode gerar inflamação e/ou cegueira.
São realizados exames laboratoriais usados para ajudar a diagnosticar a hiperlipidemia e identificar quaisquer causas subjacentes.
Para testar especificamente os níveis de lipídios, o veterinário pode solicitar:
Para realizar o diagnóstico da hiperlipidemia, o animal de estimação deve estar em jejum. Ou seja, não deve comer nenhum alimento ou guloseimas 12 horas antes dos exames.
O primeiro objetivo do tratamento da hiperlipidemia em cães é identificar e tratar qualquer doença subjacente. Por exemplo, se a causa for Diabetes mellitus ou doença de Cushing, os cuidados serão voltados principalmente para o controle da condição subjacente.
Além disso, na maioria dos casos, o tratamento atua na redução das concentrações séricas dos triglicerídeos para um nível abaixo de 500 mg/dL. Para isso, o veterinário pode solicitar os seguintes procedimentos:
Uma dieta com baixo teor de gordura pode ser a única terapia necessária para reduzir as concentrações séricas de triglicerídeos e normalizar os lipídios do sangue.
Portanto, os cães que necessitam de uma alimentação com baixo teor de gordura, podem podem se beneficiar com rações ricas em fibras, indicadas para reduzir os lipídios no sangue.
Existem rações medicamentosas que atendem plenamente as necessidades de cães com hiperlipidemia. Como esse tipo de dieta provavelmente será recomendada para a vida toda, é importante estabelecer com o veterinário qual a melhor rotina alimentar para o seu pet.
Dentre os cuidados básicos com a alimentação do cachorro, o tutor precisa:
Para alguns cães com hiperlipidemia que não respondem a uma dieta com baixo teor de gordura, o tratamento indicado deve ser com medicamentos e suplementos.
Ácidos graxos ômega-3 (óleo de peixe) e quitosana podem ajudar a resolver a hiperlipidemia, quando combinados com uma dieta com baixo teor de gordura.
Já para o tratamento das causas subjacentes, o remédio será de acordo com a doença. Por exemplo, injeções de insulina para casos de diabetes.
Na consulta com seu veterinário, ele irá indicar quais soluções e procedimentos são recomendados, específicos para a condição do seu cachorro.
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Jornalista, é apaixonado por futebol, basquete e, claro, pets! Além de bater uma bolinha e escrever para o Blog da Cobasi, o Joe curte a vida ao lado dos seus melhores amigos: os cachorros vira-latas Zé e Tobby, a gata Marry e o papagaio Louro.
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