Com a chegada do verão, as temperaturas ficam mais altas e os cuidados com os pets devem ser redobrados. Um dos problemas que se tornam mais comuns é a hipertermia em cães.
Assim como nós, humanos, precisamos de ainda mais hidratação através da ingestão de líquidos, os cães também necessitam reforçar o consumo de água no verão. Além disso, cuidados com a pele são indispensáveis para se manter saudável nesse período mais quente.
Continue a leitura para saber mais sobre hipertermia canina e os cuidados com seu pet na estação mais quente do ano!
“A hipertermia em cães é o aumento excessivo da temperatura do corpo do bichinho”, explica a médica veterinária Carla Bernardes. No geral, os pets são mais sensíveis do que nós às altas temperaturas e, no verão, isso se agrava. Os cães possuem mecanismos diferentes dos nossos para realizar a termorregulação, ou seja, manter a temperatura adequada.
Enquanto nós transpiramos pela pele para regular a nossa temperatura corporal e evitar a hipertermia, os cães possuem outras formas para se manterem saudáveis. Esses métodos estão diretamente ligados ao ambiente em que estão e, por isso, os tutores devem ter cuidado redobrado. Essa condição é chamada de hipertermia por intermação.
“Durante o verão, aumentam os casos de cães que morrem ao serem esquecidos por seus tutores dentro do carro. Manter o animal preso em um ambiente quente, sem ter acesso a água fresca, pode causar hipertermia. O problema também é ocasionado por passeios feitos em horários de muito sol e calor“, alerta a veterinária.
Vamos conhecer mais sobre a condição?
O primeiro passo para compreender a hipertermia em cachorro, é entender o que acontece quando os cães têm calor. Esses pets não transpiram como nós devido à grossa camada de pelos e por possuírem poucas glândulas sudoríparas na pele. Os locais que concentram a dispersão de calor por meio do suor são os coxins, como são chamadas as solas das patas.
A forma mais eficaz para reduzir a temperatura corporal é através do ambiente, principalmente, por meio da boca e do focinho. Eles respiram de forma mais rápida e ficam ofegantes liberando vapor de água, e se resfriando. Além disso, os cães deitam em superfícies mais frias, como o chão da cozinha.
A termorregulação dos cães está diretamente ligada ao ambiente em que estão, por isso, um ambiente superaquecido é uma das principais causas da hipertermia em cães.
Além disso, alguns fatores contribuem para dificultar a dissipação do calor. São eles:
Apesar da hipertermia acontecer em qualquer cachorro, cães braquicefálicos precisam de cuidados extras, pois não conseguem respirar com tanta facilidade e autorregular o calor por causa do focinho mais curto. Sendo assim, se você tem um Bulldog, Pug, Shih Tzu, Boxer ou outro cachorro com essa condição, redobre a atenção e os cuidados.
“Os sintomas da hipertermia em cães variam de acordo com o tempo de exposição e com as características fisiológicas de cada pet. Dificuldade respiratória, alteração na coloração da língua e na parte interna das orelhas, apatia, andar cambaleante, confusão mental, excesso de salivação, vômito, diarreia e convulsão são alguns deles”, explica a médica veterinária.
Caso o dia esteja quente ou você passeou no calor com o pet e perceba algum desses sintomas, você precisa agir rápido!
Quanto antes você auxiliar seu pet a reduzir a temperatura corporal, maiores a chances de sobrevivência do animalzinho. Por isso, preste atenção no pet e seja rápido!
Se o cão passar mal, o primeiro passo é adotar algumas medidas para baixar a temperatura e, em seguida, consultar um médico veterinário.
Caso o animal continue com os sintomas, procure um médico veterinário imediatamente.
Como a médica veterinária Carla Bernardes citou anteriormente, uma das maiores razões é o esquecimento de cães em veículos. Por isso, em hipótese alguma, deixe seu cachorro no carro. Mesmo com o vidro aberto ou fora do sol, a situação é de extremo perigo para o animalzinho. Se parar o carro, leve ele com você! Hoje, diversos estabelecimentos comerciais aceitam a entrada de animais ou possuem uma área reservada para que eles aguardem em segurança. Se não der para manter o pet fora do carro, procure outra opção.
O cuidado com o ambiente também se estende para a sua casa. Mantenha sempre uma janela aberta para a troca de calor e, caso o pet fique apenas na garagem ou quintal, deixe a casinha dele fora do sol sob uma cobertura protegida.
Outra forma de evitar a hipertermia em cães é evitar passeios nas horas mais quentes do dia. No verão, em dias quentes, ou em locais sem sombra, evite sair entre 10 e 16 horas, período em que há maior incidência de raios solares.
Além de colaborar para manter o ambiente fresco e evitar horas de maior calor, você pode dar uma ajudinha extra ao pet. Mantenha sempre o bebedouro com água fresca e aposte em tapetes gelados e brinquedos resfriados para auxiliar na troca de temperatura do animal.
Ficou com alguma dúvida sobre a saúde do seu cãozinho? Escreva um comentário para nós!
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