A mielopatia degenerativa (DM) é uma doença que afeta a medula espinhal dos cães, limitando severamente a mobilidade e causando paralisia lentamente progressivas dos membros posteriores.
Não há cura para mielopatia degenerativa. Mas, existem tratamentos, como a fisioterapia, que podem retardar a progressão clínica desta doença. A seguir, o médico-veterinário David Dalamura (CRMV/MG-20971), vai explicar tudo sobre essa anormalidade genética.
De acordo com David Dalamura: “A mielopatia degenerativa é caracterizada por uma enfermidade progressiva da medula espinhal de cães, resultando em perda gradual da coordenação e eventual paralisia”, explicou.
A doença causa destruição lenta da porção de condução nervosa da medula espinhal, chamada axônios (fibras nervosas que se estendem da célula nervosa) e mielinas (revestimento ao redor da fibra nervosa que permite a condução de sinais nervosos).
A medula espinhal inteira pode eventualmente ser afetada, causando paralisia dos membros anteriores também, além de problemas com a respiração, vocalização e alimentação.
O pastor alemão é a raça mais comumente afetada. Inclusive, a doença também é conhecida como mielopatia degenerativa do pastor alemão.
De modo geral, a anomalia é mais comum em cães de grande porte, como:
Mas, é importante ressaltar que a doença pode afetar cães de qualquer raça e tamanho, como o pug, corgi, poodle e várias outras.
Inicialmente, os sinais clínicos são inespecíficos. Por isso, é muito comum que os sintomas sejam relacionados com outras doenças, antes de pensar na mielopatia degenerativa em cães.
Um cachorro com DM demonstra fraqueza nos membros posteriores e terá dificuldade para se levantar. Além disso, o pet pode apresentar os seguintes sinais:
Comparável à esclerose lateral amiotrófica (ELA) em humanos, conforme a mielopatia degenerativa progride, os sintomas pioram e eventualmente ocorre a paralisia completa da extremidade posterior dos cães.
Como não existe um teste específico para diagnosticar a mielopatia degenerativa em cães, o diagnóstico é feito à base da exclusão de outras doenças da medula espinhal.
São realizados exames de imagens para avaliar a coluna e as articulações do animal. Também pode ser recomendado procurar um neurologista veterinário, exames de sangue, raios X, ressonância magnética ou tomografia computadorizada e análise do fluido espinhal.
Exames físicos também ajudam no diagnóstico. O veterinário poderá realizar um conjunto de exercícios para descartar outras potenciais doenças ortopédicas.
Por não ter um tratamento específico, infelizmente a mielopatia não tem cura e o seu prognóstico é desfavorável.
O tratamento funciona em caráter paliativo, para retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida do animal, como explica o veterinário David Dalamura:
“O tratamento da mielopatia degenerativa canina inclui fisioterapia, exercícios regulares para manter a mobilidade, suplementação nutricional, medicamentos para controlar a dor e inflamação. Em alguns casos, o uso de cadeiras de rodas caninas são indicados”.
Não há medidas preventivas garantidas contra a doença. Mas, o veterinário reforça a importância de manter a boa forma física do cão: “Uma dieta equilibrada e exercícios regulares são essenciais para ajudar a atrasar o início ou a progressão dos sintomas da patologia”.
Não há evidências científicas que a castração influencie diretamente na ocorrência ou progressão da mielopatia degenerativa.
Sim, é uma doença genética. A mutação no gene SOD1 é responsável pela maioria dos casos em cães.
A expectativa de vida de cães com mielopatia degenerativa é variável, como explica David Dalamura: “Em média, vivem entre seis meses a três anos após o diagnóstico, dependendo da progressão da doença e dos cuidados recebidos”, respondeu.
Normalmente, cerca de um ano após os primeiros sintomas serem observados, o cão não consegue andar sobre os membros posteriores.
O conteúdo te ajudou? Se ficou com alguma dúvida, deixe nos comentários. Até a próxima!
| Atualizada em
Jornalista, é apaixonado por futebol, basquete e, claro, pets! Além de bater uma bolinha e escrever para o Blog da Cobasi, o Joe curte a vida ao lado dos seus melhores amigos: os cachorros vira-latas Zé e Tobby, a gata Marry e o papagaio Louro.
Ver publicações A Cobasi e os cookies: a gente usa cookies para personalizar anúncios e melhorar a sua experiência no nosso site.
Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade e Política de Cookies.