A miíase, que também pode ser conhecida como “calcanhar de maracujá” em algumas regiões rurais do país, é uma doença de pele provocada pela infestação de larvas de moscas. Essa doença pode acometer homens, mulheres e crianças de todas as idades, além de animais de todos os tipos e tamanhos.
A contaminação mais comum acontece pelo depósito de larvas de moscas em feridas abertas, como cortes e machucados localizados em toda a superfície da pele, inclusive no couro cabeludo.
Também é possível ocorrer o depósito de larvas nas chamadas cavidades naturais (nariz e ouvidos), e contaminação devido a ingestão de larvas presentes em alimentos e bebidas contaminados.
Depois que a contaminação ocorre, o desenvolvimento da miíase acontece no período de 30 a 60 dias, gerando muita vermelhidão e inflamação no local.
O local da infestação pela larva costuma apresentar aspecto de furúnculo, ou seja, uma espécie de nódulo ou “calombo” na pele que tem um pequeno orifício no centro. Por esse orifício costuma sair uma secreção, e as pessoas ou animais infectados podem ter sensação de movimentos na lesão, fisgadas e ferroadas, provocados pela presença das larvas.
O tratamento da miíase envolve a retirada manual das larvas e a limpeza adequada do local. Para fazer a retirada, algumas técnicas mais comuns envolvem o fechamento do orifício com vaselina ou esparadrapo por um determinado período de tempo, seguido pelo pinçamento das larvas quando estas vêm à superfície para respirar depois que é feita a retirada dessa “tampa”.
Nos casos em que a lesão é muito extensa e profunda, pode ser preciso anestesiar localmente o paciente para fazer a remoção das larvas. Existem medicamentos orais que podem contribuir para o combate e eliminação das larvas, mas apenas um médico ou um médico veterinário pode fazer a prescrição correta, incluindo as doses e a duração do tratamento.
A prevenção da miíase pode ser bastante simples: no caso das pessoas, deve-se evitar caminhar descalço em locais onde possa haver ovos e larvas de moscas, além de proteger feridas e cortes, tratando adequadamente machucados para prevenir a contaminação.
No caso dos animais, sejam eles gatos, cachorros, cavalos, bois ou quaisquer outros, deve-se afastá-los de locais com muitas moscas sempre que houver essa possibilidade, como forma de evitar a contaminação.
Se o animal estiver com alguma ferida, por menor que seja, os cuidados precisam ser redobrados e urgentes: procure um médico veterinário para solicitar orientações sobre como proceder. Existem medicamentos tópicos que podem ser aplicados para evitar que as moscas pousem e depositem ovos e larvas, e outros que amenizam a dor e o desconforto do animal durante o procedimento de retirada das larvas caso já estejam instaladas.
É muito comum que os pelos em torno da ferida sejam raspados para dar mais visibilidade ao local da lesão, o que também torna mais eficaz a avaliação e o tratamento.
No caso da miíase é fundamental agir rápido, pois a quantidade de larvas numa ferida pode se multiplicar muito depressa. Caso note qualquer alteração num animal, não espere! Procure imediatamente o médico veterinário.
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