Diabetes em cachorro: guia completo de cuidados para tutores

Com colaboração: Lysandra Barbieri   Tempo de leitura: 6 minutos

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cachorro cansado no sofá com diabetes
Um dos sintomas de diabetes em cachorro é o cansaço excessivo

A diabetes em cachorro é uma doença crônica que limita a capacidade do animal em processar a glicose presente no sangue. O que causa uma série de problemas de saúde.

Para ajudar você a entender tudo sobre a diabete canina, nós convidamos Lysandra Barbieri, médica-veterinária da Educação Corporativa na Cobasi. Acompanhe! 

O que é diabetes em cachorro?

A diabetes em cachorro é uma doença crônica, que afeta a capacidade do organismo do animal em metabolizar a glicose presente no sangue. 

Conhecida cientificamente como diabetes mellitus, pode causar uma série de complicações ao bem-estar do pet. Entre as mais comuns estão: doenças dermatológicas, renais, infecções e problemas nos olhos.

Tipos de diabetes em cachorro

A diabetes em cachorro pode ser classificada em dois tipos, a Tipo I e a Tipo II. Cada uma delas traz um impacto diferente ao bem-estar do pet. Conheça cada uma delas:

Diabetes Tipo I

A diabetes canina tipo 1 é uma doença crônica que se caracteriza pela falta de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas. Sua função é auxiliar na movimentação da glicose, impactando diretamente na produção de energia.

O desenvolvimento dessa variação da doença, também comum em gatos, pode estar relacionada a questões genéticas ou uso de medicamentos sem prescrição médica.

Diabetes canina Tipo ll

Por sua vez, a diabetes Tipo II é caracterizada pela incapacidade do organismo em processar a insulina produzida pelo pâncreas do animal.

Mesmo sendo considerada uma doença rara em cachorros, essa condição também requer atenção entre os tutores.

Entre os principais fatores de risco que levam o animal a desenvolver essa variante da diabetes canina estão: envelhecimento, sedentarismo, obesidade e a predisposição genética.

As causas da diabetes em cachorro

A diabetes em cachorro é um tipo de doença que pode ter muitas causas. O diagnóstico levará uma série de fatos em consideração, como a rotina do pet e condições genéticas.

Entretanto, há algumas condições de saúde que estão diretamente associadas ao desenvolvimento da diabetes canina ao longo da vida do animal. As principais são:

  • idade avançada;
  • obesidade;
  • sedentarismo;
  • predisposição genética;
  • administração inadequada de remédios;
  • doenças endócrinas, cardíacas e renais;
  • infecções;
  • hiperlipidemia;
  • desequilíbrio hormonal.

As principais doenças endócrinas em cachorro são: Hipotireoidismo, Hiperadrenocorticismo e Hipertireoidismo (distúrbios metabólicos que aumentam a produção de hormônios da tireoide). 

Hiperlipidemia em cães: é um condições de saúde onde há acúmulo de triglicerídeos (gordura) e colesterol na corrente sanguínea do cachorro. 

Raças com predisposição à diabetes em cães

Apesar de ser uma doença que pode afetar cães de todas as raças, portes e idades, há algumas raças mais predispostas a desenvolver diabetes canina. São elas:

  • Dachshund;
  • Poodle;
  • Beagle;
  • Golden Retriever;
  • Chow Chow;
  • Schnauzer;
  • Dobermann;
  • Cairn Terrier;
  • Labrador Retriever;
  • Springer Spaniel Inglês;
  • West Highland White Terrier;
  • Samoieda.

Sintomas de diabetes em cachorro

cachorro com diabete bebendo água
O aumento da ingestão de água pode ser um sina de diabetes em cachorro

O primeiro passo para cuidar da saúde e bem-estar do seu animal de estimação é aprender a identificar os sintomas de diabetes em cachorros. Os sinais mais visíveis são:

  • perda de peso;
  • aumento do apetite;
  • aumento da ingestão de água e produção de urina;
  • cansaço.

Além dos sinais de diabetes canina relacionados acima, a médica-veterinária Lysandra Barbieri faz uma alerta:

“Outra característica desta doença é eliminar açúcar na urina, então o tutor pode perceber também formigas no chão”, contou.

Ao perceber alguns desses possíveis sintomas de diabetes em cães, o recomendado é procurar um médico-veterinário de confiança. Só ele poderá fazer o diagnóstico preciso da condição de saúde do seu pet. 

Diabetes em cachorro: como é feito o diagnóstico? 

Para ter um diagnóstico preciso sobre diabetes em cachorro é necessário a realização de exames em duas fases. 

Na primeira delas, o veterinário responsável irá fazer avaliações clínicas para conseguir determinar o nível de glicemia no sangue do cão. 

Caso a suspeita de diabetes canina permaneça, o profissional irá solicitar uma segunda bateria de exames. Normalmente, são esses: 

  • antibiograma;  
  • exame de urina;
  • hemograma;
  • perfil bioquímico sérico;
  • ultrassonografia.

Tratamento para diabetes em cachorro

A diabetes em cachorro é uma doença que não tem cura. O tratamento é paliativo e consiste em garantir qualidade de vida do animal de estimação. Entre os tipos de terapias para diabetes canina, as mais conhecidas são:

Monitoramento dos níveis de glicemia

Como o organismo do cão tem a capacidade de metabolizar a glicose do sangue, é necessário monitorar os níveis de glicemia. 

Para medir corretamente, é necessário coletar sangue do animal e colocar no aparelho aferidor. Anote os números para facilitar o acompanhamento veterinário. 

Mudança na dieta

Um cachorro com diabetes deve ter uma alimentação regrada. O ideal é investir em rações medicamentosas. Elas combinam os nutrientes necessários para a manutenção da saúde e bem-estar do pet. 

Além disso, é recomendado dividir a porção diária dos alimentos em dois períodos do dia. Esse hábito ajuda a controlar as calorias e os níveis de açúcar em cada refeição.

Estimule a prática de atividades físicas

A prática de atividades físicas faz parte de um tratamento eficaz de diabetes em cachorro. Brincadeiras e passeios ajudam a estimular o metabolismo do animal. Peça para o veterinário definir qual é a melhor rotina de exercícios. 

Aplicação diária com insulina 

Um cão diabético precisa da aplicação diária de insulina para manter o nível de glicose do sangue estável. A terapia pode ser feita com canetas aplicadoras ou seringas para animais, que podem ser adquiridas em qualquer pet shop. 

Siga corretamente  as orientações do médico-veterinário para aplicar a insulina no cachorro. Assim, é possível garantir uma vida saudável ao seu animal de estimação com diabetes canina.

Como prevenir a diabetes em cães?

A prevenção de diabetes em cães consiste na adoção de uma rotina saudável para o seu animal de estimação. 

O mais indicado é investir em uma dieta balanceada monitorada por um veterinário e na prática de atividades físicas. Visitas periódicas ao veterinário ajudam na prevenção, pois favorecem a descoberta precoce de que há algo errado com o pet. 

Agora que você já sabe tudo sobre diabetes em cachorro e como cuidar do seu pet, conte para gente: o que você tem feito para cuidar do bem-estar do seu cão? Conte para gente.

Lysandra Barbieri

Com colaboração: Lysandra Barbieri

Médica-Veterinária | CRMV/SP - 44484

Formada em Medicina Veterinária pela UNESC - Campus Colatina, Lysandra é apaixonada pelos seus pets adotados: Pretinha, Cabrita e Tuí. Cada um deles reforça sua dedicação à Medicina Veterinária e reflete seu amor pelos animais.

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9 Comentários

  1. Iandi disse:

    Meu cachorro está com uma coceira nas costas ,CAINDO o PELO.
    Já é a segunda vez. O que eu posso dar PRA ele toma ?

    • Cobasi disse:

      Oi Iandi, como vai? Dependendo da estação do ano é comum a troca de pelo, a coceira pode ocorrer por vários motivos. Por este motivo levar o cachorro ao medico-veterinário ajuda na saúde do seu cão.

  2. Sérgio Profeta de Almeida disse:

    Olá,, gostaria de saber informações , eu tenho uma Chow Chow de 7 anos, ela ficou cega, ela bebe muito água, o xixi dela está muito pegazo, ela está comendo muito e é muito ofegante, isso poderia ser diabetes?
    Obrigado

  3. claudia disse:

    minha cachorrinha está com diabete pois é idoso o q me recomendar para alimentação dela além ďa ração diabética

    • Cobasi disse:

      Olá, Claudia. Tudo bem?
      A diabete canina é uma doença que requer um acompanhamento diário. Uma das principais mudanças é em relação a sua alimentação pois é necessária uma dieta balanceada com controle de calorias e de açúcar. Portanto, é seguro que você alinhe isso com o médico-veterinário.

  4. marly disse:

    Meu cachorrinha ficou 10 dias internada,ela é diabética e perdeu a visão
    Teve 4 convulsões e agora após receber alta ela vem comendo ração e patê própria para diabete.
    Tenho monitorado diariamente a glicose. Sua variação é rapida uma hora é alta e outra baixa.
    Muito difícil controlar

  5. Glezio Silva disse:

    Após uma lesão na pata ocasionada por correr atrás de um gato, minha American bully foi levada a veterinária e lá passaram cefalexina, prednisona entre outros para a lesão. Voltou a colocar a para no chão pra andar mas aumentou absurdamente p consumo de água e consequentemente, o volume de xixi, o que pode ser?

    • Cobasi disse:

      Olá, Glezio! A mudança no comportamento do seu cachorro após o tratamento pode indicar diversas situações. Consulte um veterinário para avaliação detalhada. Evite auto medicar e busque orientação profissional.

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