Ração extrusada e outros tipos de alimentos para aves

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Por Cobasi   Tempo de leitura: 12 minutos

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pássaro comendo ração extrusada

Você sabe o que é ração extrusada e conhece os outros tipos de ração para aves? Não? Selecionamos as principais opções de alimentos para pássaros e, em parceria com os especialistas da Educação Corporativa da Cobasi, explicamos as vantagens de cada um deles. Continue a leitura e saiba mais!

O que é ração extrusada?

A ração extrusada é um alimento completo e balanceado. Os pássaros adoram e os tutores consideram que ela é muito prática. O alimento ganha esse nome porque passa por um processo chamado extrusão.

A ração extrusada é feita com milho, aveia, linhaça, trigo, mel, ovo e outros ingredientes, e é produzida de maneira industrial. Nela, as matérias-primas da composição passam por uma máquina chamada extrusora composta por um pistão e um conjunto de peças. Neste equipamento, são selecionados os grãos de melhor qualidade, o produto é cozido em alta temperatura e pressão, misturado, seco e passa pela etapa de texturização. Tudo isso em um curto espaço de tempo.

Por fim, a ração extrusada é cortada por lâminas na saída da máquina. Assim, ganha a forma que conhecemos, os grãos que os pássaros adoram!

Cada um desses grãos possui uma quantidade de nutrientes e componentes diferentes nas mesmas proporções em todo seu conteúdo. A ração extrusada para Calopsita, por exemplo, possui umidade, proteína, extrato etéreo, matéria fibrosa e matéria mineral na quantidade adequada e igual em todos os grãos. Por que isso é tão importante? Contamos já!

Quando se alimentam de misturas de sementes é comum que cada pássaro selecione aqueles grãos que mais aprecia e deixe os outros de lado. Assim, existe o risco de a nutrição ser incompleta e a ave adoecer. Já com a ração extrusada para Papagaio, a ração extrusada para Coleiro ou para outras espécies, esse risco não existe, pois cada grão é completo e balanceado.

Além disso, a ração extrusada para aves é mais digestível e tem melhor rendimento energético. Além de serem selecionados grãos e alimentos de alta qualidade, também são escolhidos alimentos com características nutricionais distintas, que ao final do processo se juntarão ao mesmo grão de ração de maneira balanceada.

A escolha correta da alimentação do seu pássaro pode impactar diretamente no dia a dia do animal. A maneira mais adequada de avaliar uma marca é analisar os componentes nutricionais de cada produto. Assim, podemos traçar um perfil de qualidade pensando em cada espécie.

Vantagens da utilização de ração extrusada

A ração extrusada possui muitas vantagens. A primeira delas é que é um alimento completo e balanceado para aves, que proporciona mais qualidade de vida para a ave, aumentando a expectativa de vida, diminuindo o risco de obesidade e de doenças.

Outra vantagem é que esse tipo de alimento está disponível em grãos de vários tamanhos e formatos diferentes e, por isso, pode ser adaptado a muitas espécies. Sendo assim, você encontra rações extrusadas específicas para psitacídeos e passeriformes. A variedade é grande! Você pode encontrar ração para Coleiro ou ração extrusada para Trinca-Ferro, à exemplo da Nutrópica Trinca-Ferro.

Uma outra vantagem é a alta digestibilidade. A ave que se alimenta de ração extrusada, consegue aproveitar melhor os nutrientes, que têm absorção extremamente eficiente pelo seu aparelho digestório. Isto prova que, ao utilizar esse tipo de ração, o aproveitamento e rendimento é mais elevado. Ou seja, o animal consome menos quantidade de alimento para ter suas necessidades fisiológicas atendidas.

Também possuem uma maior eficiência energética. A ave consegue ter melhor desempenho energético, pela conversão alimentar, ou seja, a ração fornece com grande eficiência energia para a ave se desenvolver, crescer, se reproduzir, cantar, voar, botar ovos, realizar muda de penas e etc.

A próxima vantagem, os tutores adoram! Estas rações são mais fáceis de armazenar do que as sementes, que estragam mais rapidamente.

As vantagens não param por aí, como falamos anteriormente, a ração extrusada possui grãos completos e, por isso, a ave não consegue selecionar aqueles ingredientes que mais gosta, resultando em uma alimentação incompleta. Também por não ter seleção de sementes, não há desperdício de cascas reduzindo em até 30% as perdas e a sujeira na gaiola e no ambiente.

Como acostumar a ave com a ração extrusada?

Um dos principais pontos a serem observados é que as aves têm prazer em selecionar e descascar sementes, pois é um hábito natural delas. Também existem sementes que são mais gordurosas e por isso são mais atrativas. Logo, a aceitação de ração para aves extrusada é mais delicada e deve ser feita de maneira sistemática.

A ave possui um aparelho digestório evoluído e adaptado para conseguir digerir sementes e grãos, que são duros e rígidos. As aves possuem no seu aparelho digestório enzimas e microrganismos, que são responsáveis por regular e realizar a digestão. Estes são adaptados para cada dieta, portanto, quando se muda um tipo de alimento, é necessário que a flora intestinal (enzimas e microrganismos) se adaptem à nova dieta. Esse processo de adaptação leva um certo tempo, que pode variar de acordo com o alimento e indicação do fabricante, e deve ser feito de maneira gradual.

Na fase de adaptação, a porção oferecida ao pet deve ter menos da nova ração extrusada e mais do alimento antigo. Aos poucos aumente a quantidade da ração nova e diminua da antiga, sempre levando em conta o período de adaptação ideal para cada animal. Essa estratégia auxilia no processo de adaptação ao novo alimento, evitando rejeições, além de evitar problemas gastrointestinais diversos.

Existem casos em que o animal não se adapta ao novo tipo de alimentação, mesmo seguindo as orientações da troca gradativa. É importante ressaltar que nestes casos, o animal deve se retornar para o alimento habitual, evitando transtornos alimentares e de saúde para a ave.

Qual a melhor ração para aves?

Existem rações específicas para cada espécie, levando em consideração os hábitos alimentares, necessidades nutricionais e seleção de alimentos. Então, são encontradas formulações específicas para Calopsita, Canário, Papagaio, Trinca-Ferro, Periquito, Arara, Tucano e por aí vai. As alterações ocorrem primeiramente no formato e tamanho de cada croquete, como são chamados os grãos da ração. Isso é muito importante porque facilita a apreensão com o bico de cada espécie.

Outra mudança é na composição básica da ração, em que o grupo de sementes varia. Algumas possuem alpiste, milho e senha, em outras, painço, níger e aveia, por exemplo.

E, por último, os níveis nutricionais, ou seja, as proteínas, gorduras, fibras e etc, são formulados pensando em cada espécie. Existem espécies que precisam de mais proteína e gordura, pois seu metabolismo é mais acelerado, já para outras o nível de proteína e gordura é reduzido,  pois o metabolismo da ave é mais lento. Isso evita excesso e escassez de energia.

Como funcionam os hábitos alimentares das aves?

As aves são os animais que possuem o mais diversificado cardápio em suas dietas. As variadas adaptações presentes no grupo, propiciam mais eficiência e maior abrangência na busca por fontes de alimentos. Sendo assim, esses animais se alimentam de néctares, frutas, insetos e principalmente grãos, sempre variando de acordo com a espécie.

As aves granívoras, como são chamadas aquelas que consomem grãos, de acordo com a espécie, podem consumir desde pequenas sementes de gramíneas, como o alpiste, até outras maiores como girassol. Inclusive, os Papagaios adoram!

O sistema digestório das aves possui órgãos para digerir alimentos duros e de difícil absorção, como são as sementes. Os dois principais órgãos são o papo e a moela. O primeiro, armazena e amolece a semente através das mucosas, enquanto o segundo, tritura o alimento, utilizando como auxílio para este mecanismo, pedriscos que são ingeridos de forma aleatória e se acumulam no interior da moela, resultando em maior atrito com alimento e otimizando assim à digestão.

Os fabricantes de alimentos para aves buscam, em suas composições, agrupar sementes compatíveis com os hábitos e as necessidades nutricionais de cada espécie. A maioria das aves comercializadas se alimentam de “misturas” de sementes.

Mistura de sementes in natura ou ração extrusada?

Além da ração extrusada, as misturas de sementes in natura também são muito usadas para a alimentação das aves. Elas possuem casca, que geralmente é descartada pelos pássaros, e a ave ingere somente o conteúdo interno chamado de endosperma primário, que é rico em nutrientes. Quanto mais fresca, melhor a qualidade da semente. As secas, opacas e envelhecidas devem ser descartadas!

Cada espécie possui predileção por determinados tipos de sementes. O Canário, por exemplo, prefere o alpiste. Já o Mandarim, o painço. O Papagaio, por sua vez, aprecia muito a semente de girassol.

Esse tipo de alimentação pode ser encontrado tanto com os grãos soltos, quanto compactados em forma de bastão. Ambos são bons petiscos para complementar a ração extrusada e enriquecer o ambiente da gaiola. Elas ainda estimulam o hábito presente nas aves granívoras de selecionar as sementes que mais gostam, se tornando um excelente passatempo.

As sementes possuem importantes nutrientes para o desenvolvimento das aves, pois são ricas em proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas, minerais e fibras. A porcentagem de cada nutriente pode variar de acordo com o tipo de grão. O girassol, por exemplo, é rico em gordura e por isso deve ser fornecido de forma controlada.

As aves se alimentam diversas vezes ao dia e, por isso, a mistura deverá ficar disponível o tempo todo, sempre em comedouro limpo e bem lavado. As cascas e as sementes envelhecidas devem ser retiradas diariamente.

Farinhada: complemento alimentar

A farinhada é considerada um complemento da alimentação da ave. Nela, podemos encontrar alguns minerais, vitaminas e ácidos graxos, tais como Vitamina E, Selênio e Ômega 3, que são agentes que melhoram a taxa de reprodução das aves. Diferente de um suplemento, que supre uma necessidade pontual relacionada à nutrição, a complementação vem para somar na dieta, trazendo benefícios a sua saúde e desenvolvimento.

A composição é feita de milho integral floculado, trigo integral, aveia integral, proteína texturizada de soja, ovo integral desidratado, mel, óleo de coco, semente de linhaça integral, níger, perila, premix vitamínico e mineral quelatado e outros ingredientes. A farinhada é indicada para todas as aves desde que se respeite os diferentes grupos de espécies. Existem farinhadas para psitacídeos, como Calopsita, Papagaio, Arara ou Periquito, e para aves silvestres, como Trinca-Ferro, Sabiá, Curió, Bicudo, Azulão e Coleiro. Além de existir farinhada para passeriformes como o Canário.

Algumas linhas, trazem vantagens como a presença de Creatina e L-Carnitina, que faz com que a ave produza e gaste energia de maneira adequada, evitando assim o excesso de peso. Algumas incluem nucleotídeos, prebióticos e probióticos, que atuam no bom funcionamento do intestino, deixando com que microrganismos úteis se desenvolvam.

Esse complemento deve ser oferecido às aves principalmente nos períodos mais críticos da vida do animal. O estresse, seja por causa de mudança brusca de temperatura, mudança de local onde a ave vive ou transporte são indicativos para uso de farinhada. Esse complemento também é indicado para o período de reprodução, em que o gasto energético é grande, ou a fase de muda, que é um processo natural que exige muito da ave para trocar as penas. Veterinários ainda indicam o produto para animais debilitados se recuperando de alguma enfermidade.

Para utilizar de maneira segura e eficiente, é recomendado um comedouro destinado apenas para farinhada. Isso evita o desperdício e ajuda o tutor a limitar a quantidade recomendada pelo fornecedor. Uma dica importante é oferecer em pequenas quantidades. A farinhada deve ser trocada todos os dias, com o recipiente higienizado e seco antes da utilização novamente.

Não se esqueça do bebedouro com água fresca e limpa, além de outro comedouro com o alimento principal.

Papa de ovo

Além da farinhada, a ração extrusada e o mix de sementes, a papa de ovo também é um tipo de alimentação para aves. Ela também é um complemento alimentar, ou seja, não substitui o alimento principal.

Esse item complementar pode ser dado às aves granívoras, que se alimentam de grãos e contém proteínas, vitaminas e minerais, em uma proporção adequada. Pode ser utilizada para vários tipos de aves, como passeriformes (Canários), exóticos (Mandarim, Diamante de Gould), psitacídeos (Calopsitas e Periquitos) e qualquer outro pássaro que ave que se alimenta de grãos e sementes.

A papa de ovo é utilizada em casos de manutenção, principalmente para aves adultas, que se encontram em bom estado de saúde, não passam por nenhuma alteração fisiológica, estresse, doença e muda de penas. É indicado para aquele criador ou tutor que queira complementar a dieta de seu animal com uma fonte de proteína, vitaminas e minerais.

A maneira mais usual de se fornecer a papa de ovo, é através de um comedouro extra destinado apenas para o complemento, além do comedouro para o alimento principal e um bebedouro com água limpa e fresca. A troca da papa ovo deve ser feita diariamente, assim como a higienização dos comedouros, sendo bem secos antes da nova utilização.

Agora você sabe tudo sobre a alimentação de aves, que tal conhecer outros cuidados? Confira os posts que separamos para você:

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