
A falta de cuidados com a higiene bucal pode levar à formação de placas bacterianas, que se transformam em tártaro, causando gengivite, mau hálito e outros problemas.
Quando isso ocorre, a tartarectomia – ou limpeza de tartaro em cachorro – é o procedimento necessário para restaurar a saúde dental e evitar complicações graves.
Neste artigo, o médico-veterinário Marcelo Tacconi (CRMV – 44031), esclarece as principais dúvidas sobre a tartarectomia canina e orienta tutores para manter a boca do cachorro sempre saudável.
A tartarectomia é um procedimento odontológico realizado por um veterinário para remover o acúmulo de tártaro dos dentes.
Segundo Marcelo Tacconi: “A tartarectomia é uma etapa essencial da profilaxia bucal que previne complicações sistêmicas, uma vez que infecções orais podem afetar órgãos vitais, como coração, rins e fígado.”
Além de tratar casos avançados, o procedimento é recomendado de forma preventiva. Ele deve ser complementado por uma rotina regular de escovação, uso de petiscos dentais e consultas periódicas.
O veterinário realiza uma avaliação completa – incluindo exames cardíacos, renais e hepáticos – para confirmar que o pet está apto para a intervenção.
Sob anestesia geral, que garante conforto e segurança, o profissional utiliza equipamentos de ultrassom e instrumentos odontológicos especializados para remover o tártaro, inclusive das áreas de difícil acesso.
Após a remoção, realiza-se o polimento dental, eliminando resíduos e bactérias dos dentes.
Em alguns casos, antibióticos podem ser prescritos antes e após a cirurgia para prevenir infecções. Os cuidados pré e pós-operatórios, sempre orientados pelo veterinário, são fundamentais para uma recuperação tranquila e eficaz.
Antes da tartarectomia, é essencial que o tutor siga rigorosamente as orientações do veterinário. Os cuidados comuns incluem:
Essas medidas preparam o animal para a cirurgia e promovem uma recuperação mais rápida.
Os cuidados pós-operatórios são essenciais para garantir uma recuperação segura, como explica o Marcelo Tacconi:
“Após a tartarectomia, é essencial administrar a medicação prescrita, oferecer alimentos macios, garantir acesso constante à água, limitar atividades intensas e monitorar qualquer sinal de complicação.”
Além disso, manter a higiene bucal conforme as orientações e agendar consultas de acompanhamento são medidas fundamentais para assegurar a completa recuperação do pet.
Quando realizada por um veterinário experiente e em ambiente adequado, a cirurgia é considerada segura. Antes do procedimento, uma avaliação completa do pet garante que ele seja um bom candidato, e os riscos potenciais são discutidos com o tutor.
Entretanto, como qualquer cirurgia, existem riscos, tais como:
Reações à anestesia geral
Possíveis reações alérgicas e complicações respiratórias ou cardiovasculares.
Infecção pós-operatória
Caso a higiene bucal não seja mantida adequadamente.
Porém, o veterinário esclarece: “Complicações pós-operatórias, como sangramento, inchaço ou dificuldades para comer, podem ocorrer. Além disso, o tártaro pode se acumular novamente se não forem adotadas medidas preventivas, como a escovação regular.”
O veterinário Marcelo Tacconi explica que os sinais que indicam a necessidade de uma tartarectomia são:
Caso você identifique algum desses sinais, é fundamental consultar um médico-veterinário para uma avaliação detalhada e, se necessário, realizar a tartarectomia.
Embora a tartarectomia seja o método mais eficaz para remover o tártaro em cães, existem abordagens alternativas que podem ajudar a prevenir o seu acúmulo ou até evitar a intervenção cirúrgica em estágios iniciais.
Enxaguantes bucais e soluções antissépticas – recomendados pelo veterinário – podem complementar os cuidados diários.
É fundamental discutir essas opções com um profissional, que desenvolverá um plano de cuidados dentários personalizado, levando em conta a saúde bucal atual do seu pet.
No entanto, em casos mais avançados, a tartarectomia continua sendo necessária.
Confira as respostas para as dúvidas mais comuns:
O tártaro é o resultado da mineralização da placa bacteriana acumulada ao longo da linha da gengiva. Com o tempo, esse acúmulo pode levar a diversos problemas, como:
Por isso, a tartarectomia é indispensável para prevenir doenças periodontais em cachorro e manter a saúde bucal do pet em dia.
Manter uma rotina regular de higiene bucal é fundamental. Algumas medidas importantes incluem:
Para uma escovação eficaz, siga estes passos:
1. Primeiramente, escolha um momento calmo e tranquilo para realizar o procedimento. Prefira momentos em que seu cachorro esteja relaxado, evitando situações estressantes.
2. Utilize uma escova de dentes e pasta específicas para cães, evitando produtos destinados a humanos, pois estes podem conter ingredientes prejudiciais aos animais.
3, Ao introduzir a escovação dos dentes, permita que seu cachorro cheire e se familiarize com a pasta de dentes e a escova antes de começar. Isso ajuda a reduzir qualquer resistência ou desconforto durante o processo.
4, Inicie a escovação com movimentos suaves e delicados, focando especialmente na linha da gengiva e nos dentes posteriores, onde o acúmulo de placa é mais comum. Certifique-se de realizar movimentos circulares para uma limpeza eficaz.
5. Reforce o comportamento positivo do seu cachorro durante a escovação, oferecendo elogios verbais ou pequenas recompensas após cada sessão. Isso ajuda a tornar a experiência mais agradável e reforça a associação positiva com a escovação dos dentes.
Para mais dicas detalhadas, confira o artigo especial sobre escovação no Blog da Cobasi.
A avaliação bucal deve iniciar a partir dos 6 meses de idade. A partir de 1 ano, recomenda-se que os cães passem por limpezas regulares, com atenção especial para animais idosos, que podem demandar cuidados ainda mais frequentes.
Em cães idosos, a saúde bucal requer atenção redobrada, pois o sistema imunológico enfraquece com a idade, aumentando a vulnerabilidade a infecções. Assim, o desgaste natural dos dentes e a presença de doenças crônicas podem acelerar o acúmulo de tártaro.
Portanto, é importante:
Essas medidas ajudam a prevenir complicações e garantem que o pet mantenha uma boa qualidade de vida.
Gostou do conteúdo? Se ainda tiver dúvidas, continue a visita no Blog da Cobasi e saiba muito mais sobre a saúde bucal dos cães. Até a próxima!
Formado em Medicina Veterinária pela UNESP/FMVA e com MBA em Neurociência, Consumo e Marketing pela PUC-RS, Marcelo divide a vida com seus pets, Meg e Valentina, que trazem alegria ao seu dia a dia.
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