
Cachorro não pega dengue, mesmo se for picado pelo mosquito Aedes aegypti. Isso acontece porque o organismo canino possui características que impedem a multiplicação do vírus em seus tecidos.
O mesmo vale para outras doenças transmitidas por esse mosquito, como zika vírus, chikungunya e febre amarela — nenhuma delas consegue infectar cães.
Ainda assim, os tutores precisam ter cuidado com o Aedes aegypti e outros mosquitos, que podem transmitir doenças como a dirofilariose, como alerta o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB).
Por isso, entender os verdadeiros riscos e adotar medidas de prevenção é essencial para proteger a saúde do seu pet, especialmente em épocas de maior incidência de mosquitos, como o verão e os períodos de chuvas.
A seguir, você vai descobrir quais doenças preocupam, os sintomas que merecem atenção e as melhores formas de proteger seu cachorro.
Sim, o mosquito da dengue pode picar o cachorro, assim como pica humanos. O Aedes aegypti se alimenta de sangue e, ao encontrar um cão, pode picá-lo.
Entretanto, a picada não transmite o vírus da dengue para o pet, porque o vírus não consegue se replicar no organismo canino.
Embora o risco de dengue em si não exista, a picada do mosquito representa perigo por ser vetor de outras doenças parasitárias graves.
Algumas doenças importantes transmitidas por mosquitos aos cães incluem:
Transmitida principalmente pelo Aedes aegypti e outros mosquitos, a dirofilariose é causada pelo parasita Dirofilaria immitis.
Os vermes adultos se alojam no coração e nos pulmões, comprometendo a circulação e podendo levar à insuficiência cardíaca grave.
A leishmaniose é uma doença causada pelo parasita Leishmania, transmitido pelo mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis). É uma zoonose grave que compromete vários órgãos e pode ser fatal. A condição não tem cura!
Transmitida principalmente pelo carrapato-estrela (Amblyomma cajennense), mas há registros em regiões com alta presença de vetores hematófagos. Afeta as células sanguíneas, causando anemia, sangramentos e imunossupressão.
A babesiose é outra doença transmitida por vetores, causada pelo protozoário Babesia spp., que invade os glóbulos vermelhos, levando à destruição celular e anemia grave.
Além dos mosquitos, as moscas também representam um risco para os animais domésticos.
Esses insetos podem ser atraídos por feridas abertas, onde depositam ovos que dão origem a larvas parasitárias, causando doenças como miíase (conhecida popularmente como “bicheira”) e berne.
Essas condições são dolorosas e podem evoluir rapidamente se não forem tratadas. Felizmente, o tratamento é possível, mas a melhor abordagem continua sendo a prevenção, evitando feridas expostas e mantendo o ambiente sempre limpo e protegido contra insetos.
Os sintomas podem variar conforme a doença, mas é importante ficar atento se o cão apresenta sinais como:
Ao identificar qualquer um desses sinais, leve o pet ao veterinário para diagnóstico e início do tratamento.
A seguir, veja as principais formas de proteção antiparasitária e os cuidados ambientais que ajudam a manter seu pet seguro no dia a dia.
A proteção contra mosquitos em cães deve ser feita com produtos antiparasitários específicos para uso veterinário, que oferecem não apenas repelência, mas também barreiras efetivas contra infecções transmitidas por vetores.
Entre as principais formas de proteção estão:
Nunca utilize repelentes de uso humano nos cães, pois muitos ingredientes podem ser tóxicos para pets. Na Cobasi, você encontra produtos seguros e eficazes para proteger o seu cachorro contra mosquitos e outros parasitas.
A prevenção contra a reprodução dos mosquitos é essencial para manter seu cachorro saudável. Confira algumas dicas importantes:
O Aedes aegypti se prolifera em água parada. Elimine qualquer recipiente que possa acumular água, como vasos, pneus e baldes. Aqui vão algumas dicas especiais:
Mantenha o ambiente interno e externo sempre limpo, sem acúmulo de lixo, livres de entulhos ou matéria orgânica que possa atrair moscas e mosquitos.
Quem mantém vasos e jardins em casa precisa ter atenção redobrada. Acúmulo de água em pratinhos de plantas, bromélias e outros recipientes pode criar focos para o Aedes aegypti e aumentar o risco de doenças.
Essas práticas não apenas ajudam no controle da dengue, mas também protegem seu pet e toda a família contra a proliferação de mosquitos transmissores de doenças. Confira um artigo com 8 dicas para jardins e vasos seguros na prevenção contra a dengue.
Durante a época de chuvas e calor, o risco de surtos de mosquitos aumenta. Redobre a atenção com as medidas preventivas nesse período.
O conteúdo te ajudou? Continue no Blog da Cobasi para conferir mais dicas de saúde, prevenção e bem-estar para o seu pet viver com mais segurança e qualidade de vida. Até a próxima!
| Atualizada em
Sou jornalista desde 2016 e vivo cercado pelos meus pets! Sou pai do Zé e do Tobby, um Shih Tzu e um Vira-lata, da Mary, uma gatinha branca, e do Louro, um papagaio (claro!). Escrevo para Cobasi ajudando outros tutores a cuidar dos seus pets.
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