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A leishmaniose canina é uma doença infecciosa causada por protozoário e transmitida por meio da picada de insetos vetores, os flebotomíneos, popularmente chamados de “mosquito palha” ou “cangalhinha”.
A condição, também conhecida como calazar, é uma zoonose, podendo acometer cães e seres humanos e, muitas vezes, sendo fatal.
Ainda existem muitas dúvidas e mitos sobre a doença, e com o crescente aumento dos casos no Brasil – segundo Ministério da Saúde, em 2024, houve 5.010 novos casos – acende-se a necessidade de conhecer tudo sobre a leishmaniose.
Para você saber como cuidar do seu pet e da sua família, convidamos a médica-veterinária Lysandra Barbieri (CRMV-SP – 44484), analista de Educação Corporativa na Cobasi, para explicar os seguintes tópicos:
A leishmaniose canina é uma infecção parasitária causada pelos protozoários do gênero Leishmania, transmitida para cães e humanos pelo mosquito flebotomíneo, conhecido popularmente como mosquito-palha, de nome científico Lutzomyia longipalpis.
A doença ataca o sistema imunológico, causando uma série de agravantes à saúde dos cães, como explica a veterinária Lysandra Barbieri.
“Um cachorro com leishmaniose apresenta:
Vale ressaltar que existem dois tipos de leishmaniose: cutânea e visceral. Cada uma é causada por um protozoário diferente. Mas, quando a doença acomete os cães, na maioria das vezes, estamos falando da leishmaniose visceral.
É uma zoonose que pode levar a óbito até 90% dos casos. No Brasil, a principal espécie responsável pela transmissão é a Lutzomyia longipalpis. Mas, também ocorre pela picada de fêmeas do inseto mosquito palha, asa-dura, tatuquiras, birigui, dentre outros.
É uma doença infecciosa, não contagiosa, que pode provocar úlceras na pele e mucosas. A doença é causada por protozoários do gênero Leishmania.
A leishmaniose canina não tem cura, apenas tratamento paliativo para garantir a qualidade de vida do animal e evitar a transmissão da doença.
A veterinária Lysandra Barbieri reforça: “Antigamente, era comum (e obrigatório) a eutanásia dos animais infectados. Mas hoje, existe o que chamamos de cura clínica, que atua na remissão total dos sintomas”, explicou.
Uma vez diagnosticado com a doença, o cachorro passará por um monitoramento veterinário durante toda a sua vida e terá um tratamento individualizado para que o animal não apresente sintomas clínicos da leishmaniose.
Mas, além do tratamento, a prevenção para evitar a transmissão da leishmaniose é muito importante.
Os tutores podem realizar ações de proteção individual e manejo do ambiente, como: usar repelentes e coleiras que atuam no controle dos mosquitos vetores da leishmaniose em cães, por exemplo.
Sobre como se pega a Leishmaniose canina, muitas pessoas acreditam que é transmitida a partir do contato direto com o cachorro por meio de saliva e mordidas. Porém, isso é um mito.
A leishmaniose não é contagiosa, ou seja, não se transmite diretamente de uma pessoa para outra, nem de um animal para outro, muito menos de animais para as pessoas.
Na verdade, a transmissão ocorre quando a fêmea do mosquito-palha, por meio da picada, transporta o parasita em seu organismo e deposita em um animal saudável, provocando a doença, tanto em cães como em humanos.
A maioria dos cães não apresentam sinais clínicos visíveis. Isso ocorre porque a Leishmaniose pode ser uma doença silenciosa, ficando incubada de 3 até 6 anos.
Inclusive, os casos assintomáticos são bem comuns, dificultando o diagnóstico precoce.
Porém, quando se manifesta, os principais sintomas da leishmaniose visceral canina são:
Apresentando ou não os sintomas, é sempre recomendado fazer um acompanhamento anual com um médico-veterinário de confiança.
Quanto mais cedo o diagnóstico, maior será o efeito do tratamento.
Para o diagnóstico da leishmaniose, o veterinário vai observar alguns dos sinais clínicos, como lesões de pele e crescimento anormal das unhas, além de consultar o tutor sobre a região que o animal frequentou nos últimos meses.
O profissional também pode solicitar exames laboratoriais, como investigação histopatológica (observação do parasita nos tecidos do corpo), citologia aspirativa (aspiração das células) e coleta de sangue de sorologia.
Atualmente, existem soluções medicamentosas que ajudam a reduzir os sintomas da doença, com a missão de melhorar a qualidade de vida do animal.
O tratamento contra leishmaniose canina consiste em proteger o organismo contra agentes e corpos estranhos. Se não tratada, o protozoário Leishmania infantum pode evoluir para órgãos importantes, como o fígado e a medula óssea.
Todas as etapas do tratamento devem ser acompanhadas pelo médico-veterinário, que mesmo não podendo curar a doença, tem um papel importante para o resto da vida do pet.
Para evitar a doença, existem ações preventivas essenciais para proteger toda a sua família. A veterinária Lysandra Barbieri destacou alguns dos cuidados mais indicados:
Uma das maneiras mais simples e eficazes de prevenção da leishmaniose canina é o uso de coleiras antipulgas. Uma vez fixadas no pet, elas evitam o aparecimento e picada do mosquito-palha, principal vetor da doença.
“O mosquito-palha gosta de locais com acúmulo de matéria orgânica, por exemplo, restos de frutos e fezes de animais. Portanto, é muito importante manter o seu lar sempre limpo para não dar chance ao inseto”, explicou a veterinária Lysandra.
Uma outra forma de prevenção da doença era por meio da vacinação. Mas, em maio de 2023, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) notificou que a vacina contra leishmaniose está suspensa no Brasil, sem previsão de retorno.
O motivo da suspensão foi ocorreu após a Ceva Saúde Animal, fabricante da Leish-Tec, identificar “desvios” em seis lotes da vacina: 029/22, 037/22, 043/22, 044/22, 060/22, 004/23.
O Mapa informou que “desvio de conformidade do produto, pode ocasionar falta de eficácia da vacina, gerando risco à saúde animal e à saúde humana”.
A leishmaniose canina está presente em todos os estados do Brasil, que respondem por, aproximadamente, 90% dos casos na América Latina. São registrados no país, em média, 3.5 mil casos por ano.
Para monitorar a situação epidemiológica dos dois tipos principais de leishmanioses no Brasil, o Ministério da Saúde criou uma ferramenta que traz informações sobre o número de casos, óbitos e a taxa de letalidade.
O projeto foi desenvolvido a partir da parceria entre a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente e o Núcleo de Epidemiologia e a Vigilância em Saúde da Fiocruz Brasília.
Mantenha-se atualizado sobre os casos de leishmaniose no Brasil. Veja os painéis:
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Jornalista, é apaixonado por futebol, basquete e, claro, pets! Além de bater uma bolinha e escrever para o Blog da Cobasi, o Joe curte a vida ao lado dos seus melhores amigos: os cachorros vira-latas Zé e Tobby, a gata Marry e o papagaio Louro.
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Preciso fazer o tratamento do cão
Estou com um cachorro espirrando muito e sangrando o nariz pode ser Leximaniose?
Oi Maria, como vai? Recomendamos que você procure um médico-veterinário 🙂