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A vacina para cachorro é um cuidado fundamental na prevenção de doenças. A prova disso é que a raiva em cães e gatos foi praticamente erradicada na América Latina, por causa das campanhas de imunização contra a doença realizadas nas últimas décadas.
Para explicar tudo o que você precisa saber sobre o calendário vacinal de cachorros, convidamos a médica-veterinária Joyce Lima, da Educação Corporativa da Cobasi, que vai nos contar pra gente sobre as vacinas disponíveis em território brasileiro, quais as doenças que podem ser prevenidas pelos imunizantes e muito mais. Confira!
Uma das principais preocupações que o tutor de cães precisa ter é quais vacinas o cachorro deve tomar. Esse cuidado começa quando o pet ainda é um filhote com cerca de 45 dias e deve se estender por toda a vida do animal.
Portanto, a tabela de vacinação para cães precisa ser seguida à risca para prevenir a circulação e ocorrência de zoonoses – doenças que afetam os animais e humanos – como a raiva, e outras doenças altamente letais, como a cinomose e a parvovirose.
Saiba mais sobre a cinomose canina, no vídeo da TV Cobasi, a seguir:
Em todos os casos, para proteger o seu cachorro de diversas doenças, é importante seguir o calendário de vacinação e estar atento ao reforço periódico conforme às orientações do veterinário.
Como é importante todo tutor saber quando cada vacina deve ser administrada, separamos as principais informações sobre como funciona o calendário de vacinação.
Conhecidos como polivalente ou vacina múltipla, esses imunizantes são fundamentais na prevenção de diversas doenças. Eles variam tanto no tipo de tecnologia utilizada (fragmentos de vírus, vírus enfraquecido, entre outras), até na quantidade de doenças as quais eles previnem.
Inclusive, os nomes variam de acordo com a quantidade de doenças, cepas de vírus ou bactérias que previnem. A vacina V10 para cachorro deve ser aplicada em filhotes a partir de 45 dias de vida (ou 6 semanas de idade). Inicialmente, são de 3 a 4 reforços de vacina realizados com intervalo de 21 a 30 dias, entre elas. Após esse período, os reforços devem ser realizados anualmente.
Vale ressaltar que o veterinário de sua confiança, que conhece a rotina do seu animal e o seu dia a dia, pode alterar as frequências das etapas de vacinação pensando no cenário ideal para o seu pet.
Em outras palavras, o profissional pode aumentar o número de doses ou até reduzir o intervalo entre elas. Portanto, sempre consulte um médico-veterinário de confiança para validar qual o melhor protocolo de vacinação para o seu pet.
Saiba quais são as doenças prevenidas pela V10:
A cinomose é uma infecção viral altamente contagiosa, que afeta os sistemas nervoso, respiratório e digestivo do animal. Essa doença pode ser curada, mas seu tratamento é realizado de acordo com os sintomas que o animal apresenta, sendo altamente intenso, longo e caro.
Além disso, o vírus CDV, ou Canine Distemper Virus, é muito agressivo e é muito comum o óbito em cães filhotes ou doentes. O tratamento é feito com medicamentos que ajudam a manter a imunidade alta para que o próprio organismo do animal combata o vírus.
É comum que os animais curados tenham sequelas por toda a vida, sendo as mais comuns perda de consciência, alterações de equilíbrio e locomoção, paralisia, paraplegia, tetraplegia e convulsões.
Esta doença pode ser contraída em qualquer lugar por onde um animal infectado tenha deixado o vírus: por meio da saliva, espirros ou fezes, por exemplo. Além disso, o vírus pode estar presente em ambientes como parques, ruas e até ser levado para dentro de casa pelas roupas e sapatos dos tutores. O que só reforça a importância da vacinação ser feita corretamente.
Uma doença grave que afeta o sistema digestivo do pet, gerando diarreia e vômito frequente, levando o animal à desidratação. Os cães adultos costumam ser mais resistentes ao parvovírus canino, mas é comum o óbito em filhotes. Não deixe de vacinar!
Enquanto o coronavírus que atinge humanos não infecta os cães, o coronavirose canino também não pode afetar as pessoas. Sendo assim, não é considerada uma zoonose. Mas não é por isso que não deve ser prevenida. A doença causa diarreia e desidratação intensas.
A hepatite infecciosa canina é uma doença causada pelo Adenovírus Canino Tipo 1 (CAV-1), que se dissemina por meio da corrente sanguínea do cão e causa a necrose hepática aguda. Os principais sintomas iniciais são:
Conforme a doença evolui, os sintomas neurológicos começam a se apresentar, como o andar em círculos, o ato de pressionar a cabeça contra a parede, desorientação, convulsões e até cegueira, hemorragia no sistema nervoso central e coma.
A leptospirose é uma zoonose, já que afeta cães e humanos. Causada pela bactéria Leptospira, a doença é transmitida principalmente pelo contato com a urina de ratos contaminados.
Altamente contagiosa, a leptospirose pode ser contraída em um simples passeio na rua. Sendo assim, manter seu pet vacinado é a opção mais eficaz para a saúde do cachorro e de toda a sua família.
Existem diversas cepas da bactéria Leptospira e a quantidade de tipos abrangidos pela vacina, sendo a sua presença a principal diferença entre as vacinas V8, V10, V11 e V12.
É importante enfatizarmos que algumas dessas cepas não existem em território nacional, portanto, é fundamental que o tutor consulte um veterinário de confiança para que ele aplique o imunizante que mais se adequa à rotina e exposição do seu animal.
A Parainfluenza é uma doença viral que causa destruição das células da mucosa de diversos órgãos do sistema respiratório (como a mucosa nasal, da laringe, faringe, traqueia e brônquios). Nos casos mais brandos, os sinais podem ser quase imperceptíveis, porém, nos casos mais graves, o animal pode desenvolver bronquite e pneumonia, levando à mortalidade, principalmente dos filhotes.
Esta vacinação canina possui um protocolo vacinal diferenciado para filhotes e adultos, como explica a veterinária: “de uma forma geral, recomenda-se que as vacinas múltiplas para cães (V8, V10, V11 ou V12) sejam aplicadas em 3 doses com o intervalo de 3 a 4 semanas entre elas, não excedendo isso, caso contrário, irão perder seu efeito inicial de estímulo à imunidade”, comentou.
Nos adultos, é recomendável o reforço anual ou o exame de titulação vacinal canina para avaliar os níveis de anticorpos contra as doenças listadas. Siga sempre a orientação do médico-veterinário do seu pet e mantenha seu cachorro livre de doenças que podem matá-lo.
A vacina antirrábica para cachorro é a mais difundida entre os tutores de pets. Por se tratar de uma doença muito grave e que é considerada zoonose, ou seja, que pode infectar humanos, as campanhas pela imunização contra raiva canina foram e ainda são muito comuns.
Hoje em dia, a maioria das cidades brasileiras contam com campanhas de vacinação gratuita. No entanto, os tutores também encontram a vacina à disposição em clínicas veterinárias, sendo a sua aplicação extremamente recomendada.
De forma geral, esta é uma vacina de cachorro, que deve ser aplicada junto com a última dose da vacina V10, ou V8, V11 e V12, em filhotes. O imunizante também exige reforços anuais para manter a eficácia.
Esta aplicação tem uma peculiaridade. É a mesma vacina para cães e gatos, visto que a doença pode afetar ambos. A raiva também pode contaminar humanos, morcegos, macacos e outros mamíferos.
A vacina para cachorro contra gripe é muito conhecida como vacina contra a tosse dos canis. Isso porque a traqueobronquite infecciosa canina (TIC) é facilmente transmitida em locais com muitos cães. Bem parecida com a doença em humanos, não é?
Assim como nos humanos, a vacina de gripe canina tem o propósito de prevenir a doença e evitar que apresentem sintomas muito fortes. São eles:
Se não tratada, a gripe canina pode evoluir para pneumonia. Mas, além disso, essa é uma vacina que os veterinários costumam recomendar para cães que ficam em creches, visitam parques e até mesmo aqueles que encontram outros pets nos passeios diários. O imunizante também exige reforços anuais.
A vacina contra a giardíase não previne, mas reduz muito a incidência e a gravidade da doença e é recomendada por muitos veterinários.
A giardíase pode ser transmitida para os humanos e é causada por um protozoário. Ela acomete o sistema digestivo causando diarreia intensa com muco e sangue, vômitos, desidratação, falta de apetite, letargia e cansaço.
O protocolo também pode variar de um veterinário para o outro, mas o mais comum é o de 2 doses iniciais e o reforço anual com 1 dose. Procure seu veterinário e se informe sobre a necessidade dessas vacinas para cachorros.
A imunização dos filhotes começa com o leite materno chamado colostro. Isso mesmo! Esse leite produzido pela mãe nas primeiras 72 horas após o parto é rico em proteínas e anticorpos e mantém o bebê protegido até por volta dos 45 dias de vida. “É exatamente quando deve ocorrer a primeira dose das vacinas múltiplas”, complementa a médica-veterinária Joyce Lima.
Sendo assim, a primeira vacina do cachorro deve ser dada por volta dos 45 dias de vida e o calendário de imunização começa com a vacina múltipla, que protege contra cinomose, parvovirose e outras doenças.
Existem veterinários que recomendam 3 e outras 4 doses do mesmo fabricante, mas sempre com o intervalo de 3 a 4 semanas entre elas. Siga a orientação do profissional de sua confiança e faça os reforços anuais.
A vacina para cachorro filhote é a mesma dada para adultos, mas deve ser feita anualmente para ter eficácia. As demais vacinas, como antirrábica, tosse dos canis e leishmaniose, costumam ser indicadas somente após o término das doses da vacina múltipla.
A recomendação de cada veterinário pode variar, mas sempre será baseada em estudos científicos e buscando o melhor para o seu pet.
As vacinas anuais do cachorro são as mesmas dadas aos filhotes: polivalente, antirrábica e gripe. O reforço anual foi definido por veterinários por causa da curva imunológica.
Então, para manter a imunidade total do organismo e, consequentemente, prevenir as doenças, o tutor deve respeitar os prazos determinados pelo veterinário. Caso não seja feito o reforço ou este atrase, a curva imunológica cai, expondo o animal.
O reforço anual da vacina é a recomendação mais segura para não deixar o pet desprevenido. Entretanto, existem alguns profissionais que optam pela realização do exame de titulação canina, que avalia a curva imunológica. Dessa forma, é possível indicar qual vacina precisa ou não de reforço.
Esse segundo protocolo é mais incomum, pois aumenta bastante o valor investido pelo tutor. Sendo assim, a vacinação anual é a forma mais segura e econômica de manter seu pet saudável.
Confira algumas das dúvidas mais comuns dos tutores quando o assunto é a vacinação do seu cachorro.
No geral, o preço da vacina para cachorro filhote e para adulto é o mesmo, pois são os mesmos imunizantes. No entanto, os filhotes devem receber mais doses do que os cães adultos.
Em média, os valores giram em torno de R$60 a R$150 por dose. Porém, o preço da vacina para cachorro varia muito desde o tipo de imunizante, passando pela clínica e pela localidade, até a procedência. Os veterinários podem aplicar tanto a vacina importada para cachorro quanto a vacina nacional para cães.
Não é recomendável aplicar as vacinas para cães sem um médico-veterinário. Apesar da aplicação em si ser algo relativamente simples, pode vir a ser potencialmente perigoso.
Antes de fazer a injeção no animal, o veterinário precisa realizar uma avaliação da saúde do pet. Por exemplo, animais debilitados não devem ser vacinados, pois a ação da vacina para cachorro pode derrubar a imunidade do animal e diversas doenças podem eclodir.
Só um especialista é capaz de verificar a condição de saúde do pet e pedir exames caso considere necessário. Isso torna a vacinação do cachorro muito segura e eficaz.
Vacinas como a antirrábica – que é a imunização contra a raiva – são obrigatórias por lei. Porém, existem outras vacinas que não possuem a mesma adesão dos tutores. Os motivos vão desde o fato desses imunizantes não pertencerem às campanhas de vacinação gratuitas, passando pelos movimentos antivacina, até a falta de informação sobre cobertura vacinal.
Até hoje, não existe nenhuma vacina contra carrapato segura para a utilização em cães. A proteção contra esses parasitas deve ser feita com coleiras, medicamentos orais ou de uso tópico.
A injeção para cachorro não engravidar, na verdade, é um inibidor do cio em cadelas, não uma vacina. Esse medicamento é recomendado por alguns veterinários para casos em que a gestação acarreta risco de morte e a castração não pode ser realizada por causa da saúde do animal.
Existem muitos profissionais que não recomendam esse medicamento pelos efeitos colaterais, que vão desde o mal-estar até o câncer agressivo. Para evitar gestações, a castração ainda é a opção mais segura e eficaz.
Então, dúvidas como, por exemplo, “será que pode vacinar cachorra no cio?” precisam passar essa validação do médico-veterinário para analisar a saúde e a imunidade do animal. Caso esteja saudável, ela pode ser imunizada. Entretanto, existem profissionais que preferem esperar o cio passar, pois o período gera muitas alterações no organismo.
Ainda tem dúvidas sobre as vacinas para cão? Dê o play e confira o vídeo sobre a imunização de cachorro:
Ficou com alguma dúvida? Deixe a sua pergunta nos comentários. Até a próxima!
Estou com uma cachorra de 7 meses que peguei de maus-tratos e ela veio com a doença do carrapato. Já cuidei fiz exame pra detectar a doença dei remédios. Agora ela esta ótima porém sem vacina por que eu tinha dado a 1 dose da v8 e descobri a doença depois, ai tive que parar, mas agora ela come bem dorme bem enfim esta ótima. Infelizmente não tenho dinheiro para repetir todos os exames,perdi meu emprego e preciso dar continuidade nas vacinas eu gostaria de saber se posso dar continuidade nas vacinas.
Oi, Sueli, como vai? Ficamos muito felizes que a sua cachorrinha ficou bem. Algumas prefeituras oferecem veterinários gratuitos, que podem realizar consulta e até vacinar o seu pet. Ainda existem hospitais públicos e veterinários com preços populares. Recomendamos que pesquise esses locais na sua cidade. Confira mais informações no site: https://cobasicuida.com.br/ =)
Muito boa as explicações me ajudou a tira minhas dúvidas muito obrigado
Qual o preço em média da aplicação das vacinas antirabica e V10 em cães nos petshops?
Olá Neusa, boa tarde! Os preços das vacinas para cães podem variar entre diferentes pet shops e regiões. Recomendo entrar em contato diretamente com pet shops locais ou consultar seus sites para obter informações específicas sobre os custos da aplicação das vacinas antirrábica e V10 para cães.
Adorei saber tudo sobre vacinas