Sejamos claros, a calopsita sente calor como a maioria dos animais. Não importa se estamos falando dos animais de sangue quente ou os de frio, a percepção da temperatura é um mecanismo de sobrevivência. Seja essa percepção consciente ou não.
Afinal, quando este mecanismo apresenta falhas, o mais provável é que os animais morram. Lembra do caso dos sapos na panela que não percebem o aumento gradual da temperatura? A falha na percepção da temperatura ambiente costuma ser fatal.
E cada animal tem um jeito próprio de controlar a temperatura do corpo. Os animais de sangue frio, por exemplo, quando precisam aumentar a temperatura tomam longos banhos de sol e quando precisam diminuir buscam sombras e locais frescos como buracos e frestas entre pedras.
No caso dos animais de sangue quente, como nós e as aves, a temperatura é equilibrada pelo próprio organismo. Esse mecanismo é chamado de homeotermia. É como se o corpo tivesse um termostato que aciona modos de resfriamento ou aquecimento quando a temperatura sai da faixa ideal.
Ou seja, quando pensamos na relação que as calopsitas têm com o calor ou o frio estamos falando em uma relação homeotérmica com o ambiente. Porém, embora sejam mecanismos desenvolvidos por adaptação evolutiva por milhares de anos, a relação de equilíbrio térmico com o ambiente é muito sensível. A regulação homeotérmica só é o bastante nas condições ambientais adequadas a cada espécie.
Embora a faixa de temperatura corporal saudável das calopsitas varie entre os 39ºC e os 42ºC, elas não gostam de ambientes muito quentes ou abafados. Pelo contrário, o clima ideal para as calopsitas é ameno e arejado, com a temperatura ambiente por volta dos 24ºC.
Ainda assim, é a interação constante com o ambiente que vai determinar as sensações de frio ou calor, ou seja, a percepção de que as temperaturas estão abaixo ou acima do equilíbrio térmico necessário para cada animal.
Uma calopsita com frio, por exemplo, vai eriçar as penas para criar uma camada de ar que sirva como isolante térmico. Quando uma calopsita sente calor, por outro lado, ela mantém as penas bem próximas ao corpo, eliminando essa camada de ar.
Outra estratégia que elas utilizam para diminuir a temperatura corporal é deixar as asas abertas. Dessa maneira elas aumentam a área do corpo em contato com o ambiente, ajudando na troca de temperatura.
O mesmo vale para a respiração. Quando a calopsita sente calor ela fica com respiração mais acelerada. Ela faz isso para acelerar a troca de temperatura entre o ar e o sangue nos pulmões, a fim de evitar o superaquecimento do corpo.
Por isso, quem é tutor desse lindo pássaro deve estar atento não só aos cuidados básicos de carinho, alimentação e limpeza, mas também ao controle do ambiente. Nossa casa, afinal, é também a casa dos pets. Garanta sempre que seu bichinho não sofra com temperaturas inadequadas.
Assim, se você mora em um local muito frio, garanta um aquecedor de gaiola e um local longe de rajadas fortes de vento. Por outro lado, se você mora em um lugar que faz muito calor, procure arejar o ambiente ao máximo, deixe a gaiola em locais sombreados e forneça água e fruta fresca ao seu animal.
Por fim, lembre-se: alguns graus a mais ou a menos podem ser a diferença entre vida e morte. Garanta um ambiente saudável e fique de olho nos sinais da calopsita com calor – ou da calopsita com frio! – para ajudar sempre que necessário.
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