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Uma das espécies mais peculiares da fauna silvestre é o camaleão (Chamaeleo Chamaeleon). Um animal que anda com lentidão, consegue girar os olhos em até 360° e até pode mudar de cor. Mas, não pense que é só isso, tem muito mais curiosidades que você precisa conhecer sobre esse bichinho. Continue a leitura e saiba mais!
Pertencente à família Chamaeleonidade, os camaleões são répteis da ordem Squamata. De acordo com alguns estudos, há cerca de 65 milhões de anos, esses animais se lançaram ao mar rumo à África, mais especificamente em direção à Ilha de Madagascar.
Atualmente, existem cerca de 150 a 160 espécies de camaleões, sendo sua grande maioria de origem africana, como também da península arábica, sul da Espanha, Sri Lanka e Índia. No Brasil, é possível encontrar algumas dessas espécies, porém não são nativos daqui, mas sim reflexo da colonização dos portugueses no país.
Com um corpo estreito, os camaleões podem medir cerca de 60 centímetros de comprimento. Suas patas fortes são compostas por dedos fundidos – fusão das partes moles e ósseas dos dedos – que funcionam como pinças para agarrar-se às superfícies de árvores.
Uma das principais características do camaleão é a sua cauda preênsil, que é muito importante para esse animal, pois é afiada e retrátil, sendo útil para prender ou agarrar. Geralmente está enrolada, mas pode servir tanto para ataque quanto para defesa.
Para nos contar mais sobre as extraordinárias particularidades dos camaleões, convidamos a especialista Joyce Lima, médica-veterinária da Educação Corporativa da Cobasi, para esclarecer algumas dúvidas sobre a espécie. Confira!
Depende. A grande maioria das espécies que compõem a família dos camaleões são animais naturalmente diurnos, porém existem exceções.
De acordo com Joyce Lima: “a luz do sol é fundamental para esses animais pois, por serem répteis, os camaleões não têm controle da própria temperatura corporal, ou seja, dependem diretamente do calor do sol para se aquecerem.”, comenta.
Ela ainda acrescentou que: “além disso, é durante o dia que esses répteis produzem Vitamina D3 e se alimentam com maior facilidade. Vale destacar que esse é o momento em que os pequenos insetos mais se movimentam na copa das árvores, uma das principais fontes de alimento dos camaleões.”
Os camaleões possuem células especiais na sua pele que possibilitam essa modificação de cores de acordo com a iluminação do ambiente e isso faz com que o animal se camufle no ambiente, “copiando” as cores dele.
Aprofundando um pouco mais, a mudança de cor do animal está relacionada aos nanocristais do corpo. De maneira organizada, essa partícula forma um tipo de “grade” dentro de células específicas – conhecidas como iridóforos -, essa ação reflete luzes de diferentes formatos. Sendo assim, quando o camaleão relaxa a pele, ele muda a estrutura dos nanocristais, o que resulta na alteração das cores.
Depende da espécie. A família dos camaleões é grande, como mencionamos, então algumas delas possuem línguas pequenas, de apenas um centímetro, enquanto outras podem medir até 60 cm.
Em comum existe a característica da língua ser retrátil, ou seja, ela se projeta para fora da boca e, de acordo com a espécie, pode atingir até um metro de distância. Em sua ponta há uma saliva extremamente pegajosa que ajuda a capturar a presa.
A língua evoluiu de acordo com o hábito alimentar da espécie, ou seja, por ser um animal muito lento, ele não possui habilidades de caça e então usa essa língua como um estilingue.
“A principal forma de comunicação dos camaleões é através das cores, dependendo da espécie as cores e intensidade podem variar – as mudanças são reações às emoções que o animal está sentindo, por exemplo, quão mais brilhantes, mais atraentes e dominantes os machos são para as fêmeas.”, explica a especialista.
Além disso, os camaleões também emitem sons, o chamado “gecar”, apenas durante o período reprodutivo.
De uma forma geral, os camaleões são realmente animais solitários e extremamente territoriais. As fêmeas sinalizam ao macho, através da coloração do seu corpo, se está ou não receptiva à cópula.
Joyce Lima explica que: “existem espécies de camaleões que incubam seus ovos dentro do corpo ao invés de colocá-los no ninho (os ovovivíparos) e outras depositam os ovos (ovíparos). A quantidade de ovos, a época da cópula e a duração do período reprodutivo dependem muito da espécie em questão e em qual região o animal está.”
Uma característica interessante que os camaleões têm é de conseguir rotacionar seus olhos de forma independente, ou seja, um olho pode estar olhando para a frente enquanto o outro está para trás. Isso permite que o animal consiga enxergar em um campo de visão de até 360º.
Os camaleões não possuem toxinas nem são venenosos, no caso eles mordem ou atacam quando se sentem extremamente ameaçados. As suas cores brilhantes e chamativas servem como uma espécie de aviso “não se aproxime” para outros animais, pois correm o risco de serem mordidos.
Gostou de saber mais sobre os camaleões? São animais incríveis! E se quiser continuar aprendendo sobre outros animais silvestres, basta continuar a visita no Blog da Cobasi. Por exemplo, que tal saber qual o animal terrestre mais pesado do mundo? Até a próxima!
Como assim,eles não possuem veneno ?
Olá, Alberto! Tudo bem?
É isso mesmo, os camaleões não possuem toxinas nem são venenosos, no caso eles mordem ou atacam quando se sentem extremamente ameaçados.