
Mesmo sendo ágeis e equilibrados, os gatos não estão imunes a acidentes como quedas, atropelamentos ou traumas domésticos.
Por isso, identificar rapidamente se o gato quebrou a pata é essencial para buscar atendimento veterinário precoce, garantir uma recuperação adequada e evitar complicações mais graves.
Neste artigo, você vai entender como saber se a pata do gato está quebrada e quais os sinais de alerta mais comuns. Também vamos abordar as principais causas de lesões e o que fazer em uma emergência, para que você possa tomar as providências corretas.
Gatos tendem a esconder sinais de dor como mecanismo de defesa. Porém, alguns comportamentos e alterações físicas podem ajudar o tutor a identificar possíveis fraturas ou lesões graves,. como:
Se o seu gato apresentar um ou mais desses sinais, é fundamental buscar avaliação veterinária imediata para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado.
Quedas, atropelamentos e outros acidentes domésticos estão entre as principais causas de fraturas, luxações e entorses que afetam as patas dos gatos.
De acordo com um estudo publicado na Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia (RVZ, 2022), as principais causas de fraturas em felinos são:
A tíbia e a fíbula, ossos da pata traseira, representaram 28,38% das fraturas analisadas. O dado reforça a vulnerabilidade dessa região em casos de trauma.
O estudo também apontou que a maioria das fraturas foi do tipo fechada (84,74%), atingindo, principalmente, gatos domiciliados, jovens (menos de 12 meses) e sem raça definida.
Esses dados reforçam a importância de manter os gatos em ambientes seguros, reduzindo o risco de acidentes que podem comprometer seriamente a mobilidade e a qualidade de vida dos animais.
Após acidentes ou traumas, diversos tipos de lesões podem afetar as patas dos gatos. As principais são as fraturas, luxações e entorses, que apresentam características distintas, mas todas exigem atenção veterinária.
Entenda as diferenças entre cada tipo de lesão:
Fratura é definida como uma ruptura na estrutura óssea, que, em pequenos animais, ocorre principalmente por traumas diretos que excedem a capacidade de resistência do osso (DENNY; BUTTERWORTH, 2006).
Essas lesões na pata do gato podem ocorrer após quedas de alturas elevadas, atropelamentos ou choques contra objetos pesados. Dependendo da gravidade, a fratura pode ser:
Além do risco de infecção nas fraturas expostas, a fratura em si provoca dor intensa e limita severamente a locomoção, exigindo atendimento veterinário imediato para diagnóstico e tratamento.
A luxação é o deslocamento de uma articulação, comum após traumas ou quedas. O gato com luxação apresenta dor intensa, restrição de movimento na pata afetada e eventual inchaço na região da articulação.
Embora a articulação se desloque, não há fratura óssea, mas o quadro também requer diagnóstico e tratamento veterinário.
A entorse ocorre quando há estiramento ou ruptura dos ligamentos da pata do gato. É uma lesão mais leve que a fratura, mas provoca:
Mesmo em casos leves, o tutor deve buscar orientação veterinária para avaliar a extensão da lesão e definir o tratamento.
Ao perceber que o gato está mancando, não apoiando a pata no chão ou demonstrando sinais de dor, o tutor deve agir com cuidado para evitar o agravamento da lesão. Veja as orientações básicas de primeiros socorros:
O atendimento veterinário precoce é fundamental para avaliar a extensão da lesão, realizar exames como radiografia e definir o melhor tratamento.
Mesmo quando o gato parece melhorar sozinho, é importante consultar um profissional. Isso evita complicações futuras, como deformidades, dores crônicas ou instabilidade articular.
Manter a tranquilidade é essencial para não transmitir estresse ao animal e facilitar a manipulação, se necessária. Observe atentamente:
Essas informações são fundamentais para auxiliar o veterinário no diagnóstico inicial e na escolha do melhor protocolo de tratamento.
Não administre medicamentos humanos nem tente improvisar curativos e talas. O uso de remédios inadequados pode agravar o quadro clínico, mascarar sintomas importantes e dificultar a identificação da verdadeira extensão da lesão.
Nessas horas, reduzir o movimento do gato é fundamental para evitar que uma possível fratura, luxação ou entorse piore. Algumas dicas para os tutores são:
Situações como feridas perfurantes, sangramento ativo ou exposição óssea tornam o caso ainda mais urgente, exigindo atendimento especializado o mais rápido possível.
Até conseguir levar o gato ao veterinário, o tutor deve tomar os seguintes cuidados básicos para proteger a lesão:
Esses primeiros cuidados ajudam a prevenir infecções e minimizam o agravamento da lesão enquanto o atendimento especializado não é realizado.
A identificação precisa do tipo de lesão – fraturas, luxações e entorses – é fundamental para definir o tratamento mais adequado e garantir a recuperação funcional da pata do gato.
Além do exame físico inicial, o veterinário poderá solicitar exames de imagem, como:
Além de confirmar a fratura, a avaliação clínica ajuda a detectar outras complicações, como:
Por isso, não basta observar a melhora aparente em casa: sem exames específicos, existe o risco de o gato desenvolver sequelas, como dor crônica, claudicação permanente ou deformidades ósseas.
Segundo estudo da Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia (RVZ, 2022), entre os gatos com ossos fraturados, os tratamentos mais comuns foram:
O estudo reforça a importância de agir rapidamente e seguir corretamente o protocolo recomendado pelo veterinário. A falta de intervenção adequada pode comprometer a consolidação óssea e a função do membro afetado.
A seguir, conheça os principais tipos de tratamento para fraturas em gatos, desde a imobilização com talas até as cirurgias ortopédicas mais complexas.
Nos casos de fraturas estáveis ou minimamente deslocadas, a imobilização com tala, gesso ou penso ortopédico é a escolha mais comum.
Esse método restringe o movimento da pata para permitir a consolidação óssea correta. Segundo Bojrab (2005), autor do livro Técnicas Atuais em Cirurgia de Pequenos Animais, o repouso absoluto e a restrição de atividades são essenciais durante o processo de cicatrização.
Nesses casos, as recomendações para o tutor são:
Além disso, é importante observar o gesso ou a tala diariamente, procurando sinais de:
Esses sinais podem indicar complicações e exigem retorno imediato ao veterinário.
O objetivo da cirurgia é restaurar o alinhamento anatômico, proporcionar estabilidade ao osso e permitir uma reabilitação funcional precoce.
De acordo com estudo de Reems, Beale e Hulse (2003), a osteossíntese bem realizada proporciona taxas de consolidação superiores a 90%, principalmente quando associada a um manejo pós-operatório adequado.
Fraturas instáveis, múltiplas, expostas ou desalinhadas geralmente requerem cirurgia ortopédica (osteossíntese), utilizando:
No pós-operatório, o tutor deve:
A recuperação de um gato com fratura na pata depende de fatores como:
Em média, o tempo de cicatrização é:
Embora a cicatrização óssea em gatos, em geral, seja mais rápida do que em cães, ela depende diretamente da estabilidade da fratura. O suporte adequado e a ausência de infecções também são fundamentais para uma boa recuperação.
O repouso ambiental, descrito por Bojrab (2005), minimiza o estresse no local da fratura e favorece o retorno precoce da função normal do membro.
O comprometimento com os cuidados ambientais e com o plano terapêutico é fundamental para a recuperação completa. Por isso, durante e após o tratamento, o tutor deve:
Em alguns casos, o veterinário pode indicar a realização de fisioterapia veterinária para:
Com monitoramento adequado e cuidados rigorosos, a maioria dos gatos consegue, após a recuperação, retornar às suas atividades normais, como brincar, correr e saltar.
Identificar rapidamente os sinais de dor, mancar ou mudanças de comportamento é essencial para garantir a recuperação segura do gato. O atendimento veterinário precoce é fundamental para:
Mesmo que o gato pareça melhorar espontaneamente, a ausência de exames e tratamentos adequados pode comprometer sua qualidade de vida no futuro.
Por isso, ao primeiro sinal de problema locomotor ou dor, não hesite em procurar o veterinário. Agir rápido é a melhor forma de cuidar da saúde e bem-estar do seu pet.
O conteúdo te ajudou? Se quiser saber mais sobre a saúde dos gatos, continue acompanhando o Blog da Cobasi e saiba tudo sobre como cuidar do seu pet. Até a próxima!
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Sou jornalista desde 2016 e vivo cercado pelos meus pets! Sou pai do Zé e do Tobby, um Shih Tzu e um Vira-lata, da Mary, uma gatinha branca, e do Louro, um papagaio (claro!). Escrevo para Cobasi ajudando outros tutores a cuidar dos seus pets.
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Não sei o que pode ser feito pois ele é arisco não vem no colo
Oi Marlene, como vai? Indicamos uma visita ao medico-veterinário para uma avalição 🙂
A patinha do meu gato está enfaixada, mas mesmo assim está molinha e será preciso de cirurgia?
Olá, tudo bem?
Somente um médico-veterinário é capaz de identificar a necessidade de algum procedimento cirúrgico no seu animal de estimação. Converse com um profissional!