A esporotricose em cachorro é uma doença causada pelo fungo Sporothrix spp. No Brasil, entretanto, o causador mais frequente da esporotricose é o fungo S. brasiliensis. Além desses, o S. schenckii também pode ser um dos responsáveis, ainda que em menor recorrência.
Todos esses fungos podem ser encontrados em troncos de árvore, em espinhos de flores, em madeiras, na superfície das plantas e no solo. Inclusive, por esse motivo, antigamente essa condição era conhecida como “doença dos jardineiros”.
Isso porque, há muito tempo atrás, esses profissionais entravam em contato direto com locais contaminados. Portanto, quando se machucavam, o fungo entrava na ferida, fazendo com que esses homens sofressem com a doença frequentemente.
Hoje em dia, entretanto, apesar de a doença ainda ser capaz de contaminar humanos, ela afeta os animais com mais recorrência. Por isso, se você perceber que algumas feridas do seu cãozinho não cicatrizam, e que, na verdade, pioram com muita rapidez, ele pode estar sofrendo da esporotricose canina.
Como o pet pode contrair a doença?
Como já mencionamos, o fungo se localiza em áreas externas, ou seja, onde cães normalmente têm acesso. Então, ao brincar entre as plantas contaminadas ou ao se esfregar em árvores, os pets podem acabar se machucando e permitindo que o fungo entre em seu organismo através da ferida.
Ademais, a contaminação pode ocorrer até mesmo sem que o cão se machuque. Por exemplo, se ele encostar em um local infectado e depois se lamber, a transmissão ocorrerá por via oral. Além disso, o simples contato de um pet saudável com um cão infectado pode fazer com que ele contraia a doença.
A esporotricose em cachorro pode afetar cães de todos os tamanhos e idades. Além disso, vale ressaltar que a doença é também transmissível aos humanos que entram em contato com o fungo. Nesse caso, um agravante é ter o sistema imunológico fragilizado.
Quais são os sintomas da esporotricose em cachorro?
Essa doença tende a se agravar com muita facilidade e velocidade e pode ocorrer em três fases, cada uma delas com sintomas específicos.
Na primeira fase, também conhecida como esporotricose cutânea, o cachorro começa a apresentar feridas avermelhadas na pele, com a presença de secreções. Pode até aparentar se tratar de um machucado comum, mas é importante perceber que, no caso da esporotricose, esses ferimentos não se curam e tendem a se agravar.
Na segunda fase, conhecida como esporotricose linfocutânea, os machucados, caso não tratados, se desenvolvem rapidamente para úlceras. Além disso, por conta de as lesões se tornarem mais profundas, o sistema linfático dos cães pode ficar comprometido.
Já na terceira fase, conhecida como esporotricose disseminada, o fungo se espalha por todo o corpo do pet, podendo acometer músculos, órgãos internos e até os ossos. Com isso, além do agravamento dos machucados, o pet passa a sofrer de febre, problemas respiratórios, falta de apetite e apatia.
Qual é o tratamento da esporotricose canina?
Como já vimos, a esporotricose em cães se agrava com muita velocidade, por isso é importante levar o cachorro ao veterinário o mais rápido possível. Isso porque um diagnóstico rápido é fundamental, de preferência na primeira fase da doença.
O tratamento depende do estágio da esporotricose e pode ser um processo longo, durando, aproximadamente, de seis meses até um ano. Além disso, outro fator importante é não interromper a medicação antes da hora. Isso porque o fungo pode voltar a se manifestar, trazendo todos os sintomas à tona novamente.
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