Você sabia que existe uma tipo de lesão chamada otohematoma que afeta, com frequência, cães e gatos de todas as idades? É isso mesmo! E para tirar todas as dúvidas sobre o assunto e compartilhar modos de prevenção, nós recebemos a Joyce Lima, médica-veterinária da Educação Corporativa da Cobasi. Confira!
O otohematoma em cachorro e gato é um tipo lesão auricular bastante comum, inclusive sendo um dos principais motivos das idas de tutores e animais a médicos-veterinários. Ela surge a partir da formação de bola de sangue, normalmente localizada entre a cartilagem e a pele da orelha do animal.
O otohematoma é um incômodo que pode afetar todas as raças de gatos e cachorros. Entretanto, os animais de estimação conhecidos por ter orelhas mais longas são mais propensos a serem acometidos pela doença. Entre elas estão:
De acordo com a médica-veterinária Joyce Lima: “O otohematoma pode ter diversas causas, entre elas infecção bacteriana, por sarna e traumas/machucados”, contou.
Além de gerar desconforto na região da orelha, o otohematoma em cachorro traz uma série de impactos negativos na rotina do animal. As condições que o tutor consegue perceber mais facilmente são a falta de interesse pela interação, brinquedos e a perda do apetite.
Para garantir a saúde do pet e evitar que o otohematoma em cão evolua para um quadro mais agravante, o primeiro passo é saber como identificar os sinais da afecção no corpo do seu animal.
Segundo Joyce, a melhor maneira de detectar o otohematoma é: “Inicialmente o tutor percebe que, ao apalpar a orelha do cão, sente ela mais macia, quente, levemente inchada, avermelhada, sensível ao toque e que existe a presença de conteúdo líquido abaixo da pele”, disse.
E completa: “Conforme a doença evolui, a orelha pode apresentar pus, se tornar mais dura (devido a fibrose) e deformada”, afirmou. Isso só reforça que, quanto mais cedo identificar a presença do otohematoma em cachorro, menos doloroso será o tratamento para o seu animal de estimação.
Vale lembrar que também é possível o surgimento de otohematoma em gato.“Gatos também podem ter, embora com menor frequência do que os cães, os gatos também podem ser acometidos. Geralmente, em gatos o otohematoma é associado a presença de ácaros (sarna de ouvido),” afirmou.
Acabou de identificar otohematoma em cachorro e não sabe o que fazer? Para Joyce, a melhor ação é buscar a ajuda de um profissional qualificado. “Ao notar o primeiro sinal da doença é fundamental que o tutor procure o atendimento de um médico veterinário. Ele irá avaliar a causa da afecção”, ressalta.
Além disso, ela deixa um alerta importante: “automedicação é extremamente contraindicada, pois pode agravar os sintomas ou mascará-los por um período, ação que acaba gerando consequências desagradáveis para o animal, como bactérias resistentes a antibióticos e até mesmo a deformação da orelha do cão”, avisa.
Como tratar o otohematoma? Essa é uma das principais dúvidas de tutores. Inicialmente o tratamento é feito com administração de medicamentos, conforme explica Joyce: “Para aliviar e minimizar a inflamação na orelha do cão, é comum utilizar de anti-inflamatórios, eliminando também a causa da doença, como as infecções bacterianas ou sarnas”, contou.
Em um segundo estágio, o tratamento, pode evoluir para cirurgia, como explica a especialista: “Existem diversas condutas possíveis para o tratamento, que podem abranger inclusive procedimentos cirúrgicos para drenar o hematoma (aquele líquido contido abaixo da pele na orelha do cão) e manter a posição correta da pele e cartilagem da orelha”, disse.
Além da parte medicinal, que fica sob a responsabilidade do médico-veterinário, o tutor também pode contribuir para a pronta recuperação do animal de estimação. As práticas recomendadas são:
A falta de tratamento adequado do otohematoma em cães pode gerar consequências bem desagradáveis ao seu animal de estimação. As principais são a deformação da orelha em virtude da formação de fibrose e, em casos, mais graves a necrose dessa parte do corpo do pet.
Melhor do que qualquer tratamento, a prevenção é a melhor maneira de evitar que o seu animal sofra com a doença. Para garantir a saúde e o bem-estar do seu amigo, a médica-veterinária Joyce Lima compartilhou algumas informações importantes:
Gostou de conhecer tudo sobre o otohematoma em cachorro? Então, se você ficou com alguma dúvida sobre prevenção ou tratamento, deixe um comentário para a gente. Vamos adorar ajudar!
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Formada pela USP, Joyce possui especializações em Medicina Veterinária Preventiva e um MBA em Liderança de Alta Performance. Apaixonada por sua gata, Mia, ela reflete todo o carinho e dedicação que tem por ela em sua prática profissional.
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