A lipidose hepática felina é uma doença conhecida como “fígado gorduroso” e afeta uma grande parcela dos gatos. Para ajudar você a desvendar tudo sobre esse assunto, como diagnóstico e tratamento, nós convidamos o médico-veterinário da Cobasi, Marcelo Tacconi. Acompanhe!
A lipidose hepática felina (LHF) é uma doença que afeta o fígado dos felinos, abalando completamente a rotina do pet. De acordo com o médico-veterinário do time Cobasi, Marcelo Tacconi: “a LHF é uma doença que acomete o fígado dos felinos e se caracteriza pelo acúmulo de gordura no órgão, ou seja, o triglicérides do animal sobe bruscamente em mais de 70% das células hepáticas.”
É comum acreditar que os problemas no fígado do gato estejam ligados a uma dieta desregulada e peso fora do normal. Mas, isso é um mito, o veterinário afirma que “o acúmulo de gordura em excesso é comum de acontecer em gatos que ficam um longo período sem se alimentar ou que passam por circunstâncias que interfiram na rotina do animal, causando estresse.”
Um bom exemplo disso, é quando o animal de estimação fica sem se alimentar por um período superior a 12 horas, quando o organismo passa a metabolizar as gorduras para gerar energia. Porém, o fígado do animal não tem capacidade para processar tanta gordura, gerando o surgimento dos primeiros problemas.
Além da alteração na rotina e de uma dieta irregular, algumas doenças também podem estimular o surgimento da lipidose hepática felina. As principais são: hipertireoidismo, diabetes e cardiopatias. Por isso, é muito importante realizar visitas frequentes ao médico-veterinário de confiança para acompanhar a saúde do seu pet.
A melhor maneira de descobrir se o seu gato tem lipidose hepática felina é prestar atenção nos comportamentos do pet. Caso você perceba alguns sintomas característicos da doença, o mais indicado é ir ao veterinário. Os sintomas de lipidose hepática em gatos são:
O diagnóstico da lipidose hepática felina passa por dois processos. Primeiro o médico-veterinário vai analisar o histórico e o comportamento do pet. Além disso, será necessário verificar sinais de obesidade ou privação de alimentação por longos períodos, que são indicativos da doença.
Em seguida, para confirmar o diagnóstico, podem ser realizados exames completos de sangue, biópsias, ultrassonografia e de aspectos físicos como hepatomegalia e icterícia no animal. Assim é possível, determinar se o felino tem ou não a enfermidade para dar início ao tratamento.
Qual é o tratamento para lipidose hepática felina?
Com a confirmação da doença, o médico-veterinário irá indicar qual é o tratamento mais adequado para pet. Segundo Tacconi, ele pode ser realizado de diversas maneiras: “o tratamento é feito, normalmente, com fluidoterapia, dieta correta (normalmente pobre em carboidratos), suplementação nutricional e medicamentos que ajudam nos sinais clínicos.”
Além disso, uma alternativa é a troca de ração. Sai o alimento tradicional e entra a ração hepática para gatos. Isso, claro, dependendo do grau de comprometimento da doença e do nível de desconforto do animal.
Atenção: Não existe tratamento caseiro para lipidose hepática em gatos. Sendo assim, evite receitas caseiras, porque elas podem piorar o estado do felino. Ao primeiro sinal de mudanças no comportamento, leve o pet ao veterinário.
Um dos principais tratamentos para a lipidose hepática felina é oferecer rações hepáticas para gatos. Entre as diversas marcas existentes no mercado, uma que apresenta muitos benefícios é a Ração Royal Canin Veterinary Diet Hepatic Gatos Adultos. Entre os pontos que fazem esta ração ser uma excelente opção para a dieta do animal, estão:
Como evitar a doença?
A melhor forma de evitar problemas no fígado do pet como a lipidose hepática felina é, desde cedo, garantir uma dieta alimentar saudável associada a uma rotina de exercícios físicos. Esses dois pontos mantêm a saúde do animal em dia, já que auxiliam na manutenção do peso ideal, no combate ao estresse e aumento da imunidade.
Portanto, cuide bem da alimentação diária do seu animal de estimação e observe a condição corporal do pet. São pequenos detalhes, como petiscos em excesso e restos de comida, que podem levá-lo à obesidade e favorecer o surgimento de doenças como a lipidose hepática felina.
A recomendação é investir em uma ração de qualidade, não submeter o pet a situações de estresse constante e nunca deixar muito tempo sem comida. Qualquer dúvida, procure o veterinário da sua confiança.
Brincadeiras diárias vão ajudar o pet a manter a boa forma. Invista em brinquedos, como bolinhas, arranhadores e varinhas, assim seu animal de estimação fica livre da lipidose hepática e outras doenças!
O seu gato tem lipidose hepática felina? Compartilhe conosco como está sendo o tratamento.
Meu gato tem queda de pelos constante, ele não tem bigodes, levei ao veterinário e nada foi encontrado nos exames de raspagem e de sangue, ele é super tranquilo, não apresenta sinal de estresse, ele se alimenta somente com ração natural para gatos castrados. O pelo não chega a cair totalmente, cai o pelo longo e fica somente o subpelo, e o que mais me intriga é o fato dos bigodes crescerem 2cm e logo depois cair. Nenhum veterinário até hj conseguiu chegar a um diagnóstico. Ps: não há feridas ou coceiras onde ocorre a queda de pelos. Ele é desparasitado regulamente e não sai para as ruas. Foi resgatado com aproximadamente 6 meses e estava com esporotricose, porém ainda não havia ferida, só uma cartilagem que tampava toda sua narina, foi tratado com Itraconazol por 8 meses, depois disso fizemos um novo exame e foi constatada a cura.