O barulho e a imprevisibilidade dos fogos de artifício levam muitos cães a desenvolver sintomas relacionados ao medo. Por exemplo, o cão pode latir para os barulhos, se esconder, tremer ou até tentar fugir.
A seguir, entenda as razões pelas quais os cachorros têm medo de fogos de artifício e o mais importante: dicas para proteger o seu pet.
Há uma série de boas práticas que são indicadas para proteger o seu pet. Abaixo, confira 9 dicas para manter seu cão seguro e calmo.
Acostumar o cão ao barulho dos fogos de artifício é uma prática de adestramento.
Você pode ajudar os cães realizando treinamentos sonoros ao longo do ano, para aliviar a ansiedade em relação aos fogos de artifício.
Em um nível muito baixo e por um breve período, comece tocando um efeito sonoro de fogos de artifício (muitos estão disponíveis gratuitamente online).
Se o pet se mostrar tolerante ao barulho e às luzes, ofereça um petisco e muitos elogios como forma de reforço positivo.
Posteriormente, desligue o som e pare de dar petiscos. E, repita o processo, sempre com o som em um nível baixo. Em seguida, vá aumentando o volume para testar a tolerância ao barulho.
A proposta do treinamento sonoro é acostumar o cachorro aos sons e fazê-los entender que são normais e não uma ameaça.
Certifique-se sempre de verificar que o cão está confortável com o estímulo e não demonstra sinais de ansiedade.
Uma boa alternativa é controlar o foco do pet com brinquedos, comidas e carinho.
A ideia é desviar a atenção do animal dos fogos de artifício para alguma atividade agradável ao lado dos tutores. Assim, ele se sentirá acolhido e protegido enquanto durar o barulho.
Para lidar com cachorros que têm medo de fogos de artifícios, criar um ambiente seguro é fundamental. Abaixo, listamos algumas dicas para criar esse cenário:
Quando for escolher o ambiente da casa para manter os bichinhos protegidos das luzes e dos barulhos, é preciso atentar-se à segurança. Mantenha janelas e portas fechadas para evitar fugas e acidentes.
Não é recomendado deixar os pets sozinhos no momento dos fogos de artifício. Eles podem se sentir presos e inseguros, aumentando as chances de acidentes ao tentar fugir.
Portanto, fique próximo do seu cachorro. A sua companhia vai garantir que eles se sintam mais seguros para lidar com a situação.
Para ajudar a manter seu pet calmo durante uma exibição de fogos de artifício, soluções como calmantes naturais e medicamentos podem ser prescritos por veterinários.
Adaptil e Calmyn Dog são medicamentos indicados para cães que apresentam comportamentos ansiosos, agitados ou de estresse.
Em relação aos calmantes naturais, uma maneira natural de aumentar a tolerância e não deixar um cachorro com medo de fogos e luzes é a terapia floral.
Na Cobasi, você encontra uma ampla variedade de medicamentos e florais para cachorro que são indicados para ajudar cães com medo de fogos de artifício. Consulte um veterinário.
Enquanto os fogos de artifício estão acontecendo, um cão com medo pode tentar fugir. Como ação preventiva, certifique-se de que seu cão esteja com a placa de identificação ou com um microchip, com as informações de contato atualizadas do tutor.
Exercícios são ótimos para aliviar o estresse. Faça caminhadas mais longas um dia antes e no dia de uma exibição de fogos de artifício. A atividade pode cansá-los e mantê-los relaxados em meio ao barulho.
Lembre-se: os animais têm facilidade em perceber sentimentos e se o tutor demonstrar ansiedade e preocupação, eles também vão ficar. A interação com o cão deve ser leve e com muito carinho.
Ana Oliveira, colaboradora da Cobasi e tutora de dois lindos Huskies Siberianos e um Spitz, compartilhou conosco suas experiências e o que faz em épocas de fogo de artifício:
“Onde eu moro, sempre que tem fogos, a gente tenta fazer uma atividade que eles amam muito, tipo caminhada ou enriquecimento ambiental com algum petisco novo. No último ano novo, nós estávamos na garagem com eles comendo gelinho de danone natural com frango desfiado e os três ficaram bem tranquilos”, relatou.
A tutora Ana ainda comentou um cuidado muito importante: “Em seis anos como o meu trio, eles nunca ficaram sozinhos. Estamos sempre em família fazendo uma atividade que seja prazerosa, até por isso eles lidam super bem com fogos de artificio”.
Segundo estudos realizados pelo Centro Universitário São Camilo, dos cães que apresentaram fobia de ruídos, 83% tinham medo de fogos de artifício.
Mas, de modo geral, o medo de fogos de artifícios possuem uma combinação entre criação, raízes genéticas e evolutivas dos cães, como detalhamos a seguir.
A faixa de audição dos cães está entre 65 a 45.000 Hz, sendo até 4 vezes maior que a dos humanos, que está em uma média de 20-20.000 Hz, de acordo com o estudo. Com isso, eles conseguem captar muito mais estímulos.
Então, se os cachorros conseguem ouvir de longe uma embalagem de comida amassada, dá para imaginar o quão sensível são a fogos de artifícios. Ou seja, o que é um ruído para nós, vira um barulhão para os pets.
As luzes e os barulhos dos fogos de artifícios – que são altos e inesperados – podem deixar os cães muito nervosos. Principalmente, porque são acionados à noite, no momento em que o ambiente costuma ser mais calmo, escuro e silencioso.
Combinado com o som alto, as luzes piscantes, os formatos de explosão no ar e por ocorrer em intervalos aparentemente aleatórios, são fatores que podem deixar alguns cães com medo.
Os fogos de artifício levam muitos cães a se sentirem ameaçados, por se tratar de um evento isolado. Ou seja, por não ser comum no seu dia a dia.
No Brasil, o acessório costuma ser mais usado em episódios pontuais, como Réveillon e jogos de futebol, por exemplo. Mas os cães não têm essa percepção.
Para eles, é apenas um dia e quando os barulhos altos e as luzes piscantes começam, eles não entendem o que está acontecendo.
Isso desencadeia uma reação de sobrevivência nos pets, que podem tentar latir ou tentar fugir e se esconder. Além disso, é comum os cães apresentarem quadros de ansiedade, como:
Os cães que ficam dentro de casa durante os fogos de artifícios podem se sentir angustiados por não conseguir escapar dos estrondos.
Pesquisas mostram que diversos cães têm transtornos fóbicos relacionados a ruídos e isso inclui os barulhos altos ou inesperados dos fogos de artifícios.
De acordo com a médica-veterinária Ceres Berger Faraco, no livro Bem-estar dos cães e gatos, a fobia de ruídos pode ser classificada como específica ou pós-traumática.
A fobia específica é desencadeada diante de um estímulo que é identificável, mas,sem perigo real, como os ruídos fortes (trovões ou fogos de artifício). Desenvolve-se durante a fase juvenil, sem que haja ocorrido algum evento negativo ou traumático específico.
Já a fobia pós-traumática ocorre a partir da exposição a um estímulo, evento ou experiência traumática e pode se manifestar em qualquer idade.
Após os três primeiros meses de vida, os cães desenvolvem sua resposta ao medo. Assim, aprendem o que é normal ou preocupante no mundo.
Nessa época, os cérebros dos felinos fazem associações que podem influenciar seu comportamento no futuro. Portanto, se viverem experiências ruins com ruídos altos, eles têm mais chances de se tornar um adulto com medo.
Vale destacar, os cães idosos com o tempo perdem a capacidade de detectar frequências altas.
E, como a audição é um importante sentido para ajudar os cães a perceberem tudo o que ocorre ao seu redor. A deficiência pode tornar as situações de ruídos altos bastante inseguras e estressantes.
O conteúdo te ajudou? Durante as épocas em que os fogos de artifício são mais comuns, situações de fuga, animais com ansiedade e outros problemas de saúde podem acontecer
O problema é tão grave que motivou a criação de leis que proíbem o uso de fogos de artifício em cidades como São Paulo, Natal, Cuiabá, Campo Grande, entre outros. Uma medida que além de beneficiar os animais, também é importante para idosos, autistas, bebês e enfermos.
Se quiser saber mais sobre cuidados com cachorro, continue a visita no Blog da Cobasi. Aqui, você encontra conteúdos exclusivos, com dicas de alimentação, saúde, bem-estar e muito mais. Até a próxima!
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Jornalista, é apaixonado por futebol, basquete e, claro, pets! Além de bater uma bolinha e escrever para o Blog da Cobasi, o Joe curte a vida ao lado dos seus melhores amigos: os cachorros vira-latas Zé e Tobby, a gata Marry e o papagaio Louro.
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Adorei
Gostei muito da orientação sobre florais.
Dei p minha cachorrinha ela ficou mais tranquila, antes tinha tremedeiras e atacava a irmã dela .
Agora, não ataca mais a tremedeira parou..
Coloco a casinha dela dentro de casa e ela se sente mais segura, continua com medo porém sem pânico.