O Brasil é um dos maiores centros de biodiversidade em nosso planeta, e as cobras estão entre os elementos mais marcantes de sua fauna. Segundo o Instituto Butantan, existem 405 espécies catalogadas em terras tupiniquins.
A seguir, conheça 9 tipos de cobras brasileiras. Listamos espécies peçonhentas, não venenosas e os animais que estão em extinção.
Cobras brasileiras venenosas
Coral-verdadeira (Micrurus corallinus)
A coral-verdadeira é a cobra mais venenosa do Brasil. Se uma pessoa é picada pela espécie, a potência do veneno causa reações neurotóxicas, que atingem o sistema nervoso e interrompe os comandos dados pelo cérebro. As chances de sobrevivência são de 50%.
Mas, apesar do poder do seu veneno, não é uma cobra agressiva e não dá botes. O grande risco de ser picado pela coral-verdadeira é se for manuseado.
Do grupo de cobras elapídeos – de pequeno a médio porte – a espécie se caracteriza pelas listras do seu corpo, em formato de anel, nas cores vermelho, preto e branco (ou amarelo).
Nome científico
Micrurus corallinus
Reino
Animalia
Filo
Chordata
Classe
Reptilia
Ordem
Squamata
Subordem
Ophidia
Família
Elapidae
Gênero
Micrurus
Cascavel (Crotalus durissus)
A cascavel brasileira está entre as espécies mais perigosas do Brasil. Abundante em vários territórios do país – principalmente locais mais secos ou interior das matas – são responsáveis por 1% dos acidentes que ocorrem no país com cobras.
Robusta, essa serpente pode atingir mais de 1,50 m de comprimento e é bastante conhecida por causa do guizo (chocalho) que tem na ponta da sua cauda. Ao agir provoca um som muito particular e um para os predadores.
Nome científico
Crotalus durissus
Reino
Animalia
Filo
Chordata
Classe
Reptilia
Ordem
Squamata
Subordem
Ophidia
Família
Viperidae
Gênero
Crotalus
Surucucu-pico-de-jaca (Lachesis muta)
Conhecida também como Surucucu-de-fogo ou apenas Surucucu, é considerada a terceira maior cobra venenosa do mundo e a maior das Américas.
Com aparência semelhante às cascavéis, a espécie também consegue vibrar suas caudas, mesmo não tendo um chocalho. Seu veneno é muito poderoso, atacando o sistema circulatório e podendo ser fatal se a vítima não for tratada rapidamente.
De acordo com Instituto Butantan, os casos de picadas de surucucu em humanos não são muito comuns, sendo apenas cerca de 2% dos casos registrados no Brasil.
Nome científico
Lachesis muta
Reino
Animalia
Filo
Chordata
Classe
Reptilia
Ordem
Squamata
Subordem
Ophidia
Família
Viperidae
Gênero
Lachesis
Cobras brasileiras não venenosas
Falsa-coral (Erythrolamprus aesculapii)
A Erythrolamprus aesculapii é amplamente distribuída no Brasil. Diferente da sua prima coral-verdadeira, não são perigosas. Inclusive, o gênero e a família das espécies são diferentes.
A falsa-coral é uma das 52 espécies de serpentes não peçonhentas. Elas apenas mimetizam (imitam) as características físicas verdadeiras para afastar possíveis predadores.
Nome científico
Erythrolamprus aesculapii
Reino
Animalia
Filo
Chordata
Classe
Reptilia
Ordem
Squamata
Subordem
Ophidia
Família
Dipsadidae
Gênero
Erythrolamprus
Jiboia-constritora (Boa constrictor)
É uma serpente grande e não peçonhenta, que é frequentemente mantida e reproduzida em cativeiro. Da família Boidae, a jiboia pode pode ultrapassar os três metros de comprimento, possui a cabeça em formato triangular e com cores que auxiliam sua camuflagem na natureza.
Uma curiosidade é que a jiboia é capaz de emitir um som, conhecido como “o bafo da jiboia”, que apesar de não ser tóxico, ajuda a espantar predadores.
Nome científico
Boa constrictor
Reino
Animalia
Filo
Chordata
Classe
Reptilia
Ordem
Squamata
Subordem
Ophidia
Família
Boidae
Gênero
Boa
Muçurana (Clelia clelia)
Também chamada de cobra-preta, a muçurana não é venenosa e é inofensiva para humanos. Porém, é uma hábil preparadora de outras serpentes. Inclusive, ela ataca até suas primas mais perigosas, como a jararaca.
A espécie mede cerca de 1,5 m e pode alcançar até 2,5 m na vida adulta. Uma curiosidade interessante sobre a muçurana é que ela consegue mudar de cor ao longo da vida, para rosa claro e laranja, quando jovem fica azul escuro, até chegar ao reto na fase adulta.
Nome científico
Clelia clelia
Reino
Animalia
Filo
Chordata
Classe
Reptilia
Ordem
Squamata
Subordem
Ophidia
Família
Dipsadidae
Gênero
Clelia
Sucuri (Eunectes sp.)
As sucuris pertencem ao gênero Eunectes, que é um conjunto de quatro espécies que habitam a América do Sul, sendo que três delas vivem em território brasileiro.
Consideradas as maiores serpentes do mundo em termos de massa, as espécies brasileiras do gênero Eunectes são:
sucuri-malhada (Eunectes deschauenseii);
sucuri-amarela ou sucuri-do-pantanal (Eunectes notaeus);
sucuri-verde (Eunectes murinus), a maior das espécies.
Em 2024, em Bonito, no Mato Grosso, foi encontrado o maior exemplar da espécie já registrado no mundo. Uma sucuri de 6,45 metros de comprimento, com peso que poderia chegar a 200 quilos. Infelizmente, a espécie que foi batizada de Ana Júlia, foi encontrada sem vida.
Nome científico
Eunectes sp.
Reino
Animalia
Filo
Chordata
Classe
Reptilia
Ordem
Squamata
Subordem
Ophidia
Família
Boidae
Gênero
Eunectes
Cobras brasileiras em extinção
Jararaca-de-alcatrazes (Bothrops alcatraz)
A jararaca-de-alcatrazes preocupa-se pelo status de conservação: Criticamente Em Perigo. A espécie de víbora venenosa é encontrada apenas na Ilha de Alcatrazes, na costa sudeste do Brasil.
Esforços coordenados estão sendo realizados para salvar esse tipo de jararaca da extinção. Em 2017, foi criado o Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes, onde a ilha e o habitat da espécie passaram a ser legalmente protegidos.
Nome científico
Bothrops alcatraz
Reino
Animalia
Filo
Chordata
Classe
Reptilia
Ordem
Squamata
Subordem
OphidiaSerpente
Família
Viperidae
Gênero
Bothrops
Jiboia-do-Ribeira (Corallus cropanii)
Considerada a jiboia mais rara do mundo, a espécie Corallus cropanii chegou a ficar 64 anos desaparecida. Endêmica da região da Mata Atlântica, em 2020, a cobra foi vista na região do Vale da Ribeira, em Sete Barras (SP).
Biólogos resgataram a jiboia do ribeira para análises clínicas e coletas de dados científicos, para conhecer mais sobre essa raríssima espécie.
Esse tipo de jiboia não possui veneno, é arborícola e caça de cabeça para baixo, principalmente pequenos mamíferos.
Nomes científicos
Corallus cropanii
Reino
Animalia
Filo
Chordata
Classe
Reptilia
Ordem
Squamata
Subordem
Ophidia
Família
Boidae
Gênero
Corallus
Gostou de conhecer algumas das espécies de cobras brasileiras? No Blog da Cobasi, você se mantém informado sobre tudo o que acontece no mundo animal. Se faltou alguém na lista, deixe nos comentários. Até a próxima!
| Atualizada em
Por Joe Oliveira
Redator
Jornalista, é apaixonado por futebol, basquete e, claro, pets! Além de bater uma bolinha e escrever para o Blog da Cobasi, o Joe curte a vida ao lado dos seus melhores amigos: os cachorros vira-latas Zé e Tobby, a gata Marry e o papagaio Louro.
A Cobasi e os cookies: a gente usa cookies para personalizar anúncios e melhorar a sua experiência no nosso site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade e Política de Cookies.