
Ter um gato que não cresce pode gerar bastante preocupação, especialmente quando o tutor percebe que o filhote não está se desenvolvendo como esperado.
Embora o crescimento dos gatinhos ocorra de forma acelerada nos primeiros meses, cada animal tem seu ritmo — e é fundamental observar se o tamanho pequeno está relacionado a uma condição natural ou a um problema de saúde.
Além das raças de gatos pequenos, que naturalmente têm estrutura corporal mais compacta, há também situações clínicas que afetam o crescimento.
Entre as principais causas estão: desmame precoce, falta de nutrientes, parasitose, doenças hormonais ou condições genéticas específicas.
A seguir, detalhamos tudo o que você precisa saber sobre gatos que não crescem. Neste artigo, você vai entender:
Se você tem um gato pequeno que não cresce, saiba que esse quadro pode estar relacionado a problemas que surgem ainda nas primeiras semanas de vida.
Um dos principais fatores é o desmame precoce. Quando o filhote é separado da mãe e dos irmãos antes do tempo certo (normalmente antes das 8 semanas), ele deixa de receber o leite materno — fonte essencial de anticorpos, enzimas digestivas e nutrientes.
Sem esse suporte, o desenvolvimento imunológico e físico pode ser prejudicado, levando a um gato que não cresce como deveria e mais vulnerável a doenças.
Outro fator importante é a alimentação da mãe durante a gestação e lactação. Gatas prenhes que não recebem uma ração balanceada podem produzir um leite com menos nutrientes, o que também afeta o crescimento dos filhotes.
Tanto a mãe quanto os gatinhos devem receber acompanhamento veterinário e alimento formulado para cada fase da vida.
Doenças causadas por vermes intestinais — como Toxocara cati — também comprometem o desenvolvimento dos filhotes. Os endoparasitas competem por nutrientes e prejudicam a absorção intestinal, provocando:
A recomendação é manter a vermifugação em dia, seguindo orientação veterinária.
Mesmo após o desmame, uma alimentação de baixa qualidade ou fora da fase etária do pet pode prejudicar seu desenvolvimento.
Filhotes exigem rações específicas, com alto teor de proteínas, vitaminas e minerais. A falta de nutrientes compromete o crescimento e pode causar fraqueza, perda de massa muscular e atraso no amadurecimento do organismo.
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Em alguns casos, a dificuldade de crescimento não está relacionada à nutrição ou vermes, mas sim a condições clínicas ou genéticas. Entre as mais conhecidas, estão:
Uma das causas de gato com nanismo, essa condição afeta a produção de hormônios tireoidianos, fundamentais para o metabolismo e o crescimento. Os sintomas mais comuns incluem:
De acordo com Harmatz (2008), trata-se de uma doença hereditária rara, causada por deficiência enzimática. Os gatos afetados têm aparência “fofa” e desproporcional, com:
É a forma clássica de nanismo em gatos, causada por falhas na produção do hormônio do crescimento (GH). Os sinais incluem:
Shunt portossistêmico é um distúrbio vascular em que o sangue contorna o fígado, impedindo a filtragem de toxinas. Isso compromete o metabolismo e afeta diretamente o crescimento.
Antes de pensar em um problema de saúde, é importante considerar que algumas raças de gato que não cresce muito são assim por natureza.
Essas raças têm estruturas corporais mais compactas, pernas curtas e crescimento limitado mesmo na vida adulta. Veja alguns exemplos:
Raça | Peso médio | Características |
Singapura | 2 a 3 kg | Uma das menores do mundo, dócil e brincalhona |
Munchkin | 2,5 a 4 kg | Conhecida como raça de gato que tem pernas curtas |
Devon Rex | 2,5 a 4 kg | Leve, pelagem encaracolada e aparência delicada |
Cornish Rex | 3 a 4,5 kg | Corpo esguio e pelagem ondulada |
American Curl | 2,5 a 5 kg | Pequeno, com orelhas curvas e personalidade sociável |
Vale ressaltar que esses gatos de pequeno porte são saudáveis e seu tamanho reduzido não indica nenhum problema clínico.
O tratamento depende da causa. Quando o problema é nutricional, a substituição da ração por uma opção mais completa e o uso de suplementos alimentares podem ser suficientes.
Já nos casos clínicos, o protocolo pode incluir:
Nem todos os quadros têm cura, mas o diagnóstico precoce é essencial para garantir o bem-estar do animal.
Se o seu gato não é de raça pequena e mesmo assim parou de crescer, o ideal é investigar. Alguns sinais indicam que o desenvolvimento pode estar comprometido:
Esses sintomas podem surgir desde as primeiras semanas de vida e exigem acompanhamento veterinário imediato.
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Sou jornalista desde 2016 e vivo cercado pelos meus pets! Sou pai do Zé e do Tobby, um Shih Tzu e um Vira-lata, da Mary, uma gatinha branca, e do Louro, um papagaio (claro!). Escrevo para Cobasi ajudando outros tutores a cuidar dos seus pets.
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