Você tem um gato que não cresce? Conheça as causas!

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Por Joe Oliveira   Tempo de leitura: 5 minutos

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Gato que Não cresce

Ter um gato que não cresce pode gerar bastante preocupação, especialmente quando o tutor percebe que o filhote não está se desenvolvendo como esperado.

Embora o crescimento dos gatinhos ocorra de forma acelerada nos primeiros meses, cada animal tem seu ritmo — e é fundamental observar se o tamanho pequeno está relacionado a uma condição natural ou a um problema de saúde.

Além das raças de gatos pequenos, que naturalmente têm estrutura corporal mais compacta, há também situações clínicas que afetam o crescimento. 

Entre as principais causas estão: desmame precoce, falta de nutrientes, parasitose, doenças hormonais ou condições genéticas específicas.

A seguir, detalhamos tudo o que você precisa saber sobre gatos que não crescem. Neste artigo, você vai entender:

  • O que pode causar alteração no crescimento do gato?
  • Quais doenças podem interferir no crescimento do gato?
  • Raças de gatos pequenos: conheça os felinos que crescem menos
  • Quais os tratamentos para gato que não cresce?
  • Gato que não cresce: quando acender o sinal de alerta e procurar um veterinário

O que pode causar alteração no crescimento do gato?

Se você tem um gato pequeno que não cresce, saiba que esse quadro pode estar relacionado a problemas que surgem ainda nas primeiras semanas de vida.

Desmame antecipado

Um dos principais fatores é o desmame precoce. Quando o filhote é separado da mãe e dos irmãos antes do tempo certo (normalmente antes das 8 semanas), ele deixa de receber o leite materno — fonte essencial de anticorpos, enzimas digestivas e nutrientes.

Sem esse suporte, o desenvolvimento imunológico e físico pode ser prejudicado, levando a um gato que não cresce como deveria e mais vulnerável a doenças.

Nutrição da mãe durante a gestação

Outro fator importante é a alimentação da mãe durante a gestação e lactação. Gatas prenhes que não recebem uma ração balanceada podem produzir um leite com menos nutrientes, o que também afeta o crescimento dos filhotes.

Tanto a mãe quanto os gatinhos devem receber acompanhamento veterinário e alimento formulado para cada fase da vida.

Parasitose

Doenças causadas por vermes intestinais — como Toxocara cati — também comprometem o desenvolvimento dos filhotes. Os endoparasitas competem por nutrientes e prejudicam a absorção intestinal, provocando:

  • diarreia;
  • vômitos;
  • queda de pelo
  • anemia;
  • atraso no crescimento.

A recomendação é manter a vermifugação em dia, seguindo orientação veterinária.

Alimentação inadequada

Mesmo após o desmame, uma alimentação de baixa qualidade ou fora da fase etária do pet pode prejudicar seu desenvolvimento.

Filhotes exigem rações específicas, com alto teor de proteínas, vitaminas e minerais. A falta de nutrientes compromete o crescimento e pode causar fraqueza, perda de massa muscular e atraso no amadurecimento do organismo.

Rações Super Premium são as mais recomendadas por veterinários, por conterem ingredientes de alta digestibilidade e perfil nutricional completo.

Quais doenças podem interferir no crescimento do gato?

Em alguns casos, a dificuldade de crescimento não está relacionada à nutrição ou vermes, mas sim a condições clínicas ou genéticas. Entre as mais conhecidas, estão:

Hipotireoidismo congênito

Uma das causas de gato com nanismo, essa condição afeta a produção de hormônios tireoidianos, fundamentais para o metabolismo e o crescimento. Os sintomas mais comuns incluem:

  • pescoço e patas curtas;
  • rosto largo;
  • atraso na dentição;
  • apatia e baixa temperatura corporal;
  • alterações neurológicas.

Mucopolissacaridose

De acordo com Harmatz (2008), trata-se de uma doença hereditária rara, causada por deficiência enzimática. Os gatos afetados têm aparência “fofa” e desproporcional, com:

  • cabeça e orelhas pequenas;
  • olhos grandes e protuberantes;
  • cauda curta;
  • andar desajeitado;
  • problemas ósseos e cardíacos.

Nanismo por déficit de GH

É a forma clássica de nanismo em gatos, causada por falhas na produção do hormônio do crescimento (GH). Os sinais incluem:

  • constipação;
  • atraso na dentição;
  • vômitos e desidratação;
  • estrutura corporal reduzida e imatura.

Shunt portossistêmico

Shunt portossistêmico é um distúrbio vascular em que o sangue contorna o fígado, impedindo a filtragem de toxinas. Isso compromete o metabolismo e afeta diretamente o crescimento.

Raças de gatos pequenos: conheça os felinos que crescem menos

Antes de pensar em um problema de saúde, é importante considerar que algumas raças de gato que não cresce muito são assim por natureza. 

Essas raças têm estruturas corporais mais compactas, pernas curtas e crescimento limitado mesmo na vida adulta. Veja alguns exemplos:

RaçaPeso médioCaracterísticas
Singapura2 a 3 kgUma das menores do mundo, dócil e brincalhona
Munchkin2,5 a 4 kgConhecida como raça de gato que tem pernas curtas
Devon Rex2,5 a 4 kgLeve, pelagem encaracolada e aparência delicada
Cornish Rex3 a 4,5 kgCorpo esguio e pelagem ondulada
American Curl2,5 a 5 kgPequeno, com orelhas curvas e personalidade sociável

Vale ressaltar que esses gatos de pequeno porte são saudáveis e seu tamanho reduzido não indica nenhum problema clínico.

Quais os tratamentos para gato que não cresce?

O tratamento depende da causa. Quando o problema é nutricional, a substituição da ração por uma opção mais completa e o uso de suplementos alimentares podem ser suficientes.

Já nos casos clínicos, o protocolo pode incluir:

  • Reposição hormonal, em casos de hipotireoidismo
  • Controle de verminoses com vermífugos específicos
  • Acompanhamento para mucopolissacaridose e shunt, focando na qualidade de vida

Nem todos os quadros têm cura, mas o diagnóstico precoce é essencial para garantir o bem-estar do animal.

Gato pequeno que não cresce: quando acender o sinal de alerta e procurar um veterinário

Se o seu gato não é de raça pequena e mesmo assim parou de crescer, o ideal é investigar. Alguns sinais indicam que o desenvolvimento pode estar comprometido:

  • filhote que não ganha peso mesmo com alimentação adequada
  • gato anão com membros desproporcionais
  • apatia, atraso na troca de dentes e crescimento lento do pelo
  • distúrbios motores, tremores ou desidratação persistente

Esses sintomas podem surgir desde as primeiras semanas de vida e exigem acompanhamento veterinário imediato.

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Por Joe Oliveira

Redator

Sou jornalista desde 2016 e vivo cercado pelos meus pets! Sou pai do Zé e do Tobby, um Shih Tzu e um Vira-lata, da Mary, uma gatinha branca, e do Louro, um papagaio (claro!). Escrevo para Cobasi ajudando outros tutores a cuidar dos seus pets.

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