
Caspa é o nome popular dado à descamação da pele, que se manifesta como pequenos flocos brancos grudados nos pelos. Em gatos, o sintoma costuma aparecer principalmente nas costas, perto da base da cauda.
Na maioria das vezes, trata-se apenas da queda natural de células mortas, parte do processo fisiológico de renovação da pele. Fatores como pouca escovação, idade ou dificuldade de higiene podem contribuir.
Mas quando o tutor percebe o gato com caspa com frequência, ou nota sinais como coceira, vermelhidão ou crostas, vale investigar.
Isso porque a caspa em gato também pode estar relacionada a casos de ressecamento, ácaros, alergias, infecções ou até dermatite seborreica.
A boa notícia é que, com os cuidados certos, é possível controlar ou até eliminar a caspa. Neste guia, você vai entender o que pode causar, os tipos mais comuns, como tratar e o que fazer para prevenir. Confira!
A caspa em gatos pode surgir por diferentes fatores, que vão desde causas fisiológicas, como a dificuldade de autolimpeza, até condições dermatológicas mais complexas.
Confira os principais motivos:
Por natureza, os gatos fazem a própria higiene, lambendo os pelos para remover sujeiras e células mortas. Porém, quando esse comportamento é prejudicado, pode ocorrer acúmulo de caspa.
Isso é comum em animais com obesidade, artrite ou outras doenças ortopédicas que limitam os movimentos. Isso impede que o gato alcance determinadas áreas do corpo, especialmente a base da coluna.
A falta de vitaminas, minerais e ácidos graxos essenciais, como os ômega-3 e ômega-6, pode comprometer a barreira de proteção da pele e desencadear a caspa.
Promover uma nutrição completa e balanceada é essencial para manter a hidratação, reduzir processos inflamatórios e evitar a pelagem opaca.
Além disso, a baixa ingestão de água contribui para o ressecamento cutâneo, especialmente quando o gato consome apenas ração seca.
Uma boa sugestão é adicionar ração úmida para gato com maior frequência na rotina alimentar do pet.
A higiene felina não depende só do gato. A escovação regular ajuda a remover os pelos mortos, sujeiras e células soltas da pele.
Sem esse cuidado, o acúmulo pode favorecer a formação de pontinhos brancos no pelo, além de aumentar o risco de dermatite felina.
A dermatofitose felina é uma micose superficial altamente contagiosa, causada por fungos como Microsporum canis, Microsporum gypseum e Trichophyton mentagrophytes.
Esses microrganismos se alimentam da queratina presente na pele e nos pelos, provocando descamação, coceira, lesões, crostas e até alopecia (falhas na pelagem).
Muitas vezes, a dermatofitose surge após quadros de seborreia, que comprometem a barreira natural da pele, deixando-a mais vulnerável à ação de microorganismos.
O contágio ocorre principalmente pelo contato direto com animais ou superfícies contaminadas.
Pulgas, piolhos, carrapatos e ácaros em gatos estão entre as causas mais comuns de coceira intensa, feridas e descamação da pele, que favorecem o surgimento da caspa.
Um exemplo é o ácaro Cheyletiella blakei, responsável por uma condição chamada queiletielose, mais conhecida como “caspa ambulante“.
O nome vem da aparência curiosa das escamas: à medida que os ácaros se movimentam, parece que os flocos brancos deslizam sobre a pele do animal.
Segundo o MSD Veterinary Manual, essa sarna é altamente contagiosa entre animais e pode até afetar humanos, especialmente em ambientes com muitos pets.
Os sinais clínicos mais comuns incluem descamação na região das costas, coceira de leve a intensa, dermatite miliar e até formação de crostas. Porém, em alguns casos, o gato pode estar infestado e não apresentar sintomas visíveis.
Por isso, ao notar caspa persistente, especialmente concentrada nas costas, acompanhada ou não de coceira, é essencial considerar a presença de parasitas como uma possível causa e buscar avaliação veterinária.
O estresse pode desencadear alterações neuro-hormonais, reduzindo a imunidade e provocando comportamentos compulsivos, como lambedura excessiva ou coceira em gatos.
Essas ações, por sua vez, causam irritações na pele e favorecem o surgimento de caspa, mesmo em pets que não apresentam doenças dermatológicas primárias.
A caspa em gatos pode se manifestar de diferentes formas, dependendo da causa, da região afetada e da condição da pele. Observar as características da descamação ajuda a identificar se o quadro é fisiológico ou se há um problema dermatológico por trás.
Veja os tipos mais comuns:
É o tipo mais comum e geralmente aparece como pequenos flocos soltos nos pelos, semelhantes à poeira branca.
Aparece em forma de escamas maiores, espessas e com aspecto pegajoso, geralmente aderidas à pele. Pode estar associada a excesso de oleosidade, alterações hormonais ou dermatite seborreica.
Quando a descamação vem acompanhada de lesões, vermelhidão ou crostas, é sinal de que pode haver uma infecção, dermatite alérgica ou ação de parasitas externos.
Conhecida tecnicamente como queiletielose, é causada pelo ácaro Cheyletiella blakei. Nesse quadro, as escamas parecem se mover sobre a pele do gato, já que os ácaros se deslocam junto à descamação.
O tratamento da caspa felina depende diretamente da causa identificada. Por isso, o primeiro passo é sempre levar o gato ao veterinário ao notar flocos brancos recorrentes, principalmente se houver coceira, crostas ou mudanças de comportamento.
Em casos simples, a caspa pode ser controlada com mudanças na dieta, ambiente ou rotina de higiene. Já em quadros mais complexos, pode ser necessário usar medicamentos tópicos ou orais, sempre com prescrição.
Veja algumas abordagens possíveis:
É muito importante destacar que a escovação regular é um cuidado essencial para manter a pele limpa e reduzir o acúmulo de células mortas.
Não, produtos de uso humano, mesmo os anticaspas, não são seguros para gatos. Muitos deles contêm substâncias tóxicas para felinos, como óleos essenciais, fragrâncias ou conservantes não compatíveis com a fisiologia do animal.
As receitas caseiras também podem agravar o quadro e até causar intoxicação. O tratamento deve sempre seguir a orientação do médico-veterinário, com produtos específicos para a espécie.
Não é indicado! Dar banho sem necessidade pode remover a camada protetora da pele, causar ressecamento, desencadear oleosidade excessiva e até piorar a descamação, favorecendo quadros como a dermatite seborreica.
Em alguns casos específicos, o veterinário pode indicar shampoos terapêuticos próprios para gatos, como os antisseborreicos. Ainda assim, o banho não é o tratamento principal da caspa, e deve ser feito apenas com orientação profissional.
A prevenção da caspa em gatos envolve um conjunto de cuidados com a alimentação, higiene, saúde da pele e bem-estar emocional do pet:
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Sou jornalista desde 2016 e vivo cercado pelos meus pets! Sou pai do Zé e do Tobby, um Shih Tzu e um Vira-lata, da Mary, uma gatinha branca, e do Louro, um papagaio (claro!). Escrevo para Cobasi ajudando outros tutores a cuidar dos seus pets.
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